17 Pessoas compartilharam suas histórias mais curiosas sobre o amor pela gastronomia

há 2 meses

Alguém gosta de preparar pratos complicados, enquanto outros preferem passar o mínimo de tempo na cozinha. É bom quando as pessoas que moram juntas têm gostos parecidos. Se não, é preciso negociar e buscar compromissos. Mas uma protagonista desta história se esforçou bastante para aproveitar suas conservas de peixe, que o marido não suporta nem sentir o cheiro.

Adoro cozinhar e alimentar pessoas queridas para mim. Todo mundo gosta da minha comida: meu pai sente falta das minhas sopas, meus amigos aguardam ansiosamente que eu os visite e os leve algo gostoso, e até ex-namorados me ligam pedindo receitas. Mas a maior fã da minha culinária sou eu mesma. Moro sozinha, e no trabalho dão comida a todos, por isso quase não estou cozinhando nos últimos tempos. Há pouco tempo, preparei uma comida caseira e, enquanto comia, quase ronronava de alegria. Sou uma cozinheira incrível, e minha comida é simplesmente divina. Fazia muito tempo que não comia algo tão saboroso. © Overheard / Ideer
Certa vez, no inverno, meus colegas de escola decidiram fazer sorvete. Misturaram uma receita mirabolante: creme de leite, açúcar, baunilha e mais alguma coisa. A panela não cabia no congelador, então os meninos a enterraram na neve durante a noite. De manhã, voltaram para pegar o sorvete e viram uma matilha de cachorros devorando alguma coisa na neve. Tudo o que restou foi a panela lambida e uma área toda pisoteada.© dimkdimk / Pikabu
Algumas pessoas reclamam dos homens que colocam maionese em tudo, mas eu coloco alho em tudo. Sopa, macarrão, mingau, sanduíches, tortas, pizza, ovos fritos, saladas. O que for! A única coisa que ainda como sem alho são doces. Trabalho de casa, e meu marido não se incomoda com o cheiro. Mas, nossa, como sofro quando preciso ir a algum lugar e tenho de ficar várias horas antes de sair sem comer alho para não ficar com cheiro na boca. © Overheard / VK
Desde que me lembro, minha mãe sempre cozinhou em grandes quantidades. Quando eu era criança, era muito magrinha e não conseguia terminar as porções que ela me dava. Sempre deixava comida no prato, e então vinha o sermão: “Não gostou? Mamãe que cozinhou, poxa vida! Faço tudo para vocês, e depois tudo vai para o lixo! Vocês não me dão valor!” Agora já tenho meus próprios filhos, mas quando visitamos minha mãe, ela continua cozinhando sem parar. Se tem alguma sopa pronta, ela faz outra diferente. Se tem uma tigela de salada com ervilhas, ela prepara outra com ovos. Se tem batata com almôndegas, ela frita bifes e cozinha macarrão. Depois reclama que cozinha tanto e a gente não come. Por conta disso, ela não tem tempo para brincar com os netos. Canso de dizer a ela: “Mãe, tem comida suficiente na geladeira, vá passear com as crianças ou apenas descanse”. Ela responde: “Mas não posso deixar vocês com fome”. © KastrulyaKompota / Pikabu

Eu trabalhava em um grande prédio comercial. No térreo, havia uma cantinazinha com uma enorme variedade de comidas deliciosas e baratas. Eu odiava cozinhar e praticamente todos os dias comprava um monte de coisas: pegava três ou quatro tipos de saladas, almôndegas, filés, peixe, frango, tortas e muito mais. As vendedoras decidiram que eu era uma pessoa tão legal que estava comprando para os colegas do trabalho. Fiquei com vergonha de admitir que, com meus 50 kg, eu mesma que comia aquilo tudo sozinha. Então tive de pensar em uma história, inventar colegas imaginários, dizer quem gostava do quê e quem não gostava de outra coisa. As vendedoras sempre sugeriam o que eu poderia levar para cada “colega” e perguntavam depois se eles tinham gostado. Gente do céu! E foi assim que alimentei meus colegas imaginários por mais de um ano. © Overheard / VK
Adoro comer bem e quase todos os dias compro comida, embora more sozinha. Pensei em uma solução: não vou usar cestinha de compras, por isso só vou comprar aquilo que consigo carregar nas mãos. Pena que minhas mãos são grandes, e mesmo gastando pouco, consigo levar muita coisa. © Overheard / Ideer
Ultimamente, tenho passado muitas noites na casa do meu namorado. Até dividimos algumas responsabilidades domésticas. Ele adora cozinhar e, não posso mentir, é um excelente chef. Os amigos dele ficam encantados com suas criações na cozinha. Confesso que não entendo nada disso, mas há um problema grande: para mim, a comida dele é muito apimentada. Ele coloca uma montanha de especiarias e molhos. Já pedi para ele usar menos ou, pelo menos, adicionar os temperos no final, separando minha porção antes. Mas ele diz que isso arruinaria o sabor, que os pratos perderiam o brilho. Segundo ele, adicionar temperos no final destrói todo o equilíbrio. Um dia, perdi a paciência e gritei para ele parar de cozinhar algo que eu não consigo comer. Ele respondeu que, se fosse assim, então eu poderia preparar minha comida sozinha. © AITA_Spicy_Foods / Reddit

No meu primeiro casamento, minha ex-esposa me infernizou tanto que fugi com a roupa do corpo, só para ter paz. Uma vez, voltei do trabalho depois da meia-noite, comprei um sanduíche no caminho de casa, para comer em silêncio e evitar barulho na cozinha. Mas ela fez um escândalo porque comprei só um e ela também queria. Bem, casei-me novamente depois desse relacionamento e, certa vez, minha atual esposa viajou para estudar: ela é médica e tais treinamentos são obrigatórios às vezes. Quando abri a geladeira de casa, após a saída dela, estava cheia de potinhos com comida. Tinha até uma nota: “Com tampa vermelha: aqueça, com tampa azul: pode comer frio!” Fiquei parado diante da geladeira e comecei a chorar, de verdade. © Resumindo / VK
Meu marido é muito chato com comida. Ele tem manias bem estranhas. Por exemplo, ele não come algumas saladas porque não gosta do nome, nem gelatina porque ela “treme”. Ele não rói ossos de asinhas porque “não é cachorro” e não toma café com leite porque só consome “produtos puros”. Também não come torresmo, e com esse eu nem sei por quê. Ontem, fiquei sem óleo e fritei panquecas do jeito antigo, passando um pedaço de bacon cru na frigideira quente. Ele comeu as panquecas, elogiou, e só depois contei o que fiz. © Overheard / Ideer
Na semana passada, minha esposa comprou um quilo de brócolis. Fiquei surpreso, porque ela nunca come vegetais, odeia todos. Fiquei ainda mais chocado quando ela cozinhou o brócolis para o almoço. Mas, em poucos dias, tudo fez sentido: ouvi ela contando para as amigas no telefone sobre como está saudável, seguindo uma alimentação equilibrada, e como isso é incrível. Enquanto isso, ela estava comendo uma pizza com quatro tipos de carne. E o brócolis? Está apodrecendo na geladeira. © Nem todos entendem / VK
Meu pai pediu para eu não fazer bolo para o aniversário dele. Mas sou confeiteira e não consigo imaginar uma celebração sem doce. Conversei com minha mãe, e tivemos uma ideia. Cheguei à festa de mãos vazias, e meu pai nem notou achando que eu tinha respeitado o pedido dele. Mas, cinco minutos depois, trouxeram para a sala um “bolo” enorme, feito inteiramente de diferentes tipos de carne. Suculentas, saborosas, grelhadas e até com cebola por cima. Meu pai chorou como uma criança ao ver esse “bolo diferente” feito especialmente para ele. © Room № 6 / VK

Na casa dos meus amigos, sempre há três tipos diferentes de pratos à disposição. Cada um come algo diferente e cozinha para si mesmo. A esposa segue uma dieta saudável: tudo precisa ser equilibrado, sem gordura, sem frituras, sem sal. A filha prepara algo mais sofisticado, moderno, exótico e bonito. O marido quer comida farta e saborosa, com muita carne e, ainda por cima, tortas que ele mesmo faz, assa ou frita, além de conservas que prepara. E o filho? Ele come de tudo. Sempre que vou visitá-los, todos tentam me oferecer algo, cada um elogiando sua própria comida e, de forma engraçada e sem maldade, criticando a dos outros.© Ines.MM / Pikabu
Eu namorava um homem e decidi um dia cozinhar para ele: o garoto não conseguia conter a felicidade. Depois disso, começaram os pedidos constantes de comida caseira. De manhã, em vez de “Dormiu bem, meu amor?”, eu ouvia “O que vai cozinhar hoje?”. No começo era até fofo, mas depois começou a me irritar. Percebi que ele amava não a mim, mas a minha comida. Terminei com ele, e aí recebi uma mensagem: “Olha, pode pelo menos trazer o bolo que você fez hoje?” © Overheard / Ideer
Cansei de cozinhar! Combinei com meu namorado que, hoje, pediríamos comida de um restaurante. Passei no mercado para comprar algumas coisas e, de repente, começou: “Ah, os camarões estão em promoção! Nossa, já pensou fazer isso com manteiga e limão. Vou levar, para depois. Ah, rúcula! Estou louco por uma salada de rúcula! Será que o restaurante tem? Melhor levar, só para garantir”. E assim foram mais umas sete “ideias”. No final, cheguei em casa com todos os ingredientes para o jantar. Não fazia mais sentido pedir comida. Preparei tudo, comemos felizes, e o pensamento voltou a me atormentar: “Cansei de cozinhar!” © Caramelo / VK

Convidei uma garota que eu gostava muito para um restaurante caro. Ela chegou toda arrumada, de salto alto, com um perfume sofisticado. Eu estava com fome e comecei a escolher no cardápio, e ela também olhava o menu. Queria comer bem e apreciar a companhia dela, mas a cada prato que olhava, o rosto dela ficava mais desanimado: “Isso é gorduroso, tem pouca proteína, contém glúten, tem gorduras trans”. Ela pediu uma salada e ficou a mastigando com tristeza nos olhos. Fiquei sem jeito de comer muito na frente dela e também pedi uma salada qualquer. Durante o jantar, ela só falava sobre dietas, procedimentos estéticos e amigas. Quando saímos, pedi um táxi para ela e aí fui comer direito. Vi um café e, na frente, uma garota em dúvida se entrava ou não. Bonita, vestida de forma simples: jeans e camisa. Eu disse a ela: “Quer entrar, por minha conta.” Ela respondeu: “Vamos!” Entramos, pedimos hambúrgueres e umas linguiças. Ela comia com tanto gosto que a gordura espirrava das linguiças. Enquanto comíamos, conversamos sobre filmes, jogos, livros e países. Agora estamos juntos há dois anos e ela é incrível. © Overheard / VK
Eu namorava um cara desde o colégio, ficamos juntos durante toda a faculdade e depois fomos morar juntos. No total, nosso relacionamento durou quase 10 anos. Várias vezes tentei perguntar se ele não queria casar, até cheguei a propor eu mesma. Mas ele sempre recusava, dizendo que primeiro precisava se estabilizar na vida, e depois pensaria em casamento. Terminamos. Três meses depois, ele conheceu outra pessoa, e em mais três meses eles se casaram. Descobri pelos amigos em comum que ele a pediu em casamento na cozinha, depois que ela preparou um sanduíche para ele. © Caramelo / VK
Os parentes do meu marido ficaram hospedados lá em casa por alguns dias. Eles reclamavam de tudo, menos da comida. Os filhos deles disseram que meus pratos agora eram os favoritos deles. Fiquei surpresa, porque cozinho bem, mas nada extraordinário. Um dia, nossos convidados resolveram cozinhar eles mesmos para me dar uma folga. Foi aí que entendi tudo: no café da manhã, eles preparam um mingau de água sem sal nem açúcar; no almoço, macarrão cozido até virar uma papa horrorosa; e no jantar, um churrasco quase cru, de onde o sangue ainda escorria. © Dear Mom /ADME

A comida realmente é a base da vida familiar, não é mesmo? Além dela, contudo, cada família tem os seus segredinhos e peculiaridades e, pensando nisso, preparamos esta seleção de histórias curiosas sobre segredos familiares que dariam um belo roteiro de filme.