Ser uma mulher que grita pode fazer bem à saúde, diz estudo

Psicologia
há 4 anos

Nem sempre controlar as próprias emoções é algo simples. Em determinadas ocasiões, é preciso se acalmar, ficar em silêncio e respirar fundo para que a intensidade dos sentimentos não afete nossas relações interpessoais. Porém, em outros casos, não existe alternativa senão falar, gritar e se expressar com o objetivo de exteriorizar todos os nossos sentimentos. Quando isso acontece, muitas vezes extravasamos nossas emoções e só então temos a possibilidade de enxergar a situação sob uma nova ótica. O que talvez você não saiba é que ambas as posturas podem ter impacto significativo na saúde humana.

Diante disso, o Incrível.club compartilha com você os resultados de um estudo que afirma que subir o volume da nossa voz de vez em quando não é uma ideia tão ruim assim.

Autossilêncio

O autossilêncio é o nome que se dá ao comportamento demonstrado por quem tem medo de expressar as próprias emoções. Quem vive tal condição teme dizer o que pensa e acabar afetando a conexão com pessoas próximas, incluindo parentes, amigos e colaboradores, por exemplo. A hesitação surge diante do temor de provocar alguma desavença, discussão ou mesmo a ruptura deste ou daquele relacionamento.

Estudo realizado com mais de 300 mulheres

Sociedade Norte-Americana de Menopausa realizou um estudo que acompanhou 304 mulheres casadas em períodos posteriores ou próximos da menopausa. Elas relataram passar por certas situações em que se viam obrigadas a dar prioridade às necessidades dos outros em comparação com as suas próprias. Muitas disseram que frequentemente escolhiam se calar para evitar prejudicar uma relação com alguém. Tal comportamento, porém, coincidia com a ocorrência de problemas como prisão de ventre, aumento dos níveis de colesterol, depressão e obesidade.

Mais gritos, menos estresse

Outro fator analisado foi a frequência com que as participantes tinham acessos de raiva ou de euforia, além das vezes em que elas eram capazes de exteriorizar as emoções elevando o tom da voz e traduzindo em palavras aquilo que as deixava frustradas. Aquelas mulheres que mais adotavam esse comportamento apresentavam uma melhor condição de saúde em comparação com as demais. Isso sem mencionar os benefícios psicológicos percebidos em que não reprime as próprias emoções.

Ocultar as emoções traz consequências físicas

Manter uma postura superficial de alegria e tranquilidade não significa necessariamente que a pessoa está realmente se sentindo assim. Esse comportamento costuma ter a ver com uma grande sensibilidade à ideia de rejeição. Portanto, trata-se de um estado permanente de alerta que dispara os níveis de estresse associados intimamente com a redução da expectativa de vida tanto em homens quanto em mulheres mundo afora. Agir dessa forma pode elevar a pressão arterial e a taxa de glicose no sangue, aumentando consideravelmente as chances de sofrer com problemas cardiovasculares.

Expresse-se de maneira saudável

Ainda que elevar a voz de vez em quando possa ser muito útil para se livrar de emoções negativas, precisamos levar em consideração também o fato de que assumir tal postura pode nos levar a dizer coisas que não são exatamente construtivas para nossos relacionamentos. Em outro estudo, esse realizado com pacientes de câncer, as mulheres analisadas apresentaram melhorias quando expressavam emoções abertamente. Porém, o progresso era interrompido quando os sentimentos negativos eram predominantes. Por isso, nosso conselho é que você mantenha sempre o respeito em relação a si mesma e às pessoas do seu convívio, algo fundamental para a saúde dos relacionamentos interpessoais.

Para você, qual a melhor maneira de expressar seus sentimentos? Existe algo que mudaria em sua forma de demonstrar o que sente? Deixe seu comentário!

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