Imaginamos como será a nossa geração em 2061 (previsões divertidas que têm boas chances de se tornar realidade)
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Você se dedica ao trabalho e está sempre estressado? Em ambientes de alta pressão e competitividade pode ser um desafio e tanto manter-se calmo e livre das cargas de estresse que fazem parte da vida moderna, claro. No entanto, é necessário cuidado já que a tensão provocada pelo excesso de trabalho pode levar à Síndrome de Burnout. Neste artigo, vamos falar sobre essa síndrome, com dicas para lidar melhor com a segunda-feira e com práticas para uma vida mais saudável. Confira!
Como entender a diferença entre estresse e burnout? Enquanto uma quantidade de trabalho pode motivar uma pessoa, ela também pode estressar outra que trabalha o mesmo tanto. No estresse, há excesso de envolvimento no trabalho. Já no burnout, o desengajamento está presente, bem como o sentimento de vazio e mente exausta. Não há motivação nem interesse, levando, inclusive, ao distanciamento dos colegas de trabalho, amigos e familiares. Esses comportamentos não são saudáveis para a qualidade de vida no trabalho e podem levar à depressão.
É possível evitar o burnout, já que ele começa gradualmente e os primeiros sintomas surgem como um sinal de alerta. Se o tempo passar e nada for feito, os sinais podem piorar. Por isso, é importante prestar a atenção no corpo e na mente para conseguir identificar se estamos estressados ou caminhando para um burnout.
Como ter em mente que as mulheres têm mais riscos? Depois de um dia de bastante trabalho, você certamente quer tomar um banho e não pensar em mais nada além de descansar ou até mesmo se permitir relaxar no sofá e assistir à sua série favorita. Porém, ao constatar as tarefas domésticas se acumulando pela casa, você pensa que precisa se dedicar a elas, mas simplesmente falta energia para isso.
O trabalho físico e emocional de cuidar de uma casa acaba recaindo sobre as mulheres, por isso, elas estão mais sobrecarregadas. Muitas vezes a rotina de uma mulher moderna inclui conciliar vida pessoal e trabalho, além de cuidar dos entes queridos e também receber menos oportunidades profissionais que envolvem tomadas de decisão. Todos esses fatores podem deixar as mulheres frustradas e mais sobrecarregadas. Foi o que mostrou uma pesquisa da Universidade de Montreal, que analisou o comportamento de 2.026 pessoas por quatro anos e chegou à conclusão de que as mulheres são mais propensas do que os homens a sentir o burnout.
Como estabelecer limites? O primeiro passo é não temer. Ao dizer “não”, você preserva sua saúde física, mental e consegue não se sobrecarregar. Essa habilidade pode ser aprendida e ela é essencial para tornar a vida mais leve. Recusar pedidos que você realmente não tem vontade de fazer e que consomem tempo e energia. Com essa mudança de atitude você conseguirá focar no que é importante e poderá aceitar oportunidades valorosas na sua vida profissional e pessoal.
É possível estabelecer limites saudáveis sem sentir culpa ou preocupação com a reação do outro. Além disso, líderes e pessoas de destaque no ambiente de trabalho têm o hábito de dizer não. Essa mudança de atitude, além de prevenir o burnout, contribuirá para que você se sinta mais respeitado como pessoa e aumentará sua qualidade de vida no trabalho.
Como investir no contato social? Conversar com alguém que seja um bom ouvinte pode ser um ótimo aliado para acalmar rapidamente o sistema nervoso. Ao fazer isso, você combaterá o estresse e o burnout. Procure pessoas de sua confiança. Pode ser o parceiro ou parceira amoroso, além de amigos, familiares e, claro, os colegas de trabalho também. Na próxima vez que fizer uma pausa para o café, experimente puxar um assunto com seus parceiros de trabalho. Participar de eventos sociais após o expediente também fortalece a amizade e melhora a qualidade de vida no trabalho.
Abrir-se para novos amigos, embora difícil, não é impossível. Experimente uma palavra gentil com alguém na academia ou no curso de idiomas. Vale a pena também recorrer aos inesquecíveis amigos de infância ou adolescência, que o conhecem como ninguém. Uma excelente oportunidade para relembrar momentos já vividos e também diminuir os níveis de estresse e ansiedade. Outro caminho é buscar ajuda profissional com psicoterapia, incluindo a TCC (Terapia Cognitivo Comportamental), com sessões individuais ou em grupo.
Como incluir pausas durante seu dia? Faça seu horário de almoço com calma, se possível fora do ambiente de trabalho e permita-se pausas um pouco mais longas. Todas as modalidades de períodos de descanso reduzem a carga de estresse, previnem o burnout e ainda podem aumentar o desempenho. É mais fácil se recuperar do cansaço que pode surgir no final do dia ao adotar as pequenas e valiosas pausas. Além disso, experimente limitar diariamente o uso da tecnologia. Estabeleça um horário do dia para se desconectar totalmente do celular, o que inclui parar de checar as redes sociais.
Para alcançar qualidade de vida no trabalho vale a pena fazer atividades fora do ambiente corporativo. Tire um tempo do seu dia para atividades que você gosta, sejam elas cozinhar, pintar ou cuidar do jardim. As técnicas de relaxamento como yoga e meditação também são ótimas aliadas no combate ao burnout. O resultado será uma vida mais equilibrada com a possibilidade de você se enxergar como indivíduo além do profissional.
Como superar o burnout e voltar a trabalhar? Para se curar e conseguir voltar ao trabalho é necessária uma mudança de mentalidade, como propõe Elissa Lynn, que teve a síndrome e se tornou coach do assunto. Ela, inclusive, acredita que os trabalhadores podem ser a causa de seu próprio estresse relacionado ao trabalho. Elissa notou que seu envolvimento constante e o sentimento de que era necessário estar sempre “on”, ou seja, ligada a todo o momento foram fatores que a levaram ao burnout.
A coach orienta que o início da superação é admitir que o problema está dentro do próprio trabalhador. “A única coisa que é possível controlar 100% é o seu próprio pensamento. Por isso, ao mudar sua mentalidade, você pode transformar sua vida, pois, quando se concentra em si, aprende a operar de maneira diferente, tornando sua carga de trabalho muito mais gerenciável”, explica. Foi dessa forma que Elissa conseguiu voltar para a empresa em outra função de alto nível. Com a mudança, ela passou a trabalhar metade do tempo que trabalhava antes. A superação dela é notável, já que conseguiu se manter como uma das melhores funcionárias de sua equipe.
Como adotar o Movimento da “Segunda-Feira Mínima”? O Movimento da “Segunda-Feira Mínima” ou “Bare Minimum Mondays” foi proposto pela criadora de conteúdo Marisa Jo Mayes e pode
ser uma alternativa para lidar com a ansiedade e burnout. A ideia é desacelerar na segunda-feira, fazendo o mínimo do que precisa ser feito. Marisa começou a trabalhar dessa forma após notar que sentia uma bola de ansiedade no estômago, o que chamou de domingos assustadores. “Acordava na segunda-feira já me sentindo atrasada, sobrecarregada e ansiosa. Esse sentimento só aumentava à medida que a semana passava”. Aliviar a pressão a fez tornar-se muito mais produtiva, por isso ela incentiva a prática que prioriza a qualidade de vida no trabalho. Aqui vão algumas dicas para você colocar em ação às segundas:
Claro que o movimento pode não se encaixar a todos os perfis e é mais adequado para quem é autônomo e/ou tem flexibilidade de horários. No entanto, Marisa recomenda algumas dicas que podem ser úteis até mesmo para quem tem uma jornada formal de 8 horas de trabalho, de 5 a 7 dias na semana em empresas ou indústrias.
Deixar a carga de trabalho mais leve é o segredo para manter-se feliz e produtivo. Como dissemos, é importante reconhecer os sinais e buscar ajuda. No entanto, é possível responder a algumas perguntas em um teste criado por instituições de saúde do México que permite reconhecer o nível de estresse e notar qual é o grau dele. Aposte no autoconhecimento e melhore a qualidade de vida no trabalho e, claro, tenha resultados na saúde mental e física.