Se uma baleia engolisse você, o que aconteceria?

Animais
há 10 meses

Bem-vindo ao programa “Sobreviver, não importa como”! Nosso anfitrião, Alberto, vai nos mostrar um truque bem maluco. No ano passado, ele viveu em uma caverna com um urso pardo durante dois meses e conseguiu sobreviver. Lembra como Alberto se lambuzou de carne e pulou numa piscina com piranhas? Espero que você não tenha se esquecido de como ele grelhou um churrasco num vulcão em atividade!

Bom... Esqueça tudo isso! Hoje o Alberto vai fazer o truque mais perigoso e louco da vida dele. Especialmente para vocês, queridos espectadores, ele será engolido por uma baleia azul gigante. O Alberto vai para o Atlântico Norte, numa vasta área de água onde você pode encontrar baleias azuis e cachalotes. Ele embarca em um barco e navega longe da costa, indo à procura de baleias, usando ecolocalização e binóculos.

Já se passaram alguns dias. Alberto estuda o horizonte. O sonar detecta algum movimento. Ele olha para o sinal e vê uma fonte de água subindo para o céu. É uma baleia azul gigante! O maior mamífero do planeta. Sim, é um mamífero, não um peixe. Então, Alberto se mancha todo de óleo para facilmente se espremer na garganta da baleia.

Ele pega uma máscara de oxigênio e salta na água. A baleia azul abre a boca e bebe uma enorme quantidade de água. Tem um monte de barba de baleia ali: são as cerdas que substituem os dentes, feitas de queratina. O cabelo e as unhas das pessoas são feitos desse mesmo material. A baleia se enche de água e depois joga tudo pra fora. As cerdas impedem que pequenos peixes e plânctons deixem a boca junto com o líquido. A barba de baleia é como um filtro.

Alberto nada mais perto. A baleia toma um gole. Ela absorve várias dezenas de galões de água e suga Alberto. Nosso herói está dentro desse caos. A água espirra em diferentes direções, e uma língua gigante, do tamanho de um elefante, joga Alberto em lados diferentes. Ele tenta chegar à garganta, mas a água vai de volta para fora. Alberto desliza ao longo da língua até a saída, mas a baleia fecha a boca e nosso herói se choca com a barba de baleia. É um pouco doloroso. Um par de cerdas até cai.

A língua quer empurrá-lo para fora, e Alberto consegue se espremer na garganta. Mas aqui ele encontra um limite. Não dá pra ir mais longe, por causa da estrutura da baleia. A garganta desse animal colossal é minúscula, do tamanho de um punho. Mas ele pode se esticar. Alberto tinha previsto isso. Foi por esse motivo que ele se lambuzou de óleo. Ele se estica ao máximo e salta pela garganta. Agora nosso herói está dentro de um esôfago estreito. Ele desliza como num escorregador em um parque aquático.

Em seguida, sua velocidade diminui. O espaço se torna mais estreito. Agora Alberto está rastejando para frente com dificuldade. É muito escorregadio, e ele mal consegue se mover. O esôfago se contrai e empurra Alberto ainda mais. Agora ele está dentro do estômago. É escuro, apertado e tem um cheiro horrendo. Alberto quer acender um fósforo, mas seus bolsos estão totalmente molhados. E é uma má ideia fazer uma fogueira. Em primeiro lugar, quase não há oxigênio, o que significa que não há chance de fazer o fogo pegar.

Em segundo lugar, várias reações químicas ocorrem dentro do estômago, criando gases explosivos. Não é algo que o Alberto queira agora. Ele retira uma lanterna e examina o local. As paredes do estômago são estreitas e constantemente pulsantes. A altura do estômago não permite que nosso aventureiro fique completamente em pé. Seus joelhos estão submersos em algum líquido. Ele vê esqueletos de peixe, restos de naufrágios, cestas de supermercado, DVDs, uma lâmpada e um livro do Moby Dick.

Não, não tô falando sério! É pouco provável que você encontre algo interessante no estômago de uma baleia. Talvez ache uma garrafa de plástico ou alguma lula pequena. A propósito, um cachalote, ao contrário de uma baleia azul, tem uma garganta larga e comprida. Isso permite que ele engula grandes presas inteiras. Tecnicamente, esse animal pode engolir um humano com um gole. De qualquer forma, a gente encontra muitas coisas excitantes no estômago de um cachalote. Uma vez, essa criatura engoliu uma lula gigante inteira, sendo que o comprimento dessas lulas pode chegar a 14 metros. É do tamanho de um pequeno ônibus.

Mas o cachalote conseguiu fazer isso graças à estrutura flexível do corpo da lula. Ok, vamos voltar para o Alberto. Ele está sentindo um cheiro terrível no estômago da baleia. Plânctons e pequenos peixes são digeridos em suco gástrico e... espera... por que tá doendo? Alberto sente o suco gástrico corroendo sua roupa. Ele tenta escapar, mas o lugar está bem lotado. Alberto bate nas paredes do estômago com as mãos, mas nada acontece. O estômago se estreita e o aperta cada vez mais.

O suco gástrico irrita sua pele. Alberto grita e move suas pernas em diferentes direções. Ele quer causar um reflexo de GAG. Mas por que não funciona? Esse rapaz está desesperado e não sabe o que fazer. Parece que essa será sua última aventura. Ele fecha os olhos e respira fundo. Espera! Respirar fundo! Precisamente! Alberto abre o tanque de oxigênio e enche o estômago com ar fresco. Agora a baleia começa a inchar e se enche de gás.

O estômago está latejando, o suco está espumando e parece que uma tempestade está chegando. As paredes se contraem tanto, que espremem Alberto pelo esôfago. Ao lado dos restos de peixe, ele avança. O esôfago está ficando mais estreito. Alberto acha difícil respirar, mas vê a luz no final do túnel. A baleia o cospe para fora. Ele está vivo! E está feliz por ter conseguido escapar ileso de uma aventura dessas. Alberto volta para o barco e navega para a costa.

Mas... espera! O que está nadando por ali justamente agora? É um cachalote! Que sorte, minha gente! Alberto mergulha de novo na água. Ele está indo direto para a boca desse animal enorme. O cachalote engole água. Vários peixes e um polvo chegam lá com Alberto. O cachalote empurra nosso herói em diferentes direções e engole todas as presas.

A garganta é suficientemente larga e Alberto facilmente consegue chegar lá. Mas temos outro problema. Alberto está em um esôfago muito apertado onde ele mal consegue respirar. E ele não tem mais o tanque de oxigênio! Ele sente como se tivesse sido embrulhado em fita adesiva. Não dá pra fazer nada, e não tem ar aqui. Alberto se espreme profundamente no esôfago e sente que não está sozinho. Além do polvo, ele sente os movimentos de grandes tentáculos. UAU! É uma lula gigante! E parece que ainda está viva!

Alberto sacode todo o seu corpo, mas isso não muda nada. Ele perde a consciência. As paredes do estômago estão pressionando seu rosto. Mas aí... Alberto tenta um golpe final: uma mordida! Começa um terremoto. Tudo o que estava no estômago sai. Finalmente Alberto está do lado de fora. Uma lula colossal nada para o mais longe possível. Parece que ela não entendeu o que aconteceu. Nosso herói sobe para o barco. Ele é a pessoa mais feliz do planeta nesse momento: agora é só ligar o motor e dirigir para a costa. Você percebeu que a história do Alberto é puramente hipotética, né?

É claro que, na vida real, uma baleia não seria capaz de engolir um humano. Os relatos de que uma pessoa acabou no estômago de uma baleia são mitos e lendas. Sim, houve casos em que as pessoas entraram nessas bocas gigantes, mas elas não atravessaram a garganta. Um dia, um mergulhador chegou lá. Mas ele sobreviveu miraculosamente graças ao equipamento de mergulho que o ajudou a respirar.

Outro caso ocorreu com pessoas que estavam fazendo canoagem. Quando uma baleia jubarte captura peixes, ela nada até a superfície com sua boca aberta. É como um cesto que se eleva de baixo pra cima. Aqueles caras nos caiaques estavam muito próximos e caíram na boca da baleia. De qualquer forma, não se preocupe, uma baleia não pode engolir você. É impossível! Mas é possível para um cachalote! A boa notícia é que esse é um animal raro.

A probabilidade de entrar no estômago dele é de uma em um bilhão. É mais provável que um meteorito caia perto de você. A maioria das pessoas na Terra nunca verá um cachalote na vida real. Esses animais nadam no mundo todo em oceanos abertos, mas passam a maior parte do tempo a uma profundidade de cerca de 3 mil metros. Isso é 10 vezes a altura da Torre Eiffel, mas dentro do oceano!

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