17 Histórias épicas de pedreiros que, nos seus trabalhos, já viram literalmente de tudo

Histórias
há 2 anos

Provavelmente todo trabalhador cujo serviço inclui a comunicação com as pessoas já deve ter encarado, alguma vez, as excentricidades de um dos seus clientes. Isso é muito comum, por exemplo, na área da construção e reforma. Esses especialistas sempre têm algumas histórias curiosas sobre sua prática.

Nós, do Incrível.club, ao procurar por histórias de internautas para a seleção de hoje, descobrimos que alguns profissionais têm que lidar com clientes que são, digamos, um tanto excêntricos. Porém, acreditamos que devemos sempre pensar positivo e tentar ver o lado bom de todo trabalho.

  • Meu parceiro e eu entramos em um apartamento para fazer alguns consertos enquanto o inquilino estava trabalhando na cidade. A primeira coisa que vimos foram dezenas de milhares de moedas espalhadas pelo chão do apartamento, em todos os lugares, exceto a cozinha. Era literalmente um tapete de moedas, de parede a parede, em todos os cômodos. Não havia mobílias no apartamento, apenas uma cama. Todo o resto o inquilino guardava em caixas. Aquilo foi muito assustador e, assim que terminamos, saímos de lá o mais rápido possível. © Robert Blevins / Quora
  • No começo da minha carreira eu reformei um apartamento de três quartos. O cliente desejou que tudo fosse na cor verde escuro, os azulejos pretos, os pisos em mogno e muito, muito ouro. Quando terminei a obra, ele me convidou para comemorar. Eu estava sentado com um amigo dele em um sofá italiano de luxo, enquanto ele andava de lá para cá dizendo “É um verdadeiro palácio!”. Quando ele foi para a cozinha, o amigo dele olhou para mim e perguntou “E você, o que acha?”. Respondi que achava uma bobagem, e ele me disse: “Exatamente!”. © scanc / Pikabu
  • Recebi um pedido para trocar um lustre. Informei o cliente sobre o preço, imediatamente: a partir de 80 reais, caso precisasse furar. Ele aceitou a proposta. Tirei o lustre antigo, fiz dois furos e pendurei um novo. Chamei o cliente. Ele veio, viu que estava tudo feito e disse:
    — Só isso? Que rápido! Foi pouca coisa, né?!
    Eu, sem responder nada, comecei a recolher os instrumentos. O cara continuou:
    — Quanto é que você quer por essa falha?
    — Como assim, falha? O lustre está instalado, funcionando, fixado com dois parafusos. Fiz tudo certo.
    — Tudo certo? O que você fez, eu poderia ter feito sozinho! Tirou 50 reais do bolso e disse que era suficiente. Eu respondi que nós tínhamos combinado 80 reais e que eu queria o valor total.
    O cliente de repente ficou furioso:
    — Você quer dizer alguma coisa? Então, quer saber, com essa atitude você não vai receber nada, entendeu?
    — Neste caso eu vou tirar o lustre agora mesmo.
    — Só tente! Vou chutar a escada!
    — Então eu vou bater no lustre, ok? E depois vou para casa. Me arrependo por não ter feito nenhum tipo de contrato por escrito com você, porque as pessoas normais mantêm a palavra. Eu sempre faço o trabalho e o cliente sempre paga o prometido.
    De repente o senhor tirou uma nota de 100 reais do bolso, deu para mim e disse, com toda a calma, como se nada tivesse acontecido:
    — Bom trabalho, rapaz! Fique com o troco. Eu teria te dado mais, mas tenho só no cartão, entenda. Você disse tudo correto.
    Eu, com desconfiança, peguei o dinheiro de suas mãos, preparado para mais alguma besteira. Mas não aconteceu mais nada. © sergelektrik / Pikabu
  • Recebi uma solicitação de cotação. Fui tirar as medidas, fiz os cálculos, enviei o orçamento. O cliente ficou furioso com o valor, pediu um desconto, disse que era um simples aposentado e que ainda estava trabalhando para conseguir pagar as contas. Eu até acreditaria, se quem estivesse falando tudo isso não dirigisse um carro de 1 milhão de reais e não tivesse um casarão de três andares, exatamente onde, por sinal, eu fui convidado para fazer a obra. A verdadeira histeria começou quando eu, por “algum motivo”, recusei! © AkdigaAG / Pikabu
  • Certa vez, eu estava pintando os caixilhos das janelas da casa de uma cliente. A dona de casa perguntou: “Você se importa se eu deixar o nosso Yorkshire terrier com você na sala?”. Eu fiquei feliz por ser deixado em paz, pois a cliente e o marido dela estavam andando em torno de mim, observando o que eu estava fazendo. O cachorro, com muita satisfação, subiu o sofá. Uma hora depois a cliente veio à sala para ver como eu estava. Depois de uma breve vistoria, quando ela já estava indo embora, de repente deu um grito. Eu olhei para ela tentando descobrir o que tinha acontecido. Ela apenas se afastou, sem falar uma única palavra, e saiu da sala. Voltou com seu marido e disse: “Olha, alguém fez as necessidades atrás do sofá!”. Ela olhou para mim com cara de reprovação e disse “Acho que era o cachorro. Foi ele que fez isso?”. Até hoje estou com uma impressão de que ela acreditou que eu era o culpado! © Bill Edge / Quora
  • Muitos anos atrás, ainda antes da época de Internet, eu trabalhava com instalação de janelas. Em uma casa, encontrei um burro de verdade comendo repolho e cenouras na cozinha. A dona da casa estava sentada tomando seu café da manhã do outro lado da mesa. © Jd Morgan / Quora
  • Preâmbulo: as obras finalizadas, tudo feito perfeitamente, nenhuma reclamação do cliente.
    — Artur, muito obrigado. Foi bom trabalho. Aqui está o dinheiro.
    — Foi um prazer trabalhar para você. Pera aí! Felipe, provavelmente você se enganou no cálculo: tem 5 mil a menos por aqui?
    — Está tudo certo. Você não vai fazer um desconto para mim?
    — Fala sério? Você veio me falar de desconto apenas agora, quando toda a obra está sendo entregue?
    — Sim, eu aceitei todo o trabalho sem nenhuma reclamação.
    — Claro, está tudo muito bem feito, não há o que reclamar! Talvez você, ao contrário, queira me pagar um bônus?
    — Olha, sempre dá para encontrar uma falha para reclamar, é só querer!
    — Ótimo, pode começar a procurar.
    — Eita, não pensei que íamos nos despedir desse jeito...
    Tirou o resto do dinheiro e disse:
    — Tchau, e não espere receber nenhuma recomendação, óbvio. © ProRemont41 / Pikabu
  • Essa história aconteceu no auge da temporada de construção. A ligação de um potencial cliente:
    — Bom dia! Você trabalha com isolamento?
    — Trabalho, sim!
    — Tem um alpinista industrial na sua equipe?
    — Com certeza! O que exatamente você precisa isolar?
    — A nossa varanda foi recentemente envidraçada, mas eu gostaria de fazer o isolamento térmico do chão também. Consegue?
    — Consigo, sim. Só não entendo por que alpinistas? Isso é feito de dentro!
    — Ah com certeza. Mas o isolamento interno não é tão eficiente! Eu prefiro o externo. Então, vamos fechar?
    — Então é mais complexo, mas acho que podemos fazer isso.
    Naquele momento, eu imaginei uma varanda suspensa, solitária, soprada pelos ventos e regada pelas chuvas o tempo todo. Para tirar minha dúvida, perguntei:
    — Vem cá, seu apartamento é o único do prédio que tem uma varanda?
    — Não, por quê? Todos os apartamentos têm, o dos vizinhos de cima e de baixo.
    — Neste caso o senhor tem que conversar desse assunto com os vizinhos de baixo!
    — Isso não vai dar certo, eles são insuportáveis... Vamos resolver isso sem a participação deles?
    — Ou seja, o senhor propõe que o alpinista desça até a varanda dos vizinhos sem o conhecimento deles?
    — Eita, não pensei nisso! Obrigado, tchau! © vlad.nnov / Pikabu
  • O chefe veio às obras com uma inspeção. Chamou o capataz do grupo de fachadas.
    — Qual é a porcentagem concluída das obras de isolamento da fachada?
    — Zero por cento.
    — Como assim?! O que vocês estavam fazendo?
    — Montávamos andaimes.
    — Até que andar montaram?
    — Até o terceiro.
    — Só? Por que não montaram mais?
    — Porque o prédio foi construído só até o terceiro. © Unknown author / Bash
  • Uma mulher pediu para desentupir o vaso sanitário. Depois de várias tentativas sem sucesso, avisei à senhora que era preciso remover o vaso para desentupir o encanamento do esgoto. Isso, claro, aumentava o custo do meu serviço. Ela concordou e continuou fazendo as suas coisas. O que eu descobri, quando removi o vaso, nunca tinha visto na vida. O cano estava cheio de absorventes internos. Se não me engano, na embalagem sempre vem escrito: “Favor não descartar no vaso sanitário”. Quando eu contei à cliente qual era o problema, ela me olhou envergonhada e disse: “Eu não uso absorventes internos.” Sério?! © Lewis E. Furr / Quora
  • — Alô, alô! Você ainda precisa de pedreiro?
    — Bom dia! Sim, precisamos de especialistas em acabamento interno.
    Nada podia dar errado. O meu interlocutor dava a impressão de ser uma pessoa lúcida. Naquela ligação, a pessoa a quem mais tarde começamos a chamar entre nós de “um pouco estranho”, perguntou-me de forma bastante adequada sobre o local e as condições de trabalho, salários e benefícios. Questionou também o tipo e o volume de trabalho, os requisitos de qualidade, a disponibilidade de ferramentas e o uniforme. Parecia que estava de acordo com tudo.
    — Você paga um adiantamento? — fez, provavelmente, a principal pergunta dos nossos tempos.
    — Venha trabalhar uns dias, nós vamos te avaliar e daremos um adiantamento para despesas urgentes.
    — Ah perfeito, então, estou de acordo. Porém sou de outro estado. Como você vai me pagar a viagem? Posso passar os dados bancários da minha esposa?
    — Não! — Fiquei um pouco intrigado com essa reviravolta. — Você vem às suas próprias custas. Caso você trabalhe bem por 2 meses, irei compensá-lo pela passagem, e se for por 3 meses, também irei compensar o custo da passagem de volta.
    — Meu Deus! Ainda não comecei a trabalhar com você mas já estou caindo em um golpe! — O primeiro aviso surgiu aí... © Pacifistwar / Pikabu
  • Essa história não é assustadora, porém me deixou chateado. Uma vez fui contratado para colocar ladrilhos no chão e nas paredes de dois banheiros. O cliente me mostrou onde estavam os banheiros. Nós passamos por alguns quartos completamente cheios de lixo e sucata. O cara, aparentemente, tinha a síndrome do acumulador. Quando eu terminei a obra, o cliente ligou para o meu chefe reclamando que os ladrilhos que eu havia instalado eram de tons branco diferentes. O chefe foi verificar pessoalmente e ao voltar disse: “Você fez tudo perfeitamente!”. Concordamos que o cliente estava um pouco fora de si. © Ted Labender / Quora
  • Quando estávamos reformando a cozinha, tivemos que desmontar o piso porque havia uma mancha nele, e estávamos curiosos para saber o que estava causando isso. Quando tiramos o piso antigo, encontramos no centro da cozinha um poço de pedra com pelo menos 100 anos de idade e mais de 5 m de profundidade. Cheio de água. Por não saber o que fazer com ele, apenas o fechamos. Mas agora tenho medo de que uma garota saia de dentro dele, como naquele filme... © Mullersaur / Reddit
  • Uma vez estava parafusando os painéis de chão. Os parafusos com defeitos eu jogava para trás, em direção à uma brecha no rodapé. Durante o processo, percebi que havia cada vez mais parafusos defeituosos. Descobri que o cliente estava atrás das minhas costas colhendo os parafusos que eu jogava e colocando-os de volta na caixinha. © 9ded / Pikabu
  • Certa vez fiz uma reforma em um apartamento caro. Nele, havia um quarto secreto com um espelho unidirecional escondido. A vista por essa “janela” dava para a parte interna do banheiro de hóspedes. Bizarro. © I_AM_****ING_NOW_AMA / Reddit
  • A história mais estranha que me aconteceu foi quando eu tive que viajar de avião para outra cidade apenas para abrir um registro. O cliente se recusou a pagar o serviço durante muito tempo, porque “não tínhamos feito nada, só havíamos girado uma alavanca”. Só foi convencido a me pagar depois que eu apresentei uma gravação de uma conversa telefônica na qual ele afirmava ter feito tudo de acordo com as instruções. Três vezes eu lhe pedi para abrir o registro, para girar a alavanca, e três vezes ele respondeu: “aberto”. © Akhmedov Iskandar / Facebook

No seu trabalho, você já enfrentou algumas situações épicas? Talvez você também tenha encarado algo excêntrico? Conte nos comentários!

Imagem de capa scanc / Pikabu

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