Conheça a dieta pegan, que tem como princípio conciliar o veganismo com a ingestão de carne

há 4 anos

Embora possa parecer uma contradição para muitos, a dieta pegan é uma combinação da chamada dieta paleolítica (ou paleo diet, em inglês e que se baseia sobretudo em proteína animal) com a dieta vegana — vegan, em inglês. Daí, o termo ’pegan’, que junta as designações das duas dietas — em inglês, evidentemente.

Seu criador, o médico Mark Hyman, diretor do Centro de Medicina Funcional da Clínica Cleveland, nos EUA, assegura que se trata de um equilíbrio perfeito e que muitas pessoas podem se beneficiar com essa dieta. Por esse motivo, pouco a pouco, a teoria vem chamando a atenção do mundo.

Incrível.club compilou algumas dicas dessa dieta, lembrando sempre que, antes de adotar qualquer mudança em sua alimentação, você deve consultar um especialista.

Como surgiu a dieta

O já mencionado dr. Hyman é autor de vários livros sobre alimentação saudável. Ele citou o termo “pegan” pela primeira vez em seu site oficial, no qual explica por que considera essa a opção mais saudável para a alimentação. Como explicamos anteriormente, a palavra vem da junção de paleo com vegan (em inglês), duas dietas que até hoje eram vistas como antagônicas entre si, já que a segunda pressupõe que a pessoa não consuma qualquer produto de origem animal.

No entanto, o especialista encontrou uma coincidência de ambas e esse é o eixo de tudo: “as duas se concentram em alimentos frescos, ’verdadeiros’ e que são criados ou produzidos de forma sustentável”, diz Hyman.

Em que consiste a dieta pegan

Com isso em mente, Hyman explica que o principal detalhe na dieta são os legumes, que devem ocupar pelo menos metade do seu prato, de preferência, compõem 75% do total. Eles devem estar crus e, claro, é essencial que sejam orgânicos e contenham o mínimo possível de produtos químicos.

Para entender melhor o que foi dito acima, o médico listou uma série de diretrizes que qualquer dieta saudável deve seguir e que ajudarão a guiá-lo melhor na hora de escolher o que comer.

Diga sim aos seguintes alimentos

  • Legumes e frutas. Pense em seu prato como uma paleta de cores, quanto mais, melhor, pois a variedade de frutas e legumes vai ajudá-lo a ingerir diferentes nutrientes.
  • Gorduras de boa qualidade. A principal delas é a ômega 3, que traz grandes benefícios para o cérebro, pele e coração. Esse nutriente é encontrado em peixes como salmão, sardinha e anchova, bem como em outros alimentos, como azeite, nozes ou abacate.
  • Proteína adequada. Nossos músculos dependem das proteínas. Essas substâncias também desempenham um papel importante em outras funções do corpo e é por isso que não podemos prescindir delas. Embora também existam as de origem vegetal, as proteínas são encontradas principalmente em carnes e em outros produtos de origem animal. Hyman recomenda que a carne tenha um papel secundário no seu prato.
  • Animais criados de forma sustentável. Tal como acontece com os legumes, a origem é primordial na hora de comprar carne, por isso é melhor adquirir esse alimento de produtores que alimentem seus animais com pastagem (e menos com rações) ou, melhor ainda, de fazendas onde o gado seja criado solto, podendo pastar livremente — o mesmo vale para galinhas e porcos, por exemplo.

Diga não aos seguintes alimentos

  • Produtos com antibióticos e hormônios. É importante saber de onde vem seu alimento e, felizmente, está se tornando cada dia mais fácil comprar produtos orgânicos e produzidos de forma sustentável.
  • Alimentos com índice glicêmico alto. É recomendado eliminar os açúcares, farinhas e carboidratos refinados, como macarrão ou pão branco de sua alimentação. Hyman esclarece que não há problema em ingerir esse tipo de alimento de vez em quando, como um tipo de recompensa. O importante é que eles não sejam a base da alimentação diária.
  • Laticínios e glúten. De acordo com o dr. Hyman, os dois tipos de alimento produzem inflamação e são difíceis de digerir. Portanto, se você deixar de consumi-los, perceberá uma melhora imediata da digestão.

Alimentos polêmicos

  • Ovos. Embora durante anos tenham sido associados a níveis elevados de colesterol e problemas cardíacos, estudos recentes mostraram que consumi-los uma vez por dia não faz mal. Aliás, pelo contrário: eles são uma importante fonte de proteína e gorduras boas para o cérebro.
  • Leguminosas. Os veganos consomem leguminosas como substitutos da proteína animal. No entanto, as lectinas contidas em alguns desses alimentos causam inflamação e podem levar a picos de açúcar no sangue. É por isso que Hyman recomenda apenas em pequenas porções.
  • Atum. É verdade que também é fonte de ômega 3. No entanto, contém mercúrio, uma substância que está relacionada a algumas doenças como o câncer, razão suficiente para reduzir seu consumo em sua alimentação diária.

Como saber se você pode seguir a dieta pegan

Novamente, o melhor para sua saúde é sempre seguir as recomendações do seu médico, que irá orientá-lo sobre as vantagens da dieta pegan para alcançar seus objetivos.

Como o próprio Hyman diz no texto em que explica essa dieta, o importante é tomar decisões baseadas na biologia, e não em modas ou mesmo em estudos que inundam a Internet, muitos deles sem fundamentação científica.

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