Garota desafia a medicina ao (sobre)viver com o coração fora do peito

Quem nunca exagerou na comida à noite e ficou sem dormir? Sabe aquele rodízio de churrasco ou de pizza que nos faz virar na cama de um lado para o outro esperando o sono chegar? Há comidas que, ao contrário, ajudam nosso organismo a entrar em um estado de relaxamento e fazem com que nossas noites de descanso sejam reparadoras.
Os alimentos inadequados para o jantar, por sua vez, podem atrapalhar nosso metabolismo e até acelerar o surgimento de males como as doenças cardíacas e o diabetes.
O Incrivel.club reuniu alguns estudos que mostram o que comer e o que não comer à noite. Quando e quanto comer também são fatores muito importantes. Confira!
A noite é o período próprio para nosso metabolismo desacelerar e uma refeição pesada faz exatamente o contrário com o corpo. Ao se preparar para a digestão de um belo hambúrguer com queijo cheddar, bacon, batatas fritas e mais um copão de refrigerante, o organismo fica alerta, pois sabe que vai precisar trabalhar. Isso afeta diretamente a qualidade do sono. Mesmo que você consiga fechar os olhos e, efetivamente, dormir, o descanso pleno será comprometido pela energia extra requerida pela digestão.
Comer demais antes de se deitar também pode dificultar uma queda de cerca de 10% na pressão durante a noite, o que também é necessário para o organismo descansar. Um estudo da Universidade de Columbia (nos EUA) indica que essa não-queda de pressão durante o sono pode colaborar para problemas como doenças cardíacas, infartos e derrames.
A produção de glicose também sofre alterações em quem costuma jantar tarde, como mostrou um estudo japonês que comparou pessoas que costumam fazer a última refeição do dia às 18h com outras que a fazem às 23h. Os últimos apresentaram um aumento do nível de glicose, o que leva a crer que comer muito tarde pode favorecer o surgimento do diabetes.
Alguns especialistas afirmam que é preciso haver um intervalo de pelo menos três horas entre a última refeição do dia e a hora de deitar.
Alguns alimentos são mais próprios para o consumo noturno por estarem carregados de vitaminas e minerais que ajudam o sono. Entre as principais substâncias, estão o triptofano, o magnésio, o cálcio e a vitamina B6. Algumas delas favorecem a produção de melatonina, hormônio que regula nosso ciclo cicardiano — ou seja, o padrão com que dormimos e acordamos.
Você se lembra dos mingaus que as vovós preparavam antigamente? Elas recomendavam que comêssemos uma tigela dele quentinho ao cair da noite para ter bons sonhos. “Mas fazer mingauzinho à noite ficou tão fora de moda... É mais fácil chamar um lanche pelo aplicativo, não é?” Opa, espere lá... As avós estavam certíssimas!
Um mingau tradicional, preparado com leite baixo em gorduras, vai garantir cálcio e triptofano. Se feito com aveia, traz mais uma dose de triptofano (e, além disso, a aveia é um carboidrato de lenta absorção, não dá aquele “chacoalhão” no organismo durante o sono). Se você adicionar algumas rodelas de banana, terá garantidos o magnésio e a vitamina B6. É a refeição noturna ideal.
A Alaska Sleep Clinic, especializada em distúrbios do sono, preparou uma lista de alimentos que podem nos ajudar a ter um sono melhor. Faça sua combinação predileta tentando incluir itens de todos os grupos “amigos do sono”, sempre lembrando que é bom não exagerar na quantidade. Mesmo as comidas amigas do sono vão causar o efeito contrário se consumidas em excesso ou muito perto da hora de ir para a cama. Anote!
Triptofano — ele ajuda o organismo a liberar serotonina, que é transformada em melatonina. Está nos produtos lácteos (leite, iogurte e queijos — privilegie os pobres em gordura), aves (peru e frango), peixes e frutos do mar (salmão, camarão, sardinhas, atum), sementes e castanhas (linhaça, girassol, abóbora, castanha-de-caju, amendoim, amêndoas, nozes), leguminosas (feijão roxo, fava, ervilha, grão-de-bico), frutas (banana, maçã, pêssego, abacate), vegetais (espinafre, brócoli, folha de nabo, aspargo, cebola, algas) e grãos (trigo, arroz, cevada, milho, aveia).
Magnésio — ele é muito importante para o sono e sua carência no organismo pode ser a razão de crises de insônia. É um relaxante natural, ajuda a diminuir os efeitos da adrenalina (que nos deixa alertas) e está presente nas folhas verde-escuras (espinafre, couve), sementes e castanhas (amêndoas, girassol, castanha-do-pará, castanha-de-caju, pinhão, linhaça, noz-pecan), peixes (salmão, atum, cavalinha), grãos de soja cozidos (também chamados de edamame), banana, abacate e iogurte desnatado.
Já sabemos que se empanturrar à noite é uma das formas mais fáceis de ter o sono perturbado pela comida. Mas há alimentos e bebidas especialmente perigosos nesse sentido.
O que achou das nossas dicas? Você costuma consumir alimentos bons para ajudar o sono? Suas noites costumam ser tranquilas ou você sofre com a insônia? Conte para nós nos comentários!