O que é a dieta metabólica e por que pode funcionar no seu caso?

Saúde
há 1 ano

Todos os dias surgem novas e diferentes dietas que prometem “acabar com os quilinhos extras sem perder a saúde” — esse é o slogan da maioria elas. Mas, você sabe, nem toda dieta funciona.

Diane Kress, nutricionista dos EUA, trabalhou em um novo sistema de alimentação e escreveu um best seller sobre o assunto intitulado The Metabolism Miracle, a chamada ’dieta metabólica’. Neste post, vamos falar sobre suas vantagens e desvantagens.

Diane trabalhou por muitos anos no tratamento de pacientes com excesso de peso e diabetes tipo 2. Seu livro se baseia nessa experiência e no estudo de fatos científicos e não passou despercebido pela crítica especializada. Em 2010, o jornal Daily Mail concedeu a The Metabolism Miracle o título de “o livro de dietas do ano”.

O Incrível.club avaliou o trabalho de Diane e pesquisou sobre entrevistas concedidas pela autora. E, neste post, compartilha com você informações sobre a dieta metabólica.

Mas, lembre-se, sempre procure um especialista e um médico antes de adotar qualquer dieta.

Como funciona?

Ao perder peso, as pessoas muitas vezes enfrentam um fato científico demonstrado sob o nome de “efeito platô”: a dieta faz efeito durante algum tempo e a pessoa vai perdendo peso. Mas, depois de algum tempo, a perda de peso ’estaciona’ em um determinado patamar (ou platô) por mais que o regime continue sendo seguido à risca.

O motivo dessa dificuldade é que nosso organismo trabalha de maneira a economizar cada uma das calorias ingeridas. Seu principal objetivo é proteger o corpo da fome a qualquer custo, além de considerar que as reservas de gordura algo positivo — lembre-se de que nosso corpo foi programado nos tempos das cavernas, período em que nossos ancestrais não sabiam quando teriam a próxima refeição e, portanto, gordura significava reserva de energia. Nos regimes comuns, ao reduzir a quantidade de alimento, o corpo começa a diminuir o metabolismo para economizar energia.

O objetivo da dieta metabólica é uma espécie de reinício do trabalho adequado de alguns órgãos, ou seja, do pâncreas e do fígado. Depois de descansar, eles entram em um novo modo de trabalho, que corresponderá ao seu novo metabolismo.

Dois metabolismos

Diane Kress acredita que existam 2 tipos principais de metabolismo: o normal, chamado de metabolismo A, próprio das pessoas magras, e o metabolismo B, das pessoas com excesso de peso. O organismo das pessoas com excesso de peso é incapaz de usar adequadamente a glicose; consequentemente, as células adiposas acumulam mais intensamente a gordura: são os sintomas da síndrome metabólica.

Pode parecer que a redução de calorias também levará à redução de peso. No entanto, esse não é o caso. Nosso metabolismo depende muito do hormônio chamado insulina. Ele é responsável pela diminuição da concentração de glicose no sangue. E o excesso de insulina nos força a tolerar mais o consumo de doces. Além disso, atrai glicogênio do fígado, levando a um aumento da glicose no sangue, fazendo as células de gordura armazenarem gordura ativamente.

Isso gera um círculo vicioso: somos mais tolerantes aos doces, o que, por sua vez, aumenta o nível de insulina quando os consumimos e novamente queremos algo mais doces. E, quando nos privamos da glicose, isto é, dos doces, o excesso de insulina que não foi usado provoca uma forte sensação de fome. Na verdade, perder peso sob tais condições metabólicas é bastante difícil.

Três etapas

Portanto, a dieta metabólica tem como objetivo reparar o mecanismo do metabolismo com a ajuda de uma abordagem especial da alimentação. Ela tem 3 etapas principais, cada uma com suas particularidades.

Primeira etapa, a mais difícil

Seu objetivo é que o pâncreas pare de produzir uma grande quantidade de insulina. Basicamente é uma dieta pobre em carboidratos.

A etapa dura 8 semanas. Cada dia você tem de consumir menos de 25 gramas de carboidratos e Diane Kress recomenda dividi-los em 5 refeições, cada uma com 5 gramas. A autora afirma que, geralmente, é contra dietas de baixa quantidade de carboidrato a longo prazo, mas que uma retirada de carboidratos por um tempo não muito longo é o único método sem necessidade de medicamento para retornar ao processo de produção normal de insulina.

Diane afirma que, nos primeiros 3 dias da dieta, nos sentiremos cansados, fracos, irritados, com fome e até sentiremos uma leve fraqueza e vertigem. É assim que ocorre o processo de adaptação à nova dieta, mas, no quarto dia, nosso humor voltará ao normal.

Etapa 2, a fase do emagrecimento

Nessa fase, você perde peso; então o tempo necessário para se livrar dos quilinhos extras vai ser um pouco longo. As principais regras são: não consuma mais do que 60 gramas de carboidratos, sendo de 11 gramas a 20 gramas por porção de alimento. Nesse caso, o pâncreas já estará descansado e pronto para executar suas tarefas, acostumando-se a trabalhar da maneira correta.

Etapa 3: para a vida toda

O terceiro estágio terá de ser preservado para sempre, mas suas regras não são tão rígidas.

Para manter o peso no nível ideal, é conveniente manter as seguintes condições particulares de alimentação. Em primeiro lugar, a autora sugere que calculemos a quantidade de calorias necessárias para manter o peso, considerando o sexo, a idade e a quantidade de atividade física, além do fato de o organismo ser propenso ao tipo errado de metabolismo do qual falamos no início.]

Nesse estágio, o programa permite que a pessoa consuma uma porção de carboidratos em cada refeição e se alimente 5 vezes ao dia, rejeitando bolos, mas se permitindo sobremesas com baixas calorias e frutas.

De qualquer maneira, as porções de carboidratos devem ser estritamente controladas.

Características da dieta

  • Na primeira etapa, a autora propõe a não ingestão de carboidratos “rápidos” e “lentos”, como massas, cereais e pão. A base da dieta consiste em proteínas e legumes e também em versões de baixo teor de carboidratos dos produtos acima mencionados. Mas os alimentos permitidos não podem ser consumidos em excesso, já que a autora enfatiza a necessidade de controlar as porções.

Assim, a base da alimentação da primeira etapa é composta por proteínas, como carne magra e sem pele, frutos do mar, queijo com baixo teor de gordura, como ricota e cottage, ovos e produtos de soja não doces. Já as gorduras devem ser versões leves de óleos, cremes, margarina, maionese, óleos vegetais, azeitonas, abacate, nozes e sementes. Os legumes permitidos: alcachofras, espargos, feijão verde, brócolis, couve de Bruxelas, couve-flor, aipo, pepino, berinjela, cogumelos, variedade de pimentões, pimentas rabanetes e tomates. Finalmente, os doces permitidos são: iogurtes, sucos, milkshakes e pudins sem açúcar e também porções de produtos que contenham menos de 5 gramas de açúcar.

  • Na segunda etapa, todos os produtos que entram na primeira são permitidos e abre-se um pouco mais o leque de possibilidades, com porções de grãos, cereais, massas, pão integral, frutas não doces, além de receitas assadas de Diane com baixo teor de carboidratos.
  • Na terceira etapa, após o término da dieta, você deve continuar cuidando da quantidade de porções de carboidratos, levando em consideração o metabolismo calculado. Frutas doces e frutas vermelhas voltam ao menu, bem como as pequenas sobremesas. Mas não se esqueça de controlar as porções.

E você, considera que para perder peso é necessário seguir tipo de regime determinado ou basta ter uma dieta correta e moderada? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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