Não quero que a filha de 8 anos do meu marido more em nossa casa, e ele está me ameaçando com o divórcio

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há 4 meses

Estela, 39 anos, nos enviou uma mensagem sincera e tocante, compartilhando as preocupações com sua situação familiar. A mulher quer uma opinião honesta de nossos leitores sobre sua decisão de não permitir que a filha de 8 anos do marido more permanentemente na casa deles. Estela acredita que seus motivos para uma decisão tão radical são suficientes, mas seu marido está furioso com a falta de disposição da esposa de dividir o lar com a menina. A seguir, descobriremos os detalhes desse intrincado enrosco doméstico.

Estela é feliz em seu segundo casamento, assim como seu marido, Paulo

Aos 39 anos, Estela é uma mulher que conquistou muito em sua vida. Ela tem um emprego gratificante e muito bem remunerado, tendo passado de enfermeira a médica-chefe de cardiologia. Ela é feliz em seu casamento e tem tudo para curtir a vida, mas há um problema em sua família recém-criada que não a deixa levar seus dias normalmente.

A mulher compartilhou a história da própria família e explicou por que teve de tomar uma decisão difícil, que a levou a brigas e desentendimentos constantes com seu marido, Paulo. Estela quer ouvir a opinião de nossos leitores sobre esse assunto polêmico e encontrar um bom conselho de pessoas que podem ter passado pela mesma situação.

A mulher começou sua mensagem dizendo: “Estou casada com meu marido, o Paulo, há mais de três anos. É meu segundo casamento, assim como o do Paulo. Estamos muito felizes com nosso relacionamento, que é maduro, estável e transparente. Nós dois temos nos esforçado muito para alcançar o nível de compreensão e confiança mútuas que temos agora em nossa família.
Tudo parecia bem até agora, mas há um problema que não nos permite continuar com a felicidade em nossa união. E esse problema são as expectativas que Paulo tem de mim em relação à sua filha, Elisa”.

Paulo tem uma filha de um casamento anterior, e Estela sempre foi gentil com a garota

Estela contou: “O Paulo tem uma filha de seu casamento anterior. A menina, Elisa, tem 8 anos.
Paulo falou abertamente sobre a criança desde o início de nosso relacionamento. Ele fica com Elisa a cada duas semanas nos finais de semana. Eu sempre disse a ele que tudo bem, não tenho nenhum problema com isso. Acredito que ele pode passar o tempo que quiser com ela, e não farei nenhuma objeção. Quando ele queria me incluir, eu também sempre participava com prazer das atividades”.

A mulher acrescentou: “Mas também deixei claro para o meu marido que Elisa não é minha, mas sim dele e da ex. É claro que eu cuidava da menina quando ela ficava comigo, nunca a ignorei. Eu também cozinhava quando ela estava conosco e, se ela quisesse conversar ou brincar comigo, eu sempre estava pronta para fazê-lo.
Mas eu me recuso a ser mãe dela. Fui clara quanto a isso. Se Elisa fizesse algo que exigisse castigo, por exemplo, não seria eu quem conversaria com ela e a castigaria. Esse é o dever dos pais, e a menina não é minha filha”.

A situação na família ficou tensa de repente

Estela seguiu com seu relato: “Há 10 meses, Paulo foi demitido e, como não conseguiu encontrar um novo emprego rápido o suficiente, foi despejado do apartamento em que vivia antes de irmos morar juntos. Ele continuou morando no apartamento mesmo depois do nosso casamento, e nós dois achávamos essa uma boa ideia. Eu tenho minha própria casa, Paulo morava no apartamento e trabalhava de lá: esse era o modelo de casamento que havíamos combinado e achávamos conveniente. Mas como ele perdeu o apartamento, eu disse que poderia vir morar comigo.
Arrumei um espaço para transformar num quarto para Elisa, para que ela tivesse um lugar confortável quando estivesse conosco. As coisas correram muito bem por um tempo, mas na semana passada o Paulo me chamou para ter uma conversa séria. Ele disse que sua ex-mulher descobriu sobre sua nova situação de vida e, como ela está morando em um apartamento pequeno, disse ao Paulo que seria melhor se a Elisa morasse conosco em tempo integral e a visitasse duas vezes por mês”.

Estela ficou atônita ao ouvir a notícia. A mulher afirmou: “Fiquei totalmente furiosa, e provavelmente vocês entenderão meus sentimentos. Sem falar comigo antes, meu marido concordou com isso e veio dizendo: ’Querida, por favor, fique feliz! Nossa garotinha ficará conosco em tempo integral agora’. Eu até ri achando que ele estivesse brincando”.

Estela está chateada com a atitude do marido e falou abertamente sobre suas preocupações

Estela seguiu: “Infelizmente, o Paulo não estava brincando. Eu recusei imediatamente e disse que não concordava com aquilo de jeito nenhum. Embora eu não trabalhe de casa, simplesmente nunca quis ter filhos e isso não mudou, e o Paulo não se importava com isso antes”.

“Meu marido tentou me culpar, dizendo não ser certo que Elisa more em um apartamento pequeno. Ele disse que só quer proporcionar a ela um padrão de vida melhor. Eu o lembrei de que esta casa é minha, não dele. Portanto, a decisão de quem vai morar aqui permanentemente é minha, e não dele, especialmente quando as coisas são feitas pelas minhas costas.
Paulo ficou furioso e disse que eu o estava diminuindo com minha atitude, exigindo que eu me desculpasse. Levantei rapidamente, peguei a mala do Paulo e disse para ele recolher tudo que fosse de sua propriedade e saísse da minha casa. Ele disse que pediria o divórcio”.

Estela acrescentou: “Depois que o Paulo foi embora, a ex dele passou a me incomodar pelo telefone. Ela diz que eu sou uma pessoa má por tirar a estabilidade da Elisa, e me chamou de monstro. Eu respondi que ela é a mãe, então proporcionar estabilidade para a menina é obrigação dela, não minha.
Embora eu ache que minha decisão foi justificada, ainda me sinto culpada pela Elisa estar nessa situação. O que devo fazer?”

Por falar em história familiar polêmica, temos também outro caso: o de uma mulher que não quer mais que a própria filha grávida e os seis filhos dela morem em sua casa. Ela expulsou a filha da residência e não se arrepende de nada. Leia mais para saber por que ela teve que tomar uma decisão tão radical em relação à filha e aos netos, sendo que um deles ainda nem nasceu.

Imagem de capa freepik / Freepik

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Certissima, se optou por não ter filhos, não é seu dever cuidar da filha dos outros, mesmo sendo o seu marido o pai dela.

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