Imagino que a gola enorme de eleisabeth deve ter um motivo, queria saber qual
10+ Exemplos de figurinistas que arrasaram em filmes de época
O trabalho de figurinista em um filme histórico começa com o estudo da atmosfera de uma época, suas cores, formas e texturas características. Muitas vezes, esse profissional se depara com uma escolha entre a beleza da sua obra e a exatidão nos detalhes da época. Encontrar um equilíbrio entre uma coisa e outra é uma verdadeira arte.
Nós, do Incrível.club, encontramos imagens cinematográficas perfeitas e trabalhos realmente magníficos de reconstrução de períodos históricos. E, no final, temos um bônus: um filme cult sobre uma banda de rock dos anos 80.
Outlander: um traje inspirado na jaqueta Dior Bar
Segundo o enredo, enquanto visitava o ponto turístico das pedras de Craigh na Dun, na Escócia, na década de 1940, Claire Fraser moveu-se misteriosamente para o ano 1743. A figurinista Terry Dresbach foi encarregada de criar o visual da protagonista, levando em consideração duas realidades. Um dos looks mais deslumbrantes foi o inspirado na jaqueta Dior Bar. Ela combinou a moda do século XVIII com a de 1940. Esse é o primeiro visual parisiense de Claire, diferente dos tons amadeirados que ela usava na Escócia. O look se tornou uma bela ’moldura’ e permitiu que Claire permanecesse fiel a si mesma.
Elizabeth: A Era de Ouro: colarinhos volumosos e saias largas
O filme sobre a Rainha Elizabeth I da Inglaterra demonstra com precisão a moda europeia do século XVI. Ausência de sobrancelhas, pele pálida, corpetes justos, colarinhos enormes e saias largas... diariamente, durante o período de gravação, figurinistas e maquiadores passavam três horas na preparação de Cate Blanchett, a protagonista. E todo esse trabalho não surpreende, já que a ideia era garantir a fidelidade aos detalhes. Por exemplo, na época de Elizabeth, golas volumosas eram populares, o que ajudava a equilibrar a silhueta de saias largas e torsos alongados. No filme, a rainha Elizabeth e a nobreza se vestem de acordo com todos os padrões da moda da segunda metade do século XVI. Por isso, a figurinista se concentrou em babados e golas ’dramáticas’, apostando, também, nas silhuetas de vestidos típicas da época e caracterizadas por dois triângulos invertidos, cruzados na cintura.
Mad Men: Inventando Verdades: roupas antigas de pessoas comuns
A figurinista Janie Bryant apostou nas peças vintage doadas por gente comum. As pessoas simplesmente levavam aos produtores suas roupas velhas. A idosa americana Jean Bell, por exemplo, doou muitas peças, incluindo todas as suas bolsas, chapéus e as gravatas do marido. Assim, os criadores da série tiveram a oportunidade de recriar looks de diferentes estilos, grupos culturais e faixas etárias, refletindo, assim, com precisão, o visual da década de 60.
A Jovem Rainha Vitória: camisolas
Os figurinos da jovem Vitória foram desenhados por Sandy Powell. Os vestidos da personagem principal, interpretada por Emily Blunt, acabaram se tornando verdadeiras obras de arte, sendo arrematados por 10 mil libras cada. Além de trajes chiques, no filme podem ser vistos outros looks. Eles aparecem com menos frequência, mas não deixam de atrair a atenção. São eles as camisolas da rainha, um roupão azul-marinho de luxo, camisas bordadas e rendadas com babados, espartilhos e anáguas, todos criados com grande atenção aos detalhes e respeito pela história da moda.
Trama Fantasma: vestido de renda cor de lavanda
A história de amor do estilista Reynolds Woodcock e de sua musa, Alma, ambientada na Londres da década de 1950, exigiu atenção especial aos figurinos. Mark Bridges fez um ótimo trabalho: estudou os arquivos dos fashionistas que moldaram o look do protagonista, Cristobal Balenciaga e Hardy Amies, e criou mais de 50 trajes exclusivos que transmitiam a filosofia do estilista de rejeitar o chique e buscar a beleza eterna. Por exemplo, para o vestido lilás da foto, Mark encontrou uma verdadeira raridade: rendas requintadas do século XVII.
Peaky Blinders: sobretudo, boné de tweed e relógio de ouro
A série Peaky Blinders pode ser usada como uma espécie de guia da moda masculina do início do século XX. O enredo é baseado na história real de uma gangue de Birmingham. Os criadores da série demonstraram, com muita precisão, o código de honra dos gângsters, seu estilo, e também como a mudança de status se refletia nas roupas.
- O protagonista, Tommy Shelby, veste um sobretudo de lã grosso com gola de veludo preto sobre um terno de tweed. Essa combinação de tecidos incomum enfatiza o lugar de Shelby na sociedade: ele é um gângster sem muito status.
- O boné de tweed de Tommy é um exemplo de acessório de um proletário da época. Assim, ele demonstra que, apesar de suas intenções de se tornar um membro da alta sociedade, ainda é um representante da classe baixa.
- Shelby e seus parceiros usam relógios de bolso em correntes de ouro. A prata não combinaria com eles naquele momento: seria muito barata. O ouro das correntes (que, aliás, pendem despretensiosamente dos bolsos) remete a status e a uma melhor condição financeira.
Jackie: traje rosa da Chanel
A figurinista Madeline Fontaine recriou os looks de Jacqueline com precisão, levando em consideração todos os detalhes. Um terno Chanel rosa e um chapéu de tom exatamente combinando compõem um dos looks icônicos da ex-primeira-dama dos Estados Unidos. Madeline teve de fazer vários testes de cores para obter o tom de rosa necessário. A Chanel, por sua vez, forneceu botões, uma etiqueta da marca e uma corrente para o terno. Ela foi costurada por dentro, ao longo da borda inferior, para manter a peça em sua melhor forma.
W.E. — O Romance do Século: vestido de noiva e joias
No seu segundo trabalho como diretora, Madonna confiou na personal stylist e figurinista Arianne Phillips. A profissional, por sua vez, conduziu uma pesquisa ímpar: estudou publicações impressas, fez buscas na internet, vasculhou trechos de filmes e conversou com conhecidos do rei Eduardo VIII e da americana Wallis Simpson. Tudo para entender essas pessoas e acertar a mão no figurino.
Depois disso, Phillips voltou-se para as casas de moda europeias e museus especializados no assunto. Foram desenvolvidos novos trajes e os anteriores, concebidos no início do projeto, também foram aproveitados. Um dos destaques foi um vestido de noiva do estilista Michael O’Connor, presente no National Museum of Costume (Escócia). A marca favorita do Eduardo, a Cartier, recriou um anel de noivado de esmeralda e uma pulseira com cruzes. Durante os 119 minutos do filme, Wallis Simpson muda de look mais de 60 vezes.
Stranger Things: vestido infantil rosa
O principal objetivo dos figurinistas, nesse caso, foi a autenticidade. Os figurinos deveriam parecer reais, e não versões kitsch daquilo que as pessoas se lembram como o visual dos anos 80. Kimberly Adams-Galligan e sua equipe invadiram brechós para encontrar peças de marcas populares naquela época. Muitas vezes era necessário costurar algumas roupas para conseguir o visual perfeito para cada personagem. O vestido rosa da personagem Onze é uma referência direta aos vestidos infantis da Polly Flinders, populares na década de 80. Com o sucesso da personagem na tela, o vestido se tornou a fantasia mais popular no Halloween naquela temporada.
Frida: vestido vermelho
A figurinista Julie Weiss desistiu da ideia de replicar com exatidão o visual de Frida Kahlo e voltou sua atenção para os temas que inspiraram a própria Frida, sobretudo a cultura mexicana. No início das filmagens, foram utilizadas as cores principais do guarda-roupa da artista: fúcsia brilhante, vermelho e verde-tropical. No entanto, como Weiss admitiu, essa ideia não funcionou: essas cores só funcionavam nas pinturas da artista. Assim, o vestido vermelho-escuro, originalmente planejado para ser usado na cena do tango, foi substituído por um vermelho vivo.
Angélica e o Rei: o lendário vestido de ouro
O vestido de brocado no qual Angélica apareceu na recepção em homenagem ao rei Luís XIV da França, impressionou tanto o próprio rei quanto o público do filme. O brocado (tecido bordado predominantemente em ouro) vinha da China e era o preferido dos fashionistas mais abastados do século XVII. O material costumava ser chamado de ’tecido de ouro’. Só que a maior parte das peças era em seda. Apenas o fio da cruz era feito de ouro verdadeiro.
Bônus: Verão: terno preto, rebites e broche
Esse filme russo conta a história da Kino, uma banda de rock estilo underground da cidade de Leningrado do início dos anos 80. A figurinista Tatiana Dolmatovskaya tentou combinar a estética da época com um pouco mais de estilo. Os looks dos personagens ficaram exatamente como nos anos 1980, só que um pouco mais ’limpos’. A equipe de Dolmatovskaya encontrou os atributos usados no filme em brechós e sites de roupas usadas. Ela e o diretor Serebrennikov decidiram não copiar o figurino de palco de Viktor Tsoi, líder do grupo, no qual a história é inspirada, mas fazer algo mais original. O figurino da primeira apresentação da Kino incluía uma peça que também aparece no filme, mas com alguns detalhes diferentes. E os figurinistas repetiram a imagem do último show em todos os detalhes: camisa preta, rebites e broche na manga... tudo igual nas fotos.
Talvez você lembre de outras imagens de filmes de época. Conte para nós!
Comentários
COISA FEIA NAO
ROUPA DE FILME ANTIGO OU QUE FALA DO PASSADO EH BEM LEGAL DEVE VER
Eu vi um que era ridículo, mas esses da lista sao muito bons