9 Coisas “inocentes” que precisamos parar de fazer para salvar o planeta

Curiosidades
há 4 anos

1,3 bilhão de toneladas de alimentos são desperdiçados anualmente, e mais de 100 milhões de animais estão morrendo em decorrência da ingestão de objetos plásticos. Está mais do que na hora de repensarmos nossas atitudes. Sabemos que mudar todos os nossos hábitos, alguns bem arraigados, é algo muito difícil de fazer, mas o fato é que realmente podemos fazer pequenos avanços no cotidiano para que, juntos, sejamos capazes de salvar o planeta.

O Incrível.club traz neste post 9 coisas de que podemos abrir mão e, assim, colaborar para que a Mãe Natureza não se prejudique ainda mais. Confira e faça sua parte!

1. Produzir alimentos que nunca serão consumidos

De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, um terço dos alimentos produzidos para consumo humano — aproximadamente 1,3 bilhão de toneladas, acaba no lixo todos os anos. Tenha em mente que, para produzir grande quantidade de comida, milhões de plantas são arrancadas e inúmeras árvores acabam sendo cortadas mundo afora. E segundo os dados divulgados, frutas e vegetais em geral são os alimentos mais desperdiçados, seguidos por frutos do mar.

2. Viajar em cruzeiros

Navios de cruzeiro são cidades flutuantes, e poluem tanto quanto os centros urbanos, ou até mais. Os dados mostram que a qualidade do ar no convés do navio é parecida com a das cidades mais poluídas do mundo. Estima-se que mais de 50 mil europeus morrem prematuramente todos os anos como consequência da poluição causada por navios.

Descobriu-se que a pegada de carbono de uma pessoa é multiplicada por três quando ela está em um cruzeiro em comparação com a vida em terra firme.

Um órgão de fiscalização alemão examinou 77 navios de cruzeiro e descobriu que 76 deles usavam como combustível óleo tóxico pesado conhecido como o combustível mais sujo. Além disso, essas embarcações foram flagradas repetidamente despejando lixo, combustível e esgoto diretamente no oceano.

3. Comprar roupas demais

A indústria da moda está entre as maiores emissoras de poluição em maneira geral, e é a vice-campeã no triste ranking dos poluidores das águas. A moda é também responsável pela redução nos níveis de água. O algodão, que é a fibra mais usada em roupas, é colhido por meio de processos que exigem muito do planeta. A quantidade de algodão necessária para fabricar uma única camisa usa cerca de 2.700 litros de água. O número é equivalente ao que uma pessoa bebe em 2 anos e meio.

Fibras sintéticas, como o poliéster, têm um impacto menor do que o algodão nos níveis de água, mas por outro lado sua produção emite mais gases de efeito estufa por quilo. As fábricas produtoras de poliéster liberaram cerca de 680 trilhões de quilos de gases de efeito estufa só em 2015, o que é igual ao que 185 usinas de carvão produzem anualmente.

Logo, da próxima vez que pensar em comprar roupas novas, lembre-se que uma em cada nove pessoas no mundo não tem acesso a água potável, e que cerca de 4,6 milhões de pessoas morrem a cada ano por conta da poluição do ar.

4. Dar descarga

Pode parecer nojento, mas a verdade é que não precisamos dar descarga cada vez que fazemos xixi. Você pode fazer isso alternadamente. Um estudo de 1999 concluiu que as descargas respondem por 27% do consumo diário de água por pessoa, em comparação com outras atividades cotidianas que exigem o uso de água. Lavar roupas corresponde a 22%, enquanto tomar banho equivale a 17%.

5. Usar hashis descartáveis

A cozinha asiática é deliciosa. E não é difícil imaginar os motivos pelos quais ela faz tanto sucesso pelo mundo. Porém, os hashis (palitos de madeira usados como talheres) causam um enorme impacto negativo no meio ambiente. Só na China, aproximadamente 80 bilhões de pares de hashis descartáveis são produzidos anualmente. Para atender a uma demanda tão grande, cerca de 4 milhões de árvores são derrubadas todos os anos.

O desmatamento em grande escala tem consequências devastadoras. Provoca deslizamentos de terra e diminui as condições do planeta de lidar com inundações. Sem falar no aquecimento global, que vem aumentando ano após ano.

6. Tomar café

O café é uma bebida muito popular em todo o mundo, e seus benefícios à saúde já foram comprovados pela ciência. Uma pesquisa, por exemplo, descobriu que tomar café pode aumentar a expectativa de vida de uma pessoa em até 2 anos. Só que há uma má notícia: a indústria do café não é nada boa com o meio ambiente. Atualmente, as fazendas produtoras de café são mais prejudiciais à natureza do que nunca. Além disso, o aumento da popularidade do café tem levado ao desmatamento em grande escala, derrubando árvores de grande porte que colaboram para a biodiversidade.

E precisamos citar ainda os copinhos descartáveis usados para servir a bebida. Eles também contribuem para aumentar a intensidade dos desmatamentos.

7. Usar lenços umedecidos

Lenços umedecidos podem ser muito práticos, mas não fazem nada bem à natureza. Em 2015, o jornal britânico The Guardian classificou o produto como o “maior vilão” contra o meio ambiente.

A maioria dessas toalhinhas contém plástico, e acaba indo parar nos oceanos. Os lenços são ingeridos por criaturas marinhas que os confundem com águas vivas. Em último caso, isso provoca a morte dos animais. Muita gente joga lenços umedecidos no vaso sanitário, o que leva ao entupimento de esgotos, já que o material não se desintegra facilmente. Foi observado que os lenços umedecidos representam cerca de 93% de tudo que causa obstruções na rede de esgoto.

Além disso, muitos desses lenços contêm produtos químicos perigosos que podem causar irritações na pele quando utilizados.

8. Usar pilhas descartáveis

Baterias e pilhas descartáveis que usamos em relógios e calculadoras, assim como as recarregáveis (após certo número de recargas, elas também precisam ser jogadas fora), e aquelas que usamos em laptops, telefones e outros aparelhos, são extremamente prejudiciais ao meio ambiente. Elas contêm um ou mais dos seguintes metais, que são extremamente tóxicos: cádmio, chumbo, zinco, manganês, níquel, prata, mercúrio e lítio, além dos ácidos presentes na bateria.

Quando descartadas, essas baterias e pilhas poluem o ar, pois quando começam a se decompor, sofrem uma reação fotoquímica que libera gases de efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global. São produtos químicos nocivos que também são absorvidos pelo solo, causando poluição no ambiente e podendo afetar seriamente a vegetação e os componentes da terra. E quando os mesmos produtos químicos são carregados pela chuva, costumam chegar a cursos de água, levando à poluição também de rios e mares.

9. Remover pelos usando lâminas descartáveis

Remover pelos do corpo é um hábito visto por muita gente como essencial para a higiene. Logo, não é de surpreender que exista uma demanda tão alta por aparelhos com lâminas. É tanto que um relatório recente demonstrou que, em 2018, 163 milhões de consumidores só nos EUA usaram barbeadores descartáveis. Só que tais apetrechos são feitos de plástico e borracha, que não são biodegradáveis. Eles costumam acabar em aterros sanitários, sem que nunca passem por processos de reciclagem.

Para você, o que pode ser feito em nosso cotidiano para interromper o aquecimento global e ajudar o meio ambiente? Solte o líder ambiental que existe em você e deixe seu comentário!

Illustrated by Angelina Abakumova and Polina Koshel exclusivo para Incrível.club

Comentários

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Eu gosto dw comprar roupas, me sinto bem. É claro q eu n compro coisas q n vou usar, gosto de ter um consumo consciente

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Resposta

Poderiam diminuir o tamanho das embalagens. Às vezes é muita embalagem pra pouco produto.

Ou um produto dentro do saquinho,dentro de outro saquinho,dentro de uma caixa.

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