14 Histórias de pessoas que vivenciaram em primeira mão como é criar o filho de outra pessoa

Gente
há 1 ano

Quando uma criança é abandonada pelo pai ou mãe, pode ser muito difícil para ela se abrir e se conectar emocionalmente com novos pais. O mais lindo é que existem tantas pessoas sem medo de entregar alma e coração a crianças com as quais não compartilham do mesmo sangue. E esse é o primeiro passo para se tornarem família. Os heróis da nossa seleção de hoje passaram por lágrimas e sorrisos ao lidar com a situação — e mostraram que, no fim, o esforço vale a pena.

  • Quando me casei, minha enteada de 13 anos e eu ficamos tão próximas que ela até me perguntou como eu queria que ela me chamasse. Respondi que poderia me chamar do jeito que se sentisse mais à vontade. Agora ela me chama de mãe. E a mãe biológica dela está surtando. O mais engraçado é que a mãe dela também ganhou uma nova enteada, que por acaso, também me chama de mãe. Isso tudo é porque trato as duas meninas como indivíduos e as amo de verdade. © leannmanderson / Reddit
  • Minha enteada sempre se dirigiu a mim pelo meu primeiro nome, e sempre aceitei. Quando conheci minha esposa, eu tinha 23 anos e nem sequer pensava em ter filhos. A primeira vez que vi minha filha foi duas semanas depois de conhecer minha futura esposa, e ela ainda estava aprendendo a andar. Não faz muito tempo que ela começou o primeiro ano na escola, e tenho tanto orgulho porque ela é mais madura agora do que eu era com 23 anos. Na verdade, ela é uma menina tão maravilhosa que me tornar pai foi uma escolha bastante natural. Ela sempre grita e pula de alegria quando chego em casa. Lemos histórias em quadrinhos juntos e, há pouco tempo, começamos a jogar juntos o primeiro videogame dela. Por mais estranho que pareça, ainda não quero ter “meus” filhos, mas eu a amo e amo seu o pai dela. © Autor desconhecido / Reddit
  • Sempre tive medo de família grande, pois desde os 8 anos cuidava dos irmãos mais novos. Fraldas molhadas, choros todos os dias, e é mais ou menos assim que eu via as crianças. Mas aí o destino me deu de presente um homem que tinha um filho de 16 anos e outras duas meninas que moram com a ex-esposa dele. Conheci as meninas uma semana depois de sairmos pela primeira vez, e foi como se um peso tivesse saído dos meus ombros: duas garotas amáveis de 13 e 15 anos. Elas são sociáveis, inteligentes e muito amigáveis. Agora fazemos compras juntas nos fins de semana, saímos para escolher roupas, experimentamos toucas engraçadas para tomar banho, e o pai dela já me disse até o que elas mais gostam no café da manhã. Foi assim que me tornei uma mãe aos domingos, e amo isso. © RinaS1 / Pikabu
  • Uma conhecida minha tinha uma amiga que não sobreviveu durante o parto. O marido dessa amiga, então, levou a filha recém-nascida e pediu que minha conhecida a alimentasse, pois ela já estava alimentando o filho de 4 meses. A criança já cresceu, mas chama minha conhecida de mamãe, mesmo sabendo que ela não é a mãe biológica dela. E ainda diz a todo mundo que a mãe não foi quem a pariu, mas quem a criou. © Ija Diveeva / Facebook
  • Meu filho adotivo de 9 meses, Alex, não conseguia dormir. E isso durou um ano e meio. As pessoas do meu círculo costumavam me irritar bastante com a frase: “Quando o bebê dorme, você dorme”. Eu colocava a criança para dormir, e ela começava a girar no berço, balançando a cabeça ou mexendo partes do corpo para todos os lado, tentando pegar no sono. Quando vi o que ele fazia pela primeira vez, caí no choro: dava para sentir que vinha do abandono da mãe biológica. Então, ele mesmo se balançava por 15 minutos, depois dormia por 10, acordava, gritava por 10-15 minutos, e de novo: balanço, sono, choro. Isso acontecia praticamente a noite inteira. Mandei meu marido embora do quarto em pouco tempo, dizendo que eu não estava conseguindo dormir. E, nessa época, meu filho mais velho já ficava em casa, e não na creche. Ou seja, minha vida era cuidar de duas crianças ao mesmo tempo. Alimentação diferente, horários diferentes no dia. Meu marido ajudava com as crianças, limpava a casa e cozinhava, mas ainda assim eu estava esgotada por completo. Uma noite de calma e descanso me dava mais força mais continuar. Depois de seis meses, desisti e trouxe o Alex para dormir comigo no quarto. Pelo menos assim, ele passou a dormir durante a noite toda. © Samarga / Pikabu
  • Eu já tinha um filho e, depois de me casar, tive uma filha. Meu marido é lindo em todos os sentidos: não diferencia as crianças, faz tudo por nós, e eu o amo loucamente. Porém, recentemente conversamos, e ele admitiu que o casamento com uma mulher que já tem crianças é um risco. Fiquei confusa, mas ele disse que, antes de mim, já havia se relacionado com mulher com filhos e não havia tido uma boa experiência. Nessa hora, me lembrei de que, no início do nosso relacionamento, ele decidiu me testar e me chamou para passear. Daí, perguntou se eu poderia deixar alguém cuidando da minha criança no fim de semana. Recusei: eu lá vou deixar meu filho com alguém aleatório por causa de homem! E ele apreciou que eu não largaria nem meu filho, nem potenciais novos filhos, por nada, e decidiu que éramos perfeitos um para o outro. © Overheard / VK
  • Minha esposa e eu adotamos minha sobrinha Charlotte. Há pouco tempo, as duas tiveram uma briga. Nossa filha biológica Chloe não queria fazer os afazeres domésticos, e a Charlotte chamou ela de preguiçosa. Diante disso, minha esposa disse que a Charlotte tinha “sorte” por estarmos cuidando dela. Charlotte foi para a casa dos meus pais, e desde então ficou isolada e chateada. Quando fiquei sabendo do que aconteceu, briguei com minha esposa, e ela ainda não quer admitir que devemos amar uma criança do jeito que ela é, não quer pedir desculpas à Charlotte e ainda acha que eu deveria me importar mais e defender os interesses da Chloe, como se isso tudo fosse alguma competição entre as duas. © aitata848282828 / Reddit
  • Meu marido, que já tinha um filho de 8 anos, precisou viajou por um mês e ficamos só nós dois em casa. Decidi que não dava para passar as noites no table, por isso, juntos, preparamos doces, jogamos jogos de tabuleiro: xadrez, damas, jogos de cartas. Também o ensinei a arrumar a mesa e mostrei a ele uns truques de mágica simples. Eu também me certificava de que ele fizesse as lições de casa. Depois, em um fim de semana, ele foi à casa dos meus sogros, que reclamaram de mim para meu marido. Fiquei sabendo que meu enteado quis cozinhar algo com a avó e pedia para jogar baralho com ela. Por esse motivo, eles disseram, inclusive meu marido, que estou tratando o menino como adulto e “roubando a infância dele”. © Ok_Chain_261 / Reddit
  • Conheço uma história de adoção. O marido confessou à esposa que teve um caso com outra mulher, e uma menina nasceu como resultado. No seu casamento, ele e a esposa não tiveram filhos, mesmo assim, ele disse que não queria se separar dela. A amante era uma jovem de 19 anos, que não quis a criança. Ele contou tudo à esposa, eles conversaram, e ela disse que ele não poderia largar a criança. Só Deus sabe o quanto foi difícil para eles, mas levaram a menina para casa. Após alguns meses, eles se mudaram para outro país, e desde então nunca mais ligaram nem escreveram para ninguém. © Galina Tishchenko / Facebook
  • Esta é a terceira semana que nossa filha já faz parte da nossa família. Quando encontramos nossa pequena no orfanato pela primeira vez, ela quase não falava nada e era muito quieta. Depois de duas semanas, estávamos voltando de uma viagem quando ela começou a cantar a música que tocava no rádio do nosso carro. Eu dirigia e, de repente, escuto minha alma cantar junto da voz dela. Ela ainda não entende qual a graça do hambúrguer visto que macarrão com leite é bem gostoso. Ela pode comer um punhado de ervas, um pedaço de cebola ou apenas batatas e ficar satisfeita. Mas começou agora a aproveitar o sabor de um sorvete gostoso, afinal não conhecia sorvete antes de vir morar com a gente. Essa é a nossa filha, que perdeu parte de sua infância por conta dos pais que a abandonaram. Quando perguntamos o que ela queria ganhar no seu aniversário de 7 anos, ela primeiro quis saber o que era aniversário, e depois respondeu: “Papai, eu quero um balão azul...” © Zelenyi36 / Pikabu
  • Me casei com uma mulher que tinha uma filha de 7 anos, chamada Cátia. No nosso casamento, tivemos uma filha também. Toda a vida da minha esposa girava em torno da Cátia. Havia fotos dela penduradas por todos os cantos da casa; os brinquedos dela, roupas e tudo mais também. Minha esposa sentava com ela para fazer a lição de casa, embora a menina já tivesse notas altas. Ela brigava com a menina por coisas bobas: não comeu o que devia, não vestiu a roupa direito, cometeu um mísero erro na prova. Era um controle excessivo. O que eu fiz? Combinei com minha esposa de deixar as crianças fazerem as lições de casa sozinhas. Depois, tudo começou a melhorar. A Cátia começou a ir à escola por conta própria, sair sozinha para brincar com as crianças no quarteirão, parou de fazer as atividades que não gostava e começou a fazer aulas no coro da escola. Ela adora fazer essas coisas sozinha. Só há dois detalhes: mesmo depois de três anos, a Cátia só faz tarefas domésticas quando é obrigada, e só me abraçar, ou vem me beijar e falar comigo quando dou a ela algum presente. © Grosso2020 / Pikabu
  • Minha cunhada voltava pela manhã do seu turno noturno no trabalho quando encontrou um bebê enrolado numa sacola no meio da rua. Ela levou a criança para casa. Começou a correr atrás para saber o que fazer, e o pai dela sugeriu ficar com a criança. Bem, a menina agora está com 5 anos. Ela é muito inteligente, boazinha, calma e ajuda em casa. Meu coração parte só de imaginar que uma mãe poderia fazer algo assim com sua filha. Há pouco tempo, “ótimas pessoas” contaram à menina que ela era adotada. Primeiro, ela ficou baqueada, começou a dizer que a mãe não era a mãe, mas depois se acalmou. A família dela é incrível, fazem tudo por ela, e ela dá muito orgulho a eles. Agora a menina considera minha cunhada mãe, cujos outros filhos já cresceram e foram embora de casa. Então, ter essa relação para ela agora é uma felicidade indescritível. © Lesya Mohamud / Facebook
  • Minha esposa e eu temos quatro filhos, dois dos quais adotamos direto dos pais biológicos, que ainda estão presentes na vida deles. No começo, ficamos muito preocupados com a possibilidade de meu filho adotivo reconhecer o outro homem como pai, não a mim. Mas agora já percebi que ele pode amar as duas pessoas. Então, hoje, comprei bilhetes para um jogo de futebol, e vamos juntos eu, meu filho de 7 anos e o pai biológico dele ao estádio, depois vamos jantar todos juntos. Meu filho está pulando de felicidade e não pode esperar, e hoje vejo que não há nada de errado nisso. © Autor desconhecido / Reddit
  • Eu mesma decidi de uma vez por todas: se gosto de maçã, gosto de meia maçã. Maçã é meu marido; meia maçã, os filhos dele de outro relacionamento. Lembro-me de quando ninava o menor e percebi que, no queixinho dele, já se formava aquela covinha igual a do pai. Que emoção. Com o mais velho, foi mais complicado. Ele tem uma personalidade difícil, aos 7 anos, e lembra como era viver com a mãe e o pai, e de repente eu apareço: “Coma a comida toda, faça seus deveres até o fim, não fique no telefone por mais de uma hora”. Ele revirava os olhos toda vez. Eu mesma não tenho filhos biológicos, meu marido passa os fins de semana no trabalho, e se as crianças começassem a brigar entre si, eu que me virasse sozinha. Nossa, quanta raiva já passei. Então, teve uma competição de judô. Eu usava um suéter grande, botas de inverno, e meu menino descalço com o uniforme de judô, mas todo aberto na frente. Para a próxima luta tínhamos de esperar 20 minutos. Então, puxei ele, enfiei-o embaixo do meu suéter, coloquei os pés gelados dele em cima dos meus. Ele foi se sentindo mais quentinho e, nesse dia, foi quando ele começou a “descongelar” comigo. Não, ele não virou um anjinho. Mas passou a me buscar mais, me abraçar. E quando ele pergunta se quero dividir uma maçã com ele, lágrimas correm pelos meus olhos de tanta felicidade. © Arctia.Flavia / Pikabu

Criar filhos, biológicos ou não, é um grande desafio para qualquer pessoa. Especialmente quando há aqueles ao redor, que gostam de dar pitaco em como você deve criar seu pequeno. Por isso, para evitar cair no estresse e no mau humor, muitos pais optam pelo outro caminho: a risada.

Imagem de capa Ok_Chain_261 / Reddit

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