A jovem que se apaixonou por seu corpo depois de perceber que a magreza extrema é tão prejudicial quanto o excesso de peso

Gente
há 4 anos

Academia, dieta, filtros e edição de fotos: hoje em dia as pessoas parecem estar dispostas a tudo para conseguirem a imagem perfeita. Muitas gastam horas se arrumando, porque querem se transformar em fonte de inspiração, e fazem com que a aparência vire não apenas uma prioridade, mas uma obsessão. Mary Jelkovsky era assim, até que chegou o momento em que ela parou de dar tanta importância ao seu aspecto físico e passou a pensar mais na saúde e no amor próprio. Ela não tinha mais a mesma necessidade de parecer perfeita para se sentir bem; ela precisava amar o seu corpo do jeito que ele era.

Hoje, o Incrível.club traz a história de uma jovem de 20 anos que entendeu a importância de amar o próprio corpo, independentemente do tamanho da roupa ou do peso.

A vida de influenciadora digital

Mary era uma influenciadora digital e uma personal trainer com um corpo magro e forte. Na rede, o seu nome era @maryskyfitness e por meio de suas publicações ela motivava as pessoas e as incentivava a buscar corpos atléticos, sempre com muitas recomendações de restaurantes onde era possível encontrar o que ela chamava de “pratos saudáveis”. Ela sempre editava as suas fotos e tentava encontrar os ângulos que deixassem o seu corpo mais perfeito. Mas tudo isso vinha acompanhado de um grande sacrifício: um severo transtorno alimentar e rotinas muito exaustivas de exercícios para manter o corpo sempre magro.

Atrás das câmeras só havia depressão

Segundo Mary, há 3 anos ela recebeu uma mensagem de texto de sua mãe que dizia: “Vamos tomar um café?”. “Claro, nos vemos em 15 minutos”, ela respondeu. Isso aconteceu pouco tempo depois de parar de participar de competições de biquíni. “Eu me sentia deprimida. Comia de maneira compulsiva e estive várias vezes no pronto socorro com fortes dores na barriga por infecções no fígado que apareceram pela grande quantidade de proteínas que eu consumia”.

A obsessão tomou conta dela

Mary conta que vivia esgotada e que dormia até 16 horas por dia. “Meu corpo estava se defendendo após tantos anos de abuso”. Nesse momento, ela recebeu outra mensagem de sua mãe, que dizia que a estava esperando com um moca (café). Mary não acreditou. “Como ela podia ter comprado aquilo?” Irritada e quase chorando, foi ao encontro da mãe. Ao chegar, a mãe rapidamente abriu a porta do carro, preocupada com a evidente raiva da filha.

A gota d’água

Mary gritou, bateu na porta do carro e foi embora. Alguns minutos depois, escreveu para a mãe: “Não vou tomar um moca... Você está de brincadeira?”. A mãe ofereceu um café normal como alternativa e Mary desconversou. Finalmente, a mãe escreveu: “Só quero que você saiba que eu te amo muito. Estarei aqui para o que você precisar”. Isso fez Mary perceber que ela tinha perdido o controle de sua vida. “Chegou a hora de me curar”, comentou em uma publicação.

De um extremo ao outro

Mary parou com as dietas e com as rotinas extremas de exercícios. Ela abandonou a teoria de que tinha apenas uma refeição livre por semana, o que a distanciou de seus familiares e de seus amigos, para não cair em tentação. Ela decidiu começar a aproveitar cada momento, sem se culpar. Ela passou a comer entre 3 e 8 mil calorias por dia, parou de fazer exercícios e começou a lidar com a ansiedade.

E foi então que ela conheceu o amor próprio

Claro que ela caiu em outro extremo, e as duas situações a fizeram mal. Mas ela percebeu que chegara o momento de colocar um ponto final nisso. Ela passou a se perguntar como era possível amar o próprio corpo sem se preocupar com o seu tamanho. Pouco a pouco, ela foi aceitando a sua natureza. Começou a se alimentar de maneira saudável e a fazer séries moderadas de exercícios. Havia chegado o momento de fazer as pazes consigo mesma.

Seu novo “eu”

Ela mudou seu nick para @maryscupofteaa (xícara de chá de Mary), seu novo símbolo de serenidade. Ela passou a meditar todos os dias e passou a ser mais consciente de quem era. Além disso, percebeu que era importante dedicar tempo a ela e a amar o seu corpo.

Amor compartilhado

Atualmente, Mary está namorando e diz que se sente muito amada. Ela parou de lutar contra a imagem do seu corpo e parou de se obrigar a estar sempre magra e musculosa. Em suas publicações ela mostrava a sua nova maneira de ver a vida e, desde que mudou, passou a ter 140 mil seguidores no Instagram. Esse processo não foi rápido, mas fez com que ela passasse a se sentir muito mais plena e muito mais feliz.

Qual é a sua opinião sobre a mudança que aconteceu na vida de Mary? Nesse sentido, o que você acha que vai acontecer com as novas gerações? Compartilhe a sua opinião nos comentários.

Comentários

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Isso é tudo midiático. Nem antes, nem agora, ela n tem nada demais. Nem era tão magra assim e agora ela tem o corpo mais comum

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Sinceramente, tb achei q n tinha nada demais, nem agora e nem antes. Mas... realmente, nenhum extremo é bom e saudavel p ngm

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Na minha opinião ela está bem melhor agora, realmente ela era muito magra

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Sou a favor da felicidade, independentemente de peso, se a pessoa se ama e está feliz, então tudo bem.

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