10 Pequenos erros humanos que causaram grandes mudanças na história

Curiosidades
há 3 anos

Durante a nossa vida cometemos uma série de pequenos erros, como errar uma letra na hora de escrever uma palavra ou confundir o nome de uma capital. São coisas que nos acontecem todos os dias e que normalmente esquecemos rapidamente. Mas isso também acontece com as pessoas mais inteligentes, afinal de contas, errar é humano. Na história há muitos casos de pequenos erros que levaram a descobrimentos e até mesmo a catástrofes que mudaram o curso da humanidade e que são lembrados até hoje.

Nós, do Incrível.club, defendemos que os erros são a porta de entrada para novos aprendizados. Por isso, hoje trazemos dez pequenos erros humanos que mudaram a história do mundo. Confira!

1. O descobrimento da América foi um erro de cálculo de Cristóvão Colombo

Aprendemos na escola que Cristóvão Colombo descobriu a América em 1492, um fato que ninguém pode negar. No entanto, o que talvez poucas pessoas saibam é que sua intenção não era dar um passeio pelo Ocidente; na realidade, ele estava procurando uma nova rota para chegar até a Ásia, dessa vez navegando em direção ao oeste e não contornando o continente africano.

Sua ideia foi recebida como uma grande loucura, afinal de contas afirmar que a Terra era oval também era uma loucura na época. Segundo a hipótese de Colombo, o Planeta era diametralmente menor do que se pensava, por isso era possível chegar até a Ásia da maneira como ele estava propondo. Mas o que ele não esperava era encontrar terras desconhecidas pelo caminho.

Como sabemos hoje em dia, ele não foi até a Ásia por esse trajeto e, portanto, não chegou até o destino final que tinha em mente, a Índia. Em vez disso, ele marcou o seu nome na história da exploração europeia e descobriu a América, cujo verdadeiro tamanho só foi descoberto muito tempo depois. Na realidade, quem suspeitou que a frota tinha errado de país não foi Colombo, mas o comerciante e explorador Américo Vespúcio. E por sua importante participação na identificação deste novo continente as terras foram chamadas de “América”.

2. Um chocolate derretido inspirou a criação do micro-ondas

Assim como Alexander Fleming, que saiu de férias e esqueceu em seu laboratório algumas placas com culturas de micro-organismos que permitiram o descobrimento da penicilina, o engenheiro Percy Spencer inventou o micro-ondas após esquecer de tirar alguns doces que tinha no bolso. Em 1945, Spencer estava fazendo experimentos com magnetróns que emitiam micro-ondas quando percebeu que um chocolate que estava no seu bolso havia derretido e manchado a sua calça.

Em vez de limpar a sujeira, Spencer começou a pensar e percebeu que o derretimento havia ocorrido por conta da radiação das micro-ondas. Ele fez um teste com milho e verificou que a pipoca ficou pronta rapidamente. O eletrodoméstico surgiu, portanto, por causa de uma situação casual. Assim como no caso de Fleming, essa experiência nos deixa um interessante aprendizado: até a nossa sujeira pode ser um campo de conhecimento científico.

3. Vasa, o navio que teve quase o mesmo destino que o Titanic

O naufrágio deste navio pode não ser tão famoso como o do Titanic, mas ele tem um papel importantíssimo na história. O navio Vasa não foi construído apenas para navegar, ele foi projetado para ser o melhor barco da história: contava com uma tecnologia muito avançada para a época (entre 1626 e 1628) e por isso era considerado o mais poderoso de seu tempo. Ele foi construído com materiais muito resistentes e era realmente impressionante. Contudo, seus fabricantes não contaram com um pequeno detalhe que acabou por arruinar todo o seu trabalho: o vento. E não estamos falando de um vento forte, mas de uma brisa leve.

Primeiramente, houve uma série de erros prévios que fizeram com que a situação se tornasse catastrófica. O rei ficou impaciente com a demora na inauguração e obrigou os construtores a fazerem a viagem inaugural antes do previsto, ordem que ninguém teve coragem de desobedecer. Portanto, apesar dos testes que não deram certo, eles decidiram acelerar o processo e colocar o navio para navegar. Além disso, os desenhos iniciais do Vasa não tinham a dimensão gigantesca do projeto final e os equipamentos acabaram sendo insuficientes para o tamanho real do navio que acabou sendo construído.

Sua enorme altura impediu o seu equilíbrio e ele navegou menos de 15 minutos; bastou uma brisa leve para que perdesse estabilidade e naufragasse no mesmo dia de sua inauguração.

4. A sacarina foi um erro científico que acidentalmente deu certo

sacarina é um dos adoçantes mais antigos que existem. Ela foi “inventada” em 1879 por Constantin Fahlberg, e a palavra inventada vem entre aspas não porque o feito não tenha mérito, mas porque a criação não era o resultado que ele procurava. Após testar outros produtos químicos, Fahlberg notou um sabor doce em um produto que ficou na sua mão durante a noite, algo que reagiu com os químico que manipulara durante aquele dia. Por sorte, os produtos não eram tóxicos, senão a história teria seguido outros caminhos. Pouco tempo depois a sacarina começou a ser comercializada e, não demorou muito, ganhou fama mundialmente.

5. Uma carta mal traduzida fez as pessoas acreditarem em marcianos

Normalmente, os erros que aparecem quando escrevemos alguma coisa são ortográficos ou de digitação. O leitor pode ou não identificá-los, mas eles não costumam interferir muito na leitura. Mas uma tradução errada de uma palavra em um relatório contribuiu para mudar não apenas o sentido de uma oração, mas as crenças que as pessoas tinham a respeito da existência de vida inteligente no espaço.

Tudo começou em 1877, quando o astrônomo Giovanni Schiaparelli observou o planeta Marte com o seu telescópio e fez um relatório em que escreveu, no seu idioma, o italiano, a palavra canali, que significa “canais”, para explicar que era possível ver na superfície do planeta uma rede de estruturas que receberia esse nome.

Quando foi traduzido para o inglês, em vez de channels, foi escrita a palavra canals. As duas palavras significam “canais”, e a diferença pode não parecer grande coisa, mas o termo canals é utilizado para falar sobre canais artificiais que foram construídos por outra pessoa, enquanto que channels se refere à formação por meios naturais, que era justamente o que Schiaparelli queria dizer. Nesse sentido, quando o astrônomo Percival Lowell, que tinha grande prestígio na época, leu o relatório, longe de captar o erro, chegou à conclusão de que os canais descritos tinham sido construídos por marcianos para levar água potável para as regiões mais desérticas do planeta Marte.

Após algumas pesquisas e com a tradução correta, a teoria de Lowell foi descartada. Além disso, os telescópios melhores mostraram que não havia canais artificiais e muito menos marcianos em Marte.

6. Uma porta aberta provocou a queda de Constantinopla

Em 1453, o Império Otomano atacou Constantinopla, uma cidade que sobreviveu aos ataques inimigos durante milhares de anos por sua arquitetura. Esse ataque específico aconteceu porque o exército estava preocupado com um setor determinado onde se concentravam os assaltos e não percebeu que deixaram uma porta semiaberta na parte noroeste da muralha. Quando se deram conta, vários soldados já estavam do lado de dentro, o que causou a derrota que marcou, para os historiadores, o fim da Idade Média.

7. Um erro de cálculo gerou a crença de que o espinafre era um superalimento

Como a maioria das hortaliças, o espinafre faz bem para a saúde. No entanto, a quantidade de ferro que proporciona é muito menor do que se pensava quando o popular personagem Popeye foi criado. A confusão aconteceu em 1870, quando o pesquisador que anotou a quantidade de ferro presente no espinafre superou em 10% o valor correto. O erro foi corrigido no século XX e deixou pelo menos um aspecto positivo para todos nós: o personagem que alegrou e continua a alegrar muitas gerações e inspira as crianças a comerem para ficarem mais fortes.

8. O incêndio na Biblioteca de Alexandria

Biblioteca de Alexandria foi uma das mais importantes e prestigiosas da Antiguidade e era a fonte principal de conhecimento no século III a. C. Estima-se que em seu interior havia por volta de 30 mil a 700 mil volumes, o que, se considerarmos que na época não havia impressoras e nem o papel era o mesmo que conhecemos hoje, torna o número ainda mais espetacular, e funciona como uma demonstração de poder de seus governantes.

Mas se ela era tão importante, o que aconteceu? Em parte, com o passar dos anos a sua importância foi perdendo força. No entanto, ainda teríamos grande parte da biblioteca se no ano 48 a. C. Júlio César não a tivesse incendiado acidentalmente, o que para muitos representa a maior perda de conhecimento da história até a data. Os historiadores afirmam que apesar das reformas ela nunca mais voltou a ter a imponência de antes.

9. O Titanic naufragou por uma sequência de pequenos grandes erros

Sempre que alguém fala no navio RMS Titanic a razão do naufrágio está em seus criadores, que defendiam a teoria de que o navio jamais poderia afundar. Infelizmente, a história mostrou algo muito diferente. No entanto, a atitude dos criadores não teria sido tão condenável se não fosse uma série de pequenos grandes erros que levaram ao desastre daquela fatídica noite.

Para começar, durante a troca de turno ninguém avisou onde estavam os binóculos dos funcionários que deveriam observar a presença de icebergs que ameaçassem a segurança do navio. Por pouco um funcionário não levou com ele a chave do armário onde os binóculos costumavam ficar. Portanto, naquela noite os funcionários fizeram seu trabalho apenas com os olhos. Quando notaram uma “mancha negra” no meio da escuridão, já era tarde demais para mudar o curso da embarcação.

Além disso, em uma situação de extrema tensão as pessoas costumam a agir por impulso, o que pode levá-las a cometer erros que podem piorar a situação. É por isso que todos nós, quando subimos em um barco ou em um avião, somos treinados pela tripulação sobre as ações necessárias em situações de emergência. No caso do Titanic, as pessoas que estavam a bordo não foram preparadas para uma evacuação. Nem mesmo os oficiais sabiam muito bem o que fazer e liberaram alguns botes salva-vidas com metade de sua capacidade, impedindo assim que mais pessoas fossem salvas.

10. Alexander Fleming descobriu o efeito da penicilina por acidente

As penicilinas são antibióticos usados no tratamento de infecções causadas por bactérias. A descoberta de Alexander Fleming foi muito importante, mas não era o que ele tinha em mente. O biólogo estava observando culturas de bactérias, saiu de férias e quando voltou ao laboratório percebeu o desenvolvimento de mofo. Decidiu, portanto, limpar seus instrumentos para continuar o seu trabalho.

Fleming não conseguiu eliminar o mofo e após olhar com mais atenção percebeu que aquele fungo soltava uma substância que inibia o crescimento de outras bactérias. Após algum tempo ela seria chamada de Penicillium chrysogenum, fungo usado para produzir a penicilina.

Embora a descoberta esteja relacionada com um acidente de percurso, a capacidade de observação de Alexander Fleming foi fundamental para identificar que o mofo não era apenas uma simples sujeira, mas a origem de algo muito maior e que viria a salvar muitas vidas.

Você já cometeu algum erro que levou a algo positivo? Ou o contrário, já cometeu um pequeno deslize que trouxe consequências piores do que esperava? Conte nos comentários.

Comentários

Receber notificações

Artigos relacionados