11 Fatos sobre os bastidores do balé que acabam com a visão glamourosa, mesmo dos mais apaixonados por essa arte

há 2 anos

O mundo do balé é encantador e misterioso. Admiramos as habilidades técnicas das bailarinas e a graça com que dançam, mas sabemos pouco sobre o que realmente se passa nos bastidores dessa arte. Esse desconhecimento precisa ser corrigido.

Nós, do Incrível.club, espiamos por trás das cortinas e descobrimos que os bastidores do balé têm suas regras e rituais especiais. Vamos apresentá-los e, no final do artigo, um bônus para você: uma história sobre policiais romenos que o destino uniu à dança clássica.

Não lavam os figurinos dos espetáculos

Costurar uma saia de balé exige um trabalho intenso. Pode levar até 90 horas de trabalho para concluir uma. Ao longo da carreira, uma bailarina gasta em média de 50 a 150 tutus. O preço dessa peça é muito alto, chegando a custar cerca de 2.000 dólares.

Devido ao grande número de detalhes, os figurinos não são lavados entre as apresentações. Para secar e arejar os colãs e as saias, as peças são penduradas ao ar livre e borrifadas com aromatizador.

Torcem e raspam as sapatilhas de ponta

As sapatilhas de balé só por fora parecem delicadas, na verdade, ninguém faz cerimônia com as de ponta. Um par, após sair da linha de montagem, é personalizado para caber no pé de uma determinada bailarina. Para isso, as sapatilhas são torcidas, batidas contra a parede e até “raspadas” com uma ferramenta especial. Após essas manipulações, elas proporcionam menos desconforto e quase não fazem barulho durante a performance.

As sapatilhas de ponta se deterioram rapidamente. Na temporada de um espetáculo, uma bailarina profissional pode gastar cerca de 100 a 120 pares de sapatilhas. Felizmente, as bailarinas coadjuvantes geralmente não precisam de sapatilhas de ponta, caso contrário, o gasto com os calçados seria bem superior.

Usam breu colofônia

Você já se perguntou como as bailarinas não escorregam no palco liso do teatro? Nós temos a resposta. Elas passam breu colofônia nas sapatilhas, o mesmo que os jogadores de basquete usam nas mãos para obter uma melhor aderência à bola.

Praticam até com toalhas de papel molhadas no chão

Os bailarinos podem passar até 12 horas por dia no teatro. A manhã começa com uma aula geral seguida de vários ensaios, montagem de figurinos, fisioterapia e preparação para a apresentação. Os horários do fim de semana são ainda mais apertados. Alguns artistas chegam a fazer até sete apresentações em um final de semana. A atividade física é colossal. O gasto de energia em uma performance equivale ao de uma corrida de 29 quilômetros.

Os ensaios não param em casa, nem nas férias. Se não houver uma barra e um piso especialmente revestido, os bailarinos improvisam uma cadeira e toalhas de papel molhadas no chão. Para equipar um local e praticar em casa, eles recorrem a um truque: substituem o caro revestimento do piso por tapetes de chuveiro, evitando assim escorregarem e possíveis lesões.

Desejam algo ruim aos companheiros, antes de entrar no palco

Antes de entrar no palco, as bailarinas costumam desejar às companheiras que “quebrem a perna”. Essa expressão, dita pouco antes das apresentações serve, na verdade, para trazer e desejar boa sorte. Existe outra palavra para isso: merde. A origem do seu uso entre os artistas surgiu nos teatros da França, do século XIX, quando as portas das casas de espetáculos ficavam cheias dos excrementos dos cavalos das carruagens que transportavam os espectadores: quanto mais houvesse, maior o público.

Não lavam o cabelo com frequência

Sim, as bailarinas raramente lavam o cabelo — uma vez por semana é o suficiente. Quanto mais oleoso, mais fácil prendê-lo em um penteado. Para evitar que fique bagunçado, as dançarinas prendem o coque com uma rede especial.

Não usam batom vermelho

Não acredite no filme Operação Red Sparrow, no qual Jennifer Lawrence dança usando um batom escarlate. Na realidade, as bailarinas não podem pintar os lábios dessa cor. O batom vermelho é proibido no palco. Sob a luz brilhante dos holofotes, o tom avermelhado nos lábios torna-se, para o espectador, laranja ou azul.

Não removem os calos

Se não doerem, as bailarinas apenas os deixam em paz. O fato é que os calos protegem os pés muito melhor do que a pele nova, propensa a bolhas. Os podólogos recomendam a remoção ​​apenas se causarem um desconforto físico.

Lidam com a menstruação de forma inteligente

É óbvio que as bailarinas não podem remarcar as apresentações com o início do período menstrual. Então recorrem a vários truques nessa época: saias e colãs escuros durante os ensaios e tampões superabsorventes em vez de absorventes externos.

A jovem Luna Montana revelou que as bailarinas usam absorventes diários durante a menstruação para “reforçar” o tampão. O absorvente deve ser cortado para o reforço caber no colã. O toque final é usar meia-calça sobre a roupa de balé para garantir o máximo de ajuste.

Costumam se aposentar aos 35 anos, mas há exceções

Em média, a carreira na dança termina aos 35 anos. Os bailarinos são como atletas que treinam várias horas por dia e muitas vezes trabalham até a exaustão. A dançarina Wendy Whelan se aposentou bem tarde, aos 47 anos, e aos 48, já precisou passar por uma intervenção cirúrgica no quadril.

Bailarinas de 40 anos ou mais não são vistas com frequência nos palcos, mas elas existem. Alessandra Ferri (foto acima) se aposentou aos 44 anos, mas voltou a dançar aos 50. Aos 53, Alessandra retornou no papel de Julieta, que interpretou pela primeira vez quando tinha apenas 21 anos.

Todo mundo começa no corpo de baile

Bailarinos de uma trupe profissional são divididos em três categorias: corpo de baile, solistas e protagonistas. O maior grupo é o primeiro deles e, geralmente, todos começam nele. Uma dançarina do corpo de baile hoje, pode ser uma futura primeira-bailarina.

Um corpo de baile é composto por um número grande de dançarinos. Eles não possuem camarins individuais, compartilham um espaço comum em que dividem o espelho e os armários.

Bônus: policiais da Romênia frequentam aulas de balé

polícia romena frequenta aulas de balé. Na cidade de Timișoara, os policiais foram inscritos em academias de dança para terem maior elegância ao lidar com os motoristas. Eles acreditam que com maior graça e leveza, o trânsito flua mais harmoniosamente. O projeto envolveu 20 policiais que praticavam na barra duas vezes por semana.

Alguma vez você quis fazer balé? Ou prefere outros estilos de dança? Conte para a gente nos comentários!

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