Professores representando sempre!!
Uma professora da Mongólia venceu a indústria mineradora e salvou os leopardos-das-neves
Bayarjargal Agvaantseren, uma professora da Mongólia, ajudou a criar a reserva natural Tost Tosonbumba, no deserto de Gobi, entre o norte da China e o sul da Mongólia, a fim de preservar o habitat dos leopardos-das-neves. Por seus esforços, ela recebeu o Prêmio Goldman, também conhecido como o “Prêmio Nobel” de proteção ambiental, em 2019.
Sua experiência remonta a 1980, quando ela era intérprete de um cientista que estudava a vida desses felinos. Isso a levou a trabalhar com a comunidade para cuidar do habitat de animais em perigo de extinção, bem como protegê-los da caça e da mineração.
O Incrível.club investigou mais sobre o trabalho feito por essa professora aposentada e como ela conseguiu que o governo mongol cancelasse as licenças de mineração na reserva natural desses animais.
O que é um leopardo-das-neves
Esse animal é conhecido em todo o mundo por ter uma personalidade furtiva, sendo o único do gênero (Panthera) que não ruge, além de ter uma pelagem bonita. Vive entre 2.000 e 6.000 metros de altura, o que complica para os cientistas quando se trata de estudá-lo. É um animal em perigo de extinção que se refugia, principalmente, nas montanhas da Ásia central.
Os leopardos perderam seu habitat e continuam ameaçados
Acredita-se que há 3.920 leopardos-das-neves atualmente, já que enfrentaram duas ameaças graves: a caça clandestina e a mineração. Da primeira sabe-se que, entre 2008 e 2016, um leopardo foi morto por dia para vender sua pele e obter grandes lucros. A segunda deve-se à situação da indústria de mineração na Mongólia, o que faz com que os animais percam grandes espaços de seu habitat natural.
Os afetados pela migração de leopardos-das-neves
A caça ilegal, a mudança climática e a mineração fizeram com que os felinos migrassem para lugares onde há gado doméstico. Os leopardos precisavam comer, por isso eles começaram a caçar vacas, ovelhas e tudo em seu caminho. Como punição, proteção de seu rebanho e sustento, os pastores começaram a matar esses majestosos animais.
De guia turística a protetora de animais
Bayarjargal era uma professora de russo e inglês que trabalhava como guia turística quando um cientista veio à Mongólia para estudar o leopardo-das-neves, em 1980. Foi quando ela se apaixonou pelos felinos e decidiu dedicar sua vida a protegê-los.
Em 2007, fundou a Snow Leopard Conservation Foundation. Ela trabalhou com os pastores do país asiático em projetos de conservação da comunidade e deu-lhes segurança para o gado, evitando assim que a matança continuasse.
Bayarjargal teve que enfrentar grandes empresas
Dez anos antes, a professora se informou sobre as operações de mineração que estavam ocorrendo nas Montanhas Tost, na Mongólia, uma área que liga dois parques ao sul de Gobi e que estava sendo invadida por empresas em busca de cobre.
O que essas empresas não sabiam é que Bayarjargal tinha a confiança da comunidade com a qual trabalhava havia anos. Portanto, ela se reuniu com membros do governo para pedir que a região fosse protegida pelo Estado.
Gerou uma campanha para que o governo da Mongólia abrisse um espaço protegido para leopardos-da-neve
A ativista procurou colaborar com jornalistas ambientais, que a ajudaram a gerar uma campanha massiva, a fim de divulgar o projeto da reserva natural de Tost Tosonbumba. Em 2016, sua ideia foi levada em conta para a criação da reserva de 1,8 milhão de hectares, tornando-se a primeira área protegida pelo governo federal da Mongólia para a conservação do leopardo-das-neves.
Uma vitória com pouco gosto
A comemoração durou muito pouco, pois havia muitas licenças ativas de mineradoras dentro da reserva. Isso levou Bayarjargal a continuar pressionando as autoridades para a anulação dessas concessões e, assim, o cumprimento da lei. Em 2018, sua luta resultou no cancelamento de 37 licenças ativas para mineração no local.
Reconhecida por inspirar os outros com seu trabalho persistente em prol do planeta e dos animais
Este ano, a Bayarjargal foi reconhecida com o prêmio Goldman pelo seu trabalho árduo em busca da conservação natural e de uma espécie em risco.
Você tentaria deixar seu emprego para se dedicar ao cuidado e conservação dos animais? Se a sua resposta é sim, conte-nos como se imagina e quais problemas espera resolver!
Comentários
Uma vitória com pouco gosto, excelente estratégia
ESSE PREMIO FOI MAIS Q MERECIDO PARABENS A ESSA GUERREIRA

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