Qual a Altura que Você Poderia Saltar em Diferentes Planetas

Curiosidades
há 1 ano

A gravidade é o que mantém seus pés firmemente plantados no chão. É por isso que a pessoa média só pode pular até meio metro de altura. Mas, e se tivéssemos que viver em outro planeta — digamos, Vênus ou Saturno? Vamos descobrir quais dificuldades teríamos que enfrentar por lá.

Vamos começar por Mercúrio, pois é o mais próximo do Sol. A gravidade nesse planeta é menos da metade da que temos na Terra, então você será capaz de pular uma altura de cerca de 120 cm. Isto é, se você aguentar as temperaturas.
No lado ensolarado, o calor chega a 427 °C — estar lá é como ficar mergulhado até o pescoço em lava vermelho-escura nas encostas de um vulcão.
A noite também não trará muita trégua: o ar escaldante esfriará rapidamente a −173 °C. Você também terá que ser paciente, pois um dia em Mercúrio dura cento e setenta e seis dias terrestres.

Vamos sair deste lugar inóspito para ir para... Vênus, um planeta ainda menos acolhedor.
Você seria capaz de ver a Terra daqui se não fosse pela massa rodopiante de nuvens acima. Elas criam um efeito estufa monstruoso, assim como uma pressão atmosférica imensa.
Se você fosse pular aqui, atingiria apenas 60 cm de altura porque a massa e o tamanho da Terra e de Vênus são quase semelhantes, sendo Vênus um pouco menor.
Apesar da temperatura constante de uma fornalha ardente, a chuva aqui não traria alívio: as nuvens lá em cima são feitas de ácido sulfúrico.

Ignorando nosso planeta natal, vamos direto para a sua lua. A gravidade aqui é menos de um quinto da que temos na Terra, então, se você pular, vai subir quase dois metros e setenta centímetros no ar e não vai tocar o solo novamente por vários segundos.
É difícil acreditar que este pedaço desolado de rocha espacial faz as marés acontecerem na Terra. E se você ficar na Lua por tempo suficiente (como por exemplo alguns milhões de anos), verá o quanto ela se distancia do nosso planeta natal.

Nosso próximo destino é Marte, o Planeta Vermelho. Aqui, um salto vertical levará você a cerca de um metro e vinte centímetros no ar — se houver ar, é claro.
Marte tem uma atmosfera, mas é muito mais fina do que a da Terra. Se você ficar aqui até a noite, poderá se maravilhar com o belo pôr do sol azul. E você provavelmente pode ver uma montanha daqui — é o Monte Olimpo, o monte mais alto do Sistema Solar. É quase três vezes mais alto que o Everest. E, por sinal, ele também é um vulcão.

Pulando daqui para Fobos — uma das duas luas de Marte. Plante os pés com firmeza e não tente pular: a gravidade aqui é tão fraca que você não conseguirá voltar.
Fobos é realmente pequena em comparação com as outras luas do Sistema Solar — não é maior do que um asteroide grande. Também está quase cem vezes mais perto de seu planeta do que a nossa Lua está da Terra.
Eventualmente, está condenado a ser puxado para perto de Marte e se despedaçar. Os cientistas acreditam que Marte possa obter seus próprios anéis, assim como os de Saturno.

Agora vamos para um objeto realmente estranho. É chamado de Ceres, e é o maior asteroide do Sistema Solar — tão grande, na verdade, que foi classificado posteriormente como um planeta anão.
Ele fica quase exatamente no meio do caminho entre Marte e Júpiter, em algum lugar no cinturão de asteroides principal. Se você pular aqui, será levado quase 16 m no ar e, em seguida, cairá lentamente de volta.
Ceres é tão grande que representa um terço de toda a massa do cinturão de asteroides.

Avançamos rapidamente para o próximo destino: Júpiter. Sendo um gigante gasoso, este planeta não tem superfície sólida, então pular aqui é irrelevante. Mas se for preciso, você só pode pular cerca de 15 cm de altura.
Júpiter é mais de 10 vezes maior que a Terra e 300 vezes mais massivo, então sua gravidade é enorme. Há também uma tempestade perpétua em sua superfície que está lá há pelo menos quatro séculos. Embora esteja ficando menor com o tempo, no momento, todo o nosso planeta pode caber nessa tempestade.

Nossa próxima parada é Ganímedes, a maior das luas de Júpiter. É sólida, então você pode facilmente pular aqui e chegar a mais de 3 m de altura.
Essa lua é maior que Mercúrio, mas sua massa é significativamente menor, o que torna a gravidade bastante fraca. Ganímedes é coberta por gelo espesso, e bem abaixo dela há um núcleo de metal líquido. Esse é o motivo pelo qual Ganímedes é a única lua a ter um campo magnético muito forte.

Em seguida, vamos para Saturno, o segundo gigante gasoso do Sistema Solar. É apenas um pouco menor que Júpiter, capaz de acomodar 9,5 Terras nele, porém bem menos massivo. Se ele tivesse qualquer superfície dura para pular, você seria capaz de pular até 40 cm no ar — quase tão alto quanto em nosso planeta.
Saturno é mais famoso por seus anéis, que são partículas de poeira e gelo deixadas por impactos com diferentes objetos espaciais. Ele gira tão rápido em torno de seu eixo que se achatou e tem uma forma quase oblonga.
Ele também tem sessenta e duas luas — apenas cinco a menos que Júpiter. Vamos explorar uma delas agora.

Pulando mais longe... e aqui estamos nós, na maior lua de Saturno: Titã. Pular aqui levará você a quase três metros e trinta centímetros de altura.
A atmosfera desta lua é muito peculiar: é pesada e consiste principalmente de nitrogênio, fazendo com que a superfície pareça nebulosa.
Titã também é feita quase inteiramente de gelo, mas há rochas embaixo, e só se imagina que exista água bem abaixo, mais perto do núcleo. E uma coisa incrível do lado de fora da Titã são os criovulcões — vulcões que expelem gelo em vez de lava.

O próximo em nosso caminho é Urano — outro gigante, só que esse é feito de gelo. Na verdade, é basicamente semelhante a Júpiter e Saturno, mas tem muito mais gelo em sua atmosfera e manto. Pular aqui levará você a cerca de 60 cm de altura.
Urano também tem a temperatura mínima mais baixa de todos os planetas do sistema solar: a −227 °C, é mais frio do que o nitrogênio líquido, então você vai congelar exatamente onde estiver. Mas fique frio. De verdade.

Nossa rota continua com Netuno — o irmão gêmeo de Urano. Também é um gigante de gelo e, embora um pouco menor em tamanho, é muito mais maciço. Por causa da sua massa, a gravidade aqui também é impressionante: você só conseguiria pular 40 cm.
Um ano em Netuno leva quase 165 anos terrestres porque está 30 vezes mais longe do Sol do que nós. Na verdade, esse é o último planeta comprovado do Sistema Solar. Mas nossa viagem de pulos ainda não terminou.

Estamos chegando a Tritão, uma das luas de Netuno. A gravidade aqui não é extremamente baixa, então um único pulo levaria você a confortáveis cinco metros e oitenta centímetros de altura.
Tritão é a única lua que se move em uma órbita retrógrada — isto é, contra o movimento de Netuno em torno de seu eixo. Ela também tem uma superfície única chamada de “formação casca de meloa” por sua semelhança com um melão cantalupo.

O próximo é o escuro e solitário Plutão, anteriormente o nono planeta, mas agora não mais do que um planeta anão.
Sua gravidade é um pouco menor do que a de Tritão, e você pode pular mais de sete metros e sessenta centímetros de altura aqui. Plutão é muito pequeno para ser um planeta completo: é menor do que muitas luas, incluindo a nossa.
Sua atmosfera aparece e, às vezes, desaparece: quando Plutão está mais perto do Sol, o gelo na sua superfície evapora e cria a atmosfera. Mas, assim que se desloca mais longe, a camada de gás desaparece. Portanto, prenda a respiração.

E, por fim, nossa parada final: finalmente. É Éris. É um planeta anão que viaja para dentro e para fora do Cinturão de Kuiper — um segundo cinturão de asteroides 20 vezes mais largo que aquele entre Marte e Júpiter.
Pular na superfície de Éris levaria você a cerca de cinco metros e meio de altura. Este objeto foi, na verdade, a razão pela qual o termo “planeta anão” surgiu em primeiro lugar: os astrônomos queriam chamá-lo de décimo planeta do Sistema Solar, mas então reconsideraram. E se não tivessem feito isso, quem sabe, talvez teríamos ainda mais planetas depois?

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