Por que os cavalos dormem em pé. E mais 6 superpoderes animais

Animais
há 7 meses

Aaun, veja só que cavalo bonito! Mas peraí — ele está... dormindo? Na verdade, o animal que você está vendo está apenas cochilando. Ele precisa se deitar para ter uma boa fase REM do sono. Nas pessoas, esta é a fase em que sonhamos. Nossos braços e pernas não conseguem se mexer durante ela. Se não fosse assim, você começaria a agir de acordo com os sonhos, e poderia até se machucar.

Mas voltando ao cavalo... embora ele esteja apenas tirando um cochilo em pé, isso não deixa de ser uma coisa impressionante. Você não conseguiria fazer isso. Os cavalos têm um sistema de tendões e ligamentos que os ajuda a ficar em pé com facilidade. As principais articulações das patas ficam travadas, então o animal consegue relaxar e tirar uma soneca sem se preocupar com possíveis quedas.

Ah, por falar nisso, a quantidade de sono REM que os cavalos precisam é incrivelmente pequena. Geralmente, é uma série de intervalos curtos — dois ou três horas no total. É por isso que eles não TÊM que se deitar com tanta frequência. Alguns animais fazem isso só por se sentirem mais confortáveis.

Os cavalos tiram uma soneca em pé mesmo por que dormir não é seguro o bastante quando eles estão deitados. É difícil para um cavalo se levantar do chão, e essa ação envolve muito tempo. Enquanto um cavalo está se esforçando para ficar em pé, algum animal carnívoro pode atacá-lo e comê-lo no jantar.

É por isso que os cavalos apenas se deitam por intervalos curtos de tempo. Eles também têm um esquema especial de vigília — um deles fica vigiando a área enquanto os outros cochilam. E assim, todos vão se revezando nessa função de vigia. Enfim, não só os cavalos, mas as zebras, elefantes, girafas, algumas aves como os flamingos, e às vezes até as vacas podem cochilar em pé. Mas então... por que os humanos não conseguem fazer isso?

Para conseguir tal proeza, suas pernas teriam que estar alinhadas verticalmente e seus joelhos teriam que ficar “travados”. Aí, você não precisaria fazer muito esforço para se manter em pé. Mas seu corpo não foi construído assim. Se estiver muito cansado, você até pode cochilar em pé, mas irá acordar pouco depois, com medo de cair. Seus músculos começam a relaxar gradualmente a cada fase do sono.
E pouco depois de cochilar, eles não conseguirão mais manter você em pé.
Shhhhh...é uma noite tranquila de inverno, e o passarinho que está empoleirado na árvore parece estar dormindo. Mas aí, vem um barulho! Um humano certamente não o ouviria, de tão baixo que é. Mas a coruja — é ela que está na árvore — tem uma audição perfeita. para esta criatura, ouvir bem é mais importante do que ter uma boa visão. Em um piscar de olhos, a ave se move — credo! Parece que a cabeça dela está virada para trás!

As corujas são tão flexíveis, que conseguem girar a cabeça quase que totalmente. Essas aves possuem globos oculares fixos. Isso significa que seus olhos não giram, então elas têm que compensar essa limitação. Girar a cabeça a um ângulo de 270 graus só é possível por que ela está conectada ao corpo de um jeito muito interessante. Os tecidos e vasos sanguíneos onde o pescoço se conecta ao corpo não se rompem — eles foram feitos para serem flexíveis.

As corujas também têm muitas vértebras — aqueles ossinhos minúsculos que compõem a coluna e o pescoço. E isso é outra coisa que as ajuda a girar a cabeça. Já nós temos uma estrutura de pescoço totalmente diferente — mas que atende às nossas necessidades. Os humanos têm olhos esféricos e conseguem movê-los livremente, ao contrário das corujas. Você simplesmente não PRECISA que seu pescoço se vire para trás! Mas sim, seria irado fazer isso em uma festa de Halloween!

Um tubarão-duende está nadando sem pressa pelas profundezas do oceano, quando vê um peixe apetitoso logo à frente. O tubarão começa a se aproximar de sua futura refeição, mas o peixe percebe a perseguição e tenta fugir. Aí, como se fosse um filme de terror, o tubarão projeta sua mandíbula para fora da boca e abocanha o peixe! A mandíbula terrível do tubarão-duende fica presa a ligamentos elásticos. Ele consegue desdobrá-la de seu focinho, projetando-a até sete centímetros e meio à frente! Isso permite que o animal estique sua boca para a frente para pegar os pobres peixes, lulas ou qualquer outro animal.

Ah, se nossa boca pudesse fazer o mesmo! Aí, você conseguiria comer qualquer coisa que estivesse longe do seu rosto — sem precisar usar as mãos para pegar! E não, não estamos considerando as boas maneiras à mesa aqui.
Imagine que você esteja deitado em um quarto de hotel, no litoral, observando preguiçosamente os movimentos de uma lagartixa. Ela está correndo pelo chão... chega à parede... hmm, veja só — ela está escalando a parede! E agora, está pendurada de cabeça para baixo acima da sua cabeça.

As lagartixas conseguem grudar em qualquer tipo de superfície graças a seus dedos bulbosos. Eles são cobertos por centenas de pelos microscópicos. E cada pelo, por sua vez, se divide em pelos ainda mais finos. Isso cria um elo tão forte, que as moléculas dos pelos e as moléculas da superfície começam a interagir, fazendo surgir uma atração eletromagnética! Esse método permite que as lagartixas grudem e desgrudem seus dedos e patas de forma super-rápida.

Elas conseguem correr a uma velocidade de até 20 comprimentos corporais por segundo! Infelizmente, essa super-habilidade também não está à disposição dos humanos. A única coisa que seus dedos conseguem fazer é enrugar após um longo tempo dentro d’água. Isso melhora sua aderência a objetos molhados, fazendo a água escorrer pelos sulcos — assim como acontece com a chuva nas ranhuras dos pneus do carro. Seus amigos podem até apelidar você de “mão de ameixa seca”! Ei, eu não disse que isso era um elogio.

Cada olho de um társio é do tamanho do cérebro dele. Ou seja, está claro que a visão é a coisa mais importante para esses pequenos macacos. Seus olhos gigantes não se mexem, então o társio precisa girar a cabeça por completo se quiser olhar para a direita, ou para a esquerda. A vantagem é que esse animal consegue enxergar no escuro e caçar insetos, lagartos e até pássaros pequenos mesmo após o anoitecer!

Os olhos do társio captam e refletem até os menores feixes de luz. Isso dá à criatura uma visão clara do que está acontecendo ao seu redor. É por isso que esses olhos, no reino animal, equivalem a óculos de visão noturna! Já os nossos olhos foram feitos de forma diferente. Enxergamos excepcionalmente bem apenas durante o dia. Em um quarto escuro, ou lá fora, à noite, você certamente terá problemas por não enxergar as coisas ou cores suficientemente bem.

Isso ocorre por que há dois tipos de órgãos sensíveis à luz na parte de trás dos seus olhos. Alguns possuem formato de cone, e outros, de bastonetes. Os bastonetes ajudam a enxergar luzes mais fracas, mas não detectam cores. E os cones permitem que você veja detalhes e cores vibrantes — mas eles não funcionam quando há pouca luz.
Então, assim que escurece, só os bastonetes continuam respondendo à pouca luz disponível. Mas por não conseguirem distinguir cores, você só enxerga diferentes tons de preto, cinza e branco.

Você está sentado à beira de um rio, assistindo à água fluir, quando um lagarto passa correndo a uma velocidade impressionante. Sim, em cima da água! Este é o Lagarto Basilisco. Ele tem dedos compridos nas patas traseiras, que são equipados com franjas de pele que se desdobram quando o animal está se movimentando. Isso aumenta a área de contato com a água.

Essa estrutura também ajuda o lagarto a bombear suas patas de forma incrivelmente rápida. Elas batem forte contra a superfície, formando minúsculas bolsas de ar. E essas bolsas mantêm o lagarto em cima da água — mas apenas enquanto ele está andando rápido. Mesmo se uma pessoa comum tivesse calçados com a mesma estrutura das patas do lagarto basilisco, não conseguiria correr a uma velocidade de 105 km/h para não afundar!

Se algum dia você for para alguma selva no Sul ou Sudeste Asiático, cuidado com as cobras. Ei, por que você está olhando para o chão? Estou me referindo a cobras VOADORAS! Serpentes aéreas parecem até ser coisa de filme de terror, mas existem de fato. Mas elas não voam de verdade (a menos que haja um vento bem forte por lá). Esses répteis são planadores. Eles usam a velocidade da queda livre para pegar ar. E assim que conseguem fazer isso, acabam flutuando.

Agora, à primeira vista, você não conseguirá diferenciar uma cobra-voadora de uma comum. Ela tem corpo tem forma de tubo, sem patas. Mas aí a criatura se prepara para decolar. Ela escorrega até a ponta de algum galho e salta, fazendo o próprio corpo ficar em formato de J. Assim que a cobra impulsiona seu corpo para baixo, vira um S e fica duas vezes mais achatada que o normal. Seu corpo arredondado se curva para dentro, prendendo o ar.

A cobra consegue até virar movendo o corpo para cima e para baixo, como ondas no mar. O mais legal é que as cobras-voadoras são melhores planadoras do que, por exemplo, os famosos esquilos voadores. Quanta habilidade, hein?

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