Os maiores mitos sobre o megalodonte que os filmes fizeram a gente acreditar

Curiosidades
há 7 meses

Em alguns estágios iniciais da pesquisa, os cientistas reconstruíram o Megalodonte parecendo uma versão maior e um pouco mais perigosa de um tubarão-branco. Os filmes então seguiram o exemplo, adicionando alguns detalhes por conta própria e, ta-dãã, temos um gigante marinho que pode atingir até 27 metros de comprimento.

Bom, espere um pouco. Os megalodontes geralmente tinham entre quinze e dezesseis metros e meio, às vezes chegando a18 metros. Para efeito de comparação, uma pista de boliche tem 18 metros de comprimento, um ônibus escolar tem cerca de treze metros e meio, e uma pessoa média tem um metro e oitenta centímetros de altura. Então, sim, nada mal, Megalodonte, mas não são 27 metros. Seu peso era de cerca de 50 a 60 toneladas, o que é algo como 10 elefantes adultos ou um Boeing 737. Essas são apenas suas fêmeas: elas eram quase duas vezes maiores que os machos.

Outro fato filme versus realidade: o Megalodonte não tinha nada a ver com o tubarão-branco. O mais próximo que podem ser são primos, porque o Megalodonte, na verdade, é o último descendente de uma linhagem completamente diferente de tubarões. Além disso, seu tipo é cerca de três vezes maior do que um tubarão-branco médio. Tem um nariz mais curto e uma mandíbula muito mais plana que quase parece que está achatada. Além disso, as barbatanas peitorais do Meg são mais longas do que as do tubarão-branco. Antigos predadores comiam muito, então precisavam de algo para suportar seu peso.

Ambos tinham um olfato excelente, então, mesmo nos tempos pré-históricos, não era uma boa ideia nadar com um pedaço de carne crua nas mãos. E certamente não é seguro agora! Mesmo que o Meg esteja escondido em algum lugar nas profundezas, o que alguns ainda acreditam ser verdade, ou que tenha desaparecido para sempre, os primos mais jovens dele estarão lá esperando! Além disso, os dois gostavam de ir atrás de grandes mamíferos marinhos, então certamente teriam coisas para fazer juntos. Isto é, até o Meg ficar mal-humorado e “acidentalmente” comer seu amigo. Eh, nunca se sabe.

Esses animais tinham um estilo de caça diferente. Os tubarões-brancos preferem mergulhar direto na direção de suas presas e encontrar seus pontos mais macios, como pernas expostas ou barriga. O Megalodonte mirava nas nadadeiras e na cauda: devido a suas mandíbulas de quase 3 metros e o que é considerado a mordida mais forte de todos os tempos, seus dentes podiam perfurar quase tudo. Às vezes, um dente inteiro era encontrado incrustado em um osso de algum animal maior, como uma baleia. Sem as peças principais que usam para nadar, os pobres animais marinhos ficavam desamparados e incapazes de fugir.

No entanto, as baleias eram apenas uma parte “menor” da dieta do Megalodonte. Focas, vacas-marinhas, lulas, golfinhos, outros tubarões — o bom e velho Meg provavelmente também não recusaria algum cardume aleatório de peixes menores nadando em sua boca. Nada melhor do que um bom lanche depois de um farto e saboroso jantar. Mesmo tartarugas-gigantes não estavam seguras dentro de suas cascas grossas — o Meg provavelmente considerava isso um desafio diário.

Uma dieta tão diversa — e em grandes quantidades. O Megalodonte comia cerca de 1.130 quilos de comida todos os dias. Não é de se admirar que tenha dominado o oceano!

Quase 300 dentes em cinco fileiras — e estamos falando de mordedores afiados que podiam atingir até 18 centímetros de comprimento. Até o seu nome significa “dente gigante”!

Ainda assim, o Megalodonte trocava milhares de dentes ao longo da vida. Como os dentes do Meg não eram tão fortes, eles costumavam cair. Então, ele ganharia dentes novos dentro de um a dois dias, para que pudesse continuar suas sessões de caça sem grandes interrupções. O mesmo acontece com os tubarões modernos: novos dentes substituem os danificados ou gastos. Esses dentes caídos foram a única coisa que ajudou os cientistas a fazer alguma pesquisa sobre o Megalodonte — eles os encontraram ao redor do mundo. Sim, os megalodontes eram viajantes: viviam em todos os oceanos e seus fósseis foram encontrados em todos os continentes, exceto na Antártica. O quê? Muito frio será?

Como seus esqueletos não eram feitos de osso, mas de cartilagem, os dentes são a única evidência de que existiram. Eles deram aos cientistas uma visão de muitas coisas, incluindo o tamanho. Mesmo com os tubarões modernos, os cientistas determinam seu tamanho pelas dimensões de apenas um dente — e fizeram o mesmo com o Meg.

O Megalodonte tinha a mordida mais forte de todas as criaturas vivas da Terra. Seria definitivamente divertido ver o confronto entre o Meg e, digamos, o tiranossauro rex. Infelizmente, eles perderam a chance de se encontrar e estabelecer uma amizade de longo prazo visto que os dinossauros foram extintos  mais de 60 milhões de anos. O Meg, por outro lado, aterrorizou todos os habitantes dos mares e oceanos de 23 milhões a 2 milhões e meio de anos atrás.

Onde o Megalodonte poderia viver atualmente? Bom, provavelmente adoraria os lugares que os tubarões modernos vão também, como Flórida, Havaí, Brasil, África do Sul ou algum outro paraíso tropical. Hmm, quando se pensa sobre isso, não é nada ruim. Meg, me leva com você?

O próprio Meg não tinha nenhuma competição séria ou um inimigo natural, mas seus bebês eram muito fracos para se defenderem. É por isso que o predador tinha que escolher águas mornas e rasas, sem correntes fortes para criar seus bebês. Esses, por falar nisso, tinham cerca de dois metros de comprimento — não eram muito pequenos.

Na verdade, os cientistas encontraram alguns dos dentes de seus bebês, então parece que parte de seus berçários ficava na costa do Panamá. E isso tem 10 milhões de anos! Ok, hora de conhecer um dos rivais em potencial do Megalodonte: o poderoso cachalote! Com de 13 a 18 metros de comprimento — o tamanho certamente o torna um adversário e tanto. Os cachalotes modernos não têm dentes tão grandes, mas seus ancestrais, que viveram cerca de 13 milhões de anos atrás, eram bem armados: o maior dente encontrado tinha 12,7 centímetros de largura e 35 centímetros e meio de comprimento — é algo como a maior garrafa de refrigerante que existe. Esse seria um combate interessante...

Aqui estamos falando sobre este predador marinho gigante, mas ele não é o único animal antigo intrigante que vagou pelos oceanos. Na verdade, os tubarões são algumas das criaturas mais antigas do nosso planeta, mais antigas do que insetos, mamíferos, dinossauros — até mesmo árvores. Eventos de extinção em massa eliminaram a maior parte da vida na Terra, asteroides gigantes caíram em sua superfície, continentes se dividiram e tantas outras coisas aconteceram..., mas os tubarões estavam lá, vivos, persistindo, aparentemente sem contato com o mundo exterior — apenas relaxando ’e fazendo suas coisas’.

Os tubarões espinhados foram, na verdade, um dos primeiros animais com mandíbula. Não que pudessem fazer muito com aquela mandíbula, já que tinha apenas cerca de trinta centímetros de comprimento. Meh, o Meg nem se incomodaria com isso. E nem mesmo era um tubarão de verdade — apenas parecia um.

Se você já se perguntou como seria uma combinação de enguia e tubarão — bom, aqui está! O tubarão-enguia preferia água doce, tinha mais de um metro de comprimento e foi extinto há cerca de 200 milhões de anos. Sabendo-se que os dinossauros surgiram há cerca de 230 milhões de anos, o tubarão-enguia provavelmente estava lá para lhes dar uma recepção calorosa, preparar um bufê — mas os dinossauros infelizmente o confundiram com uma sobremesa.

Agora, este predador aqui receberia alguns gritos de verdade em uma bela praia durante as férias se ainda estivesse vivo: o tubarão Ginsu. Foi apelidado em homenagem às facas Ginsu devido a uma boca enorme com quase 500 dentes afiados. Um dos hobbies desse tubarão monstruoso era ir atrás de grandes tartarugas- ok, agora sério, o que há com aquela coisa que parece uma tartaruga-tubarão?

Edestus — agora sim. Esses carinhas viveram cerca de 300 milhões de anos atrás e tinham uma cabeça com formato estranho. A parte mais esquista eram suas mandíbulas: esse tubarão não perdia dentes velhos e gastos, mas continuava criando outros na parte de trás. Os que estavam na frente eram empurrados para a frente e, com a idade, o tubarão adquiria uma aparência realmente estranha como “dentes de tesoura”. Os cientistas ainda não sabem ao certo por que tinha que ser assim. Ei, hora de chamar o Ortodontista!

Mesmo durante o longo reinado do Meg, nosso predador antigo favorito ainda não era o único tubarão gigante assustador no mundo. Por exemplo... hum bom, não consigo pronunciar seu nome, então vou chamá-lo apenas de Sr. C. Infelizmente, não foram encontrados fósseis suficientes para obter mais informações, mas algumas pesquisas dizem seus dentes tinham mais de doze centímetros de comprimento. Isso também implica que o animal provavelmente podia atingir 6 metros de comprimento. Ah, se tivéssemos encontrado mais alguns dentes... Acho que o Meg não seria a única estrela de cinema daquela época. Tão perto, Sr. C. Tão perto.

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