Navio antigo naufragado deixa cientistas impressionados

Curiosidades
há 7 meses

Dizem que “não há nada que não possa ser encontrado”, e é verdade. Hoje vamos mostrar alguns navios que pararam no tempo.

O primeiro simplesmente é fascinante. Aqui está o naufrágio de Antikythera. Ele era um navio mercante grego do primeiro século antes de Cristo. Essa embarcação está no lado leste da ilha grega de Antikythera, onde os mares Egeu e Mediterrâneo se encontram. Cerca de 2 mil anos depois, em 1900, um grupo de mergulhadores descobriu o navio. Eles estavam indo para a Tunísia, mas tiveram que se abrigar de uma tempestade em uma ilha próxima. Como não podiam ir a lugar algum, por causa da chuva, resolveram procurar esponjas até o tempo se acalmar. Um dos mergulhadores descobriu o navio naufragado a 40 m abaixo do nível do mar. Imagine uma pessoa mergulhar para caçar esponjas e submergir com um monte de tesouros arqueológicos!

O capitão do navio de caçar esponjas conversou com as autoridades gregas sobre o que eles haviam encontrado. Os oficiais enviaram dois navios para o local indicado. A operação de resgate foi bem-sucedida, e as descobertas estão agora no Museu Arqueológico Nacional da Grécia, em Atenas. As descobertas incluíam três cavalos de mármore de tamanho real, joias, moedas e centenas de obras de arte, como uma estátua de mais de dois metros de Hércules.
Entre os tesouros, a Antikythera Ephebe, uma estátua de bronze de um homem jovem, foi o que mais chamou a atenção. É que esse tipo de estátua não corresponde a nenhum modelo iconográfico familiar, e não há cópias conhecidas dela. O homem segurava um objeto redondo em uma das mãos. Estudiosos têm diferentes teorias sobre quem essa pessoa pode ser, mas ainda não chegaram a um consenso.

Mais de 70 anos depois, Jacques-Yves Cousteau e sua equipe foram até a região e recuperaram outras centenas de artefatos e até restos mortais de quatro pessoas. Curiosamente, descobriram um conjunto complexo de engrenagens interligadas que eram capazes de prever o movimento do sol, da lua e de diversos outros planetas. O mecanismo também pode mostrar os horários dos eclipses solares e lunares que acontecerão futuramente!

Esse “Mecanismo Antikythera” é praticamente um precursor do calendário de computador, daqueles usados para planejar acontecimentos importantes, como atividades agrícolas, rituais religiosos e os Jogos Olímpicos.

Os artefatos encontrados no naufrágio do Antikythera estão entre as descobertas mais importantes da arqueologia moderna, mudando nossa percepção dos limites da tecnologia antiga! O mecanismo tem um design sofisticado e foi feito há mais de mil anos.

Mesmo após todas essas descobertas fascinantes, especialistas acreditam que o local do naufrágio quase não foi explorado. Isso aconteceu por causa de sua localização e da forma do fundo do mar onde o navio está. A embarcação está profunda demais para mergulhadores scuba, mas rasa demais para usar algo como um submersível.

Uma pesquisa feita no fundo do mar em 2012 mostrou evidências de um segundo navio naufragado cerca de 244 metros distante dali. Então, está claro que aquela região tem muito a oferecer para a humanidade! Já imaginou se aqueles caçadores de esponjas não tivessem ido lá?

Cientistas encontraram um navio naufragado na Antártica, no fundo do Mar de Weddell, 107 anos depois de ele ter afundado. O nome do navio era Endurance e pertencia ao explorador da Antártica Sir Ernest Shackleton. Cientistas que analisaram a embarcação décadas depois dizem que ela está entre os maiores navios naufragados de todos os tempos. É por isso que eles filmaram a descoberta inteira. O vídeo mostra os resquícios do Endurance e prova que ele ainda está em ótimo estado. Ele está 3 km abaixo da superfície do mar há mais de um século, mas parece que naufragou há pouco tempo.

A história dele é a seguinte: o navio foi esmagado pelo gelo e afundou em 1915. Ernest e sua tripulação tiveram que escapar usando botes salva-vidas, e felizmente conseguiram se salvar. Depois, o navio afundou. Sim, essa é uma história impressionante, mas por que os cientistas prezam tanto por esse navio?

Primeiro, porque a Expedição Imperial Transantártica do Ernesto zarpou para atravessar o continente a pé pela primeira vez. Sim, todos ficaram presos no gelo, mas o propósito da missão era importante. E, em segundo lugar, por causa do desafio de encontrar o navio naufragado. O Mar de Weddell está quase sempre coberto por uma camada grossa de gelo. Sabe, o mesmo gelo que fez o Endurance afundar! Chegar perto do mesmo local onde aconteceu o naufrágio já é superdifícil, agora imagine fazer a pesquisa!
Especialistas da equipe de exposições modernas previram quando haveria menos quantidade de gelo naquele local usando imagens de satélite. Eles perceberam que o tempo estava a favor deles para começar uma expedição. O Doutor John Shears disse que eles “completaram a busca de navio naufragado mais difícil do mundo, lutando constantemente contra o gelo do mar, as tempestades de neve e as quedas de temperatura de até 18 º Celsius negativos. Se isso tudo faz parte das “condições favoráveis”, nem consigo imaginar como seriam as condições normais!!

Pra finalizar, olha só isso! São as vigas do navio. Elas estão praticamente intactas. Dá até pra ler o nome da embarcação! O arqueólogo marinho Mensun Bound diz que esse é o navio de madeira naufragado mais conservado que ele já viu. O cara tem 50 anos de carreira, então sabe do que está falando! Como será que a madeira não apodreceu? A Doutora Michelle Taylor, que é bióloga de águas polares profundas, afirma que a madeira deteriorou pouco porque não há animais que comem madeira nessa região deserta da Antártica.

Mineradores de carvão da Sérvia descobriram três navios naufragados que estiveram ali por pelo menos 1.300 anos. O maior deles pertence a uma frota da Roma Antiga. Ele tem cerca de 15 metros de comprimento e fundo achatado. Estima-se que o navio tenha capacidade para uma tripulação de 30 a 35 pessoas. Olhando para seu casco, dá pra ver marcas de reparos. Uau, esse teve uma longa carreira. Sabe, ele nos dá pistas de como as coisas eram mais de mil anos atrás.
As duas embarcações menores, por outro lado, correspondem às descrições dos barcos usados por grupos eslavos para atacar a fronteira romana. Os dois foram descobertos sob a lama e argila de um antigo leito de rio. Aparentemente, naquela época havia uma base romana em um lugar chamado Cidade Viminacium. O interessante é que Viminacium foi uma capital provinciana com uma população estimada de 40 mil pessoas no século IV depois de Cristo. Só para se ter uma ideia, essa cidade era maior que a de Pompeia.

A mina de carvão em Kostolac é um centro de pedras preciosas. Arqueólogos encontraram evidências de antigas atividades humanas e animais por lá. Por exemplo: em 2012, especialistas encontraram ossos de pelo menos cinco mamutes-lanudos que foram extintos cerca de 10 mil anos atrás.

Arqueólogos canadenses encontraram um navio 150 anos após ser dado como desaparecido nas águas árticas do Canadá. O navio mercante se chama HMS Investigator. Ele foi comprado em 1848 para procurar o navio do Sir John Franklin, que havia se perdido na expedição Passagem Noroestes. O HMS Investigator saiu da Grã-Bretanha em 1850 para fazer essa operação de resgate. A tripulação da expedição, chefiada por Robert McClure, navegou com o Investigator mar adentro. Um tempo depois, ele percebeu que já estavam no trecho final da Passagem Noroeste, na rota marinha que cruzava a América do Norte. Mas, antes de entrar no Mar de Beaufort, o navio de 122 toneladas ficou preso no gelo.

A tripulação passou o inverno no Estreito do Príncipe de Gales. No verão seguinte, Robert tentou navegar de novo para o fim da Passagem, mas o gelo bloqueou seu caminho mais uma vez. Aqui, também, os tripulantes foram forçados a deixar o navio. Ele conduziu todos à Baía da Misericórdia. Lá eles ficaram até o ano de 1853, quando a tripulação do navio HMS Resolute os resgatou. Imagine uma equipe de 60 pessoas que precisou passar três invernos no Ártico sem sequer saber se sobreviveriam! Mais tarde, o navio foi encontrado em posição vertical, submerso, a 11 metros abaixo da superfície. Ele estava em ótimo estado de conservação! A água do Ártico não deixou a parte externa do convés estragar muito. O formato do navio e suas vigas estão claramente visíveis. Além disso, arqueólogos descobriram artefatos deixados pelos marinheiros na terra. Eles tiraram tudo antes de abandonar o Investigator. Três covas de marinheiros e um navio britânico naufragado também foram encontrados naquela região. Eu fico aqui pensando: o que mais eles poderiam encontrar por lá?...

Comentários

Receber notificações
Sorte sua! Este tópico está vazio, o que significa que você poderá ser o primeiro a comentar. Vá em frente!

Artigos relacionados