Como era a Terra antes dos dinossauros?

Curiosidades
há 7 meses

Vamos viajar de volta no tempo agora. Hmm, isso costumava ser difícil. Passamos pela Idade Média, a primeira civilização humana, os antigos ancestrais dos primeiros humanos, os dinossauros, os primeiros animais terrestres, as antigas criaturas marinhas e assim por diante até o início de todos os tempos. E aí está. Esta nebulosa é o nosso sistema solar. Agora, ela é apenas uma nuvem de poeira multicolorida girando, feita dos gases hidrogênio e hélio. Essa nuvem começou a encolher e se tornar mais densa. Existe uma teoria de que houve explosões de supernovas perto da nossa nebulosa. As ondas de choque a pressionaram de diferentes lados até que o centro dela ficou muito pesado. O enorme peso a pressionou e as reações nucleares em cadeia começaram bem ali. Esse centro aqueceu a nuvem e a fez brilhar. Logo ela se transformou em uma esfera densa e foi assim que nosso Sol nasceu. Isso aconteceu há cerca de 4 bilhões e meio de anos.

Nesse momento, nosso planeta ainda não existe. Há apenas um disco de poeira e detritos espaciais orbitando o jovem Sol. Esses pedaços estão se fundindo gradualmente e ficando cada vez mais pesados. Vamos olhar para o centro deste monte de asteroides. O peso total dos detritos comprime tanto a região central que um núcleo metálico denso está se formando ali. A enorme pressão aquece o núcleo e a temperatura no centro da jovem Terra chega a quase 6 mil graus. E há um núcleo líquido ao redor do sólido. Ele forma o campo magnético do nosso planeta. Agora, quando a radiação do Sol e do vento solar atinge a Terra, colide com um escudo na forma de nosso campo magnético.

Até agora, nosso planeta está queimando e parece mais uma bola de lava. Mas ele começa a esfriar, formando uma crosta sólida. Neste ponto, outro protoplaneta aparece no horizonte. Parece mais um asteroide, do tamanho de Marte. E este enorme pedaço de detritos voa na nossa direção, atingindo a jovem Terra em um ângulo que arranca uma parte dela. Os próprios detritos se partem em vários pedaços e vão parar na nossa órbita. Depois de um tempo, todos eles se juntam para formar a Lua. Como resultado dessa colisão, a Terra começa a girar muito rápido. Um dia agora dura cerca de 5 horas, em vez das 24 habituais. Mas a Lua é pesada o suficiente para desacelerar essa rotação com a gravidade.

Agora a Terra não parece um lugar acolhedor. As forças lunares gravitacionais estão penetrando profundamente nela e causando mais atividade vulcânica. Além disso, meteoritos caem constantemente aqui, provocando explosões frequentes na superfície. Ai! O gás que sai dos vulcões forma nossa atmosfera. O gelo que foi trazido para cá em meteoritos evapora. O vapor sobe e se transforma em chuva. Essa água cai na superfície, resfriando a lava quente e formando os primeiros lagos e rios.

Por várias centenas de milhões de anos, a Terra se assemelhou à superfície de Vênus. Era um lugar sem vida com um monte de vulcões, chuvas ácidas e sem oxigênio para respirar. O Sol não era tão brilhante quanto agora. Além disso, os raios solares mal podiam passar por toneladas de poeira vulcânica na atmosfera. Mas cerca de 3,7 bilhões de anos atrás, a primeira vida apareceu aqui na forma de organismos unicelulares que não precisavam de oxigênio. Eles surgiram nas partes rasas e quentes do oceano perto da costa. Essas bactérias reinaram por quase 2 bilhões de anos ao longo da Era Arqueozoica. E deixaram estromatólitos, que são pilares de pedra no fundo de águas mornas rasas. Eles são o produto de organismos simples e bactérias, que evoluíram até aprenderem a fotossíntese.

As bactérias começaram a produzir oxigênio absorvendo a energia da luz solar. A princípio, ele era gasto na oxidação de rochas, mas depois o excesso dele começou a encher a atmosfera. Além disso, nessa época, surgiram as primeiras algas, que também produziam oxigênio. Essa passagem foi chamada de “Grande Evento de Oxigenação”, que fez com que quase todos os organismos vivos desaparecessem da face da Terra. Para os simples, o oxigênio era tóxico, enquanto as bactérias e microrganismos remanescentes foram parar no fundo do oceano. Muitos milhões de anos depois, esses restos foram reciclados e, sob a tremenda pressão da água e da crosta terrestre, se transformaram em petróleo. A Era Arqueozoica terminou com essa catástrofe cerca de 2 bilhões e meio de anos atrás. Ao mesmo tempo, continentes estavam se formando, e mais tarde iriam derivar pelos oceanos do mundo como quebra-cabeças e formariam um supercontinente.

Porém, por enquanto o metano e o dióxido de carbono ainda compunham a maior parte da atmosfera. Eles causaram o efeito estufa e o aumento das temperaturas. Mas o surgimento do oxigênio interrompeu esse fenômeno e a temperatura caiu, o que originou uma era glacial, a chamada “Glaciação Huroniana”, que aconteceu entre 2,4 e 2,1 bilhões de anos atrás. Os cientistas especulam que nosso planeta era quase completamente coberto de gelo naquela época, mesmo no calor do equador. Uma enorme mudança, quando você considera que 2 bilhões de anos antes a Terra era como uma bola de lava, e agora parecia um bloco de gelo. Durante a Glaciação Huroniana ela era mais parecida com o satélite de Júpiter, Europa. Ali também há uma espessa crosta de gelo, sob a qual há um oceano líquido, aquecido pelo núcleo.

A evolução do Sol salvou nosso planeta que, desde o nascimento, há 4,5 bilhões de anos, foi ficando maior e mais quente. Assim, após 300 milhões de anos de uma era glacial, ele começou a aquecer. Mas quase toda a vida foi exterminada, e a evolução teve que começar tudo de novo. Cerca de 1 bilhão de anos atrás, todos os continentes foram reunidos em um supercontinente hipotético, Rodínia. E todos os oceanos formaram o gigante Mirovia. 750 milhões de anos atrás, esse continente se separou e enormes pedaços de terra começaram a flutuar pelo planeta. Plantas complexas e microrganismos multicelulares apareceram justamente nessa época. Algas, esponjas e fungos não eram os únicos habitantes do oceano. Esta é a Spriggina, uma espécie de verme do tamanho de um dedo humano. Temos restos desse animal com pelo menos cerca de 550 milhões de anos.

Há 541 milhões de anos, começou o Eon Fanerozoico, que teve como principal evento a Explosão Cambriana. A vida começou a prosperar e surgiu uma grande variedade de organismos vivos. Moluscos e equinodermos, como estrelas do mar e ouriços-do-mar, apareceram. Os organismos vivos evoluíram, tendo não apenas um esqueleto interno, mas também um externo, como as trilobitas. Algumas dessas criaturas atingiram quase 1 metro de comprimento. Suas conchas protetoras sugerem que havia predadores nos oceanos. Uma cadeia alimentar começou a se formar naquela época.

No mesmo momento, os continentes à deriva se fundiram novamente. Este supercontinente chamado Panótia teve uma forma diferente. Mais tarde, esses continentes se separaram novamente e começaram a colidir uns com os outros. Isso levou à formação de cadeias de montanhas. Então os pedaços de terra se encontraram pela última vez e formaram o supercontinente gigante Pangeia, há cerca de 335 milhões de anos. Aqui já podemos ver o contorno dos continentes modernos da África, América do Norte e do Sul, Oceania e Eurásia. Uma das maiores criaturas marinhas de todos os tempos, o Dunkleosteus, apareceu. Alguns indivíduos podiam ser tão longos quanto um ônibus escolar e pesar tanto quanto uma SUV grande.

O solo tinha um clima quente e úmido. Isso estimulou as samambaias e outras plantas a crescer mais rápido. Algumas chegaram à altura de um prédio de 3 andares. E pela primeira vez na história, alguns animais saíram do oceano e foram para as terras, como o Elginerpeton e o Ichthyostega. De qualquer forma, a princípio eles viveram apenas no litoral, pois a pele não era adaptada à luz solar constante. Além disso, tinham problemas respiratórios. Os primeiros animais em terra tinham brânquias e pulmões, embora estes fossem subdesenvolvidos. Então eles tinham que voltar para a água.

Milhões de anos depois, evoluíram para anfíbios mais avançados. Embora não fossem maiores que lagartos comuns, já podiam viver plenamente em terra. Mas esse florescimento da vida terminou em uma nova era glacial. As geleiras dos polos se arrastaram lentamente em direção ao equador. Os animais não estavam preparados para isso, e a maioria deles não sobreviveu a esse evento de extinção. Mas há 290 milhões de anos a evolução retomou o controle e animais terrestres mais evoluídos começaram a aparecer. Gradualmente, aumentaram de tamanho, se multiplicaram e deram origem a novas espécies como o Scutosaurus e o Gorgonops. Mas esse período também não durou muito. Apenas 40 milhões de anos depois, como resultado de eventos desconhecidos, 95% de todos os organismos vivos na Terra deixaram de existir.

Isso pode ter sido causado por um meteorito gigante ou pelo aumento da atividade vulcânica. Além disso, uma hipótese diz que poderia ter sido a liberação de metano do fundo do oceano. A era mesozoica começou após essa extinção. Foi aqui que os dinossauros como os conhecemos apareceram e iniciaram uma nova página na história.

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