17 Pessoas que reservaram um lugar especial no coração para seus filhos adotivos

Gente
há 3 anos

Um menino da Ucrânia nasceu com uma fenda lábio-palatina e foi deixado num orfanato. Quando as outras crianças foram levadas à praia no verão, o garoto foi enviado ao hospital. Ninguém sabe o que teria acontecido se ele não tivesse sido adotado por uma família americana. Agora, Jeane e Paul Briggs têm 6 filhos biológicos e 32 adotivos. E esse “menino” já está com mais de 30 anos e teve uma linda história de vida.

Os seguintes relatos, que o Incrível.club decidiu publicar, mostram que a adoção é sempre um ato de conquista e que não deve ser leviano. Com amor, paciência e respeito, porém, é possível ultrapassar qualquer barreira. Por isso, acompanhe!

  • Adotei um rapaz adolescente, que tinha uma família muito complicada. Quando ainda morava com seus familiares, eu levava diversos doces, frutaslegumes a ele e à irmã. A mãe biológica pegava tudo para si e escondia do filho — como me disse o padrasto. Mais tarde, descobrimos que não sobrava muita comida para o menino, pois a mãe e a irmã comiam tudo. Após vir morar conosco, ele entrava na cozinha e enchia o bolso da calça com frutas e bombons. Chorei por bastante tempo quando entendi o motivo do desespero. Depois, eu o ensinei a não fazer mais isso: se quisesse algo, precisaríamos comprar. Levou muito tempo até ele se sentir amado e querido por nós. © Majja Borgwardt / Facebook
  • Em 2013, eu estava grávida da minha primeira filha. Nas últimas semanas, comecei a sonhar com o bebê. E, mais perto do nascimento, sonhei que caminhava por um píer carregando uma menina nos braços. Eu sabia que era minha filha. Ao lado, uma menina de 2 anos segurava minha mão: também era minha filha! Íamos as três sem pressa, apreciando o horizonte. Fiquei com a imagem de um lindo pôr do sol alaranjado na mente e, mais à frente, havia uma garota morena de uns 8-10 anos sentada num banco. Ela levantou e disse: “Mamãe, por que demoraram tanto?! Já estava cansada de esperar!” Não sabia que esse sonho se tornaria, um dia, realidade. Seis anos mais tarde, adotamos a Polina — essa mesma menina moreninha. © nastmel / Pikabu

“Um ano e meio desde que fui adotada. Minha mãe e eu”

  • Há 16 anos, adotei um menino de 4 anos e me tornei mãe solo. Nós dois vivemos muito felizes até o dia em que outras pessoas contaram ao meu filho que ele era adotado, quando tinha 11 ou 12 anos. Meu menino chegou em casa chorando muito e foi preciso convencê-lo do contrário: ele era muito pequeno para compreender. Em seus 20 anos, eu mesma decidi contar a verdade, durante uma conversa que tivemos após descobrir que ele tinha um vício. Dei os dados da mãe biológica e, basicamente, uma escolha. Meu filho passou a noite chorando no seu quarto, e eu, no meu. De manhã, me disse: “Tenho apenas uma mãe. É você. Não preciso de mais ninguém!” Depois desse dia, ele finalmente conseguiu largar o vício para sempre. © Tatiana Pati / Facebook
  • No ano passado, adotei um menino de 5 anos, que é autista e não verbal. A mãe dele tem graves distúrbios psicológicos, e o pequeno passou a vida inteira morando na rua antes de ser acolhido por mim. Era novembro quando a polícia o encontrou vagando pelas ruas usando apenas uma fralda. Eu o amo mais do que pensei que poderia amar qualquer pessoa. Sacrifiquei muito para me tornar pai dele (tenho apenas 27 anos): é difícil achar uma babá que saiba cuidar dele; ele não pode ir ao mercado ou a nenhum lugar barulhento e coisas assim. Mas me ajustei e não me arrependo nem por um segundo. © meepmopmeepmop / Reddit
  • Adotei uma menina asiática de 6 anos, aproximadamente a mesma idade da minha filha biológica. Ela tinha muita dificuldade em mostrar suas emoções, mas perseverou, se esforçou muito na escola, conseguiu um excelente diploma na faculdade e depois se casou com um ótimo rapaz. Ela insistiu em manter o sobrenome de solteira porque “era tão difícil de encontrar aquele nome”. Minha menina ainda não se abre muito, mas está conquistando o mundo. Ela é minha filha exatamente como meus filhos biológicos. Amo-a demais e tenho muito orgulho dela. © Pablo-on-35-meter / Reddit
  • Meus vizinhos, acima dos 30 anos, não conseguiram ter um bebê por muito tempo e decidiram adotar um menino de 4 anos. As senhorinhas do prédio ficaram sabendo dessa notícia e logo começaram a fofocar. Após três anos, minha vizinha engravidou e deu à luz um bebê. Então, um dia, o menino chegou à entrada do prédio, e uma dessas senhoras o chamou e disse:
    — Ah, pobre órfão, como você não teve sorte!
    Ele não entendeu o comentário e perguntou do que se tratava. A resposta foi:
    — Seus pais adotivos agora já têm uma filha de verdade e vão te devolver ao orfanato.
    Todos os moradores do prédio devem ter escutado os choros da criança. Quando o pai chegou em casa, foi tirar satisfação com as senhoras e dizer para nunca mais fazerem tal coisa, mas elas nem deram bola. Felizmente, o menino cresceu feliz, hoje está trabalhando, se casou e tem dois filhos. © Puhpuhpuh / Pikabu
  • Adotamos nossa filha mais velha quando ela tinha uns 8 anos. Minha sogra e minha mãe reclamaram dizendo que não daria certo, mas não disseram nada à menina. Hoje, a Nika tem 16 anos, se formou na escola antes da hora e está no primeiro ano da faculdade. Ela escolheu Medicina. As avós se esqueceram há muito tempo que a neta não é biológica e amam mimá-la e elogiá-la por tudo. Para nós, ela é nossa vida, assim como meus outros dois filhos mais novos. © Marina Russovskaya / Facebook

“Após descobrir que fui adotada. Me formei na escola um ano mais cedo, ganhei uma bolsa de estudos e um prêmio de melhor estudante do ano”.

  • O único filho da minha diretora Gal faleceu. Ela ficou terrivelmente abalada e vivia nervosa e estressada. Gal e o marido decidiram acolher uma menina que viram em um orfanato. “Ela era minha, e pronto”, disse a diretora sobre a pequena. Eles a conheceram, conversaram e o marido percebeu que a garota tinha uma amiguinha e que não sairia de lá sem ela. Como um casal de 52 anos levaria as duas? Mesmo assim, levaram. Muitos anos já se passaram, as meninas são incríveis e amam muito os pais. A mais velha já se formou e está trabalhando, e a mais nova ainda está estudando. E embora tenha sido difícil no começo, hoje, os pais não conseguem imaginar a vida sem as duas. © Elena Neviditsina / Facebook
  • Minha esposa e eu não somos mais jovens, por isso decidimos adotar uma criança mais velha. Acolhemos uma garota de 13 anos bastante desestabilizada. Ela tinha ódio do mundo pela situação em que estava; da mãe, que a havia abandonado; do sistema, que a havia “esquecido” por tantos e tantos anos. Ela brigava conosco o tempo todo e, quando pensávamos em desistir de tudo, nos perguntávamos: e se ela fosse nossa filha? Seguíamos em frente, então, lutando por ela. Após um ano e meio, eu estava dirigindo, quando, de repente, ela soltou: “Não quero voltar para minha mãe biológica. Quero que você seja meu pai”. E eu, um homem desse tamanho, comecei a chorar. © AberrantCheese / Reddit
  • Um dos nossos filhos estava com 5 anos, o outro, com 3, e decidimos adotar uma menina. Estávamos na França quando nos apaixonamos por uma garotinha de olhos azuis hipnotizantes e cachos lindos e grossos. Só que ela não estava pronta para deixar as pessoas que conhecia e aquela cultura. Após a levarmos a Londres, ela chorava, gritava, e eu até precisei mostrar os documentos da adoção para provar que a menina não havia sido raptada. No começo, foi muito difícil, pois o nosso (meu e do meu marido) conhecimento de francês era muito limitado, e os irmãos dela não sabiam nada do idioma. Mas a pequena cresceu e hoje se tornou uma mãe adotiva, como eu. Não conseguimos nem imaginar uma vida sem ela. © Anonymous / Quora
  • Tenho uma amiga, Paula, que é bastante mimada pelo pai. Um dia, eu estava na casa dela quando a campainha tocou. Pediram para eu abrir, pois todos estavam ocupados cozinhando, e eu era a única sem fazer nada. Abri — era um homem mais velho.
    — Oi, vim ver minha filha.
    — A Sabrina? (pensei que era o pai da nossa outra amiga, que estava conosco)
    — Não, a Paula...
    — Mas a Paula tem um pai, e ele está na cozinha agora.
    Nessa hora, minha amiga se aproximou e pediu para o homem entrar. Fiquei totalmente perdida e, depois, pude falar com ela a sós. Perguntei quem era aquele homem. A resposta foi: “Meu pai é meu pai. Aquele homem é só a pessoa que me fez, meu pai biológico”. © GvinevraFlame / Pikabu

“Para o Dia dos Pais, recebi um presente feito à mão pela minha linda esposa e meus dois enteados maravilhosos. Eles me fizeram verdadeiramente feliz”

  • Minha amiga teve duas filhas, mas em pouco tempo o marido faleceu. Ela arranjou um novo parceiro e teve uma filha com ele. Ao longo da vida, ele disse nunca sentir diferença entre as meninas. Todas as três são filhas dele, e pronto. Recompensas e punições iguais para todas. As meninas até se esqueceram que tinham pais diferentes. Aos 8 ou 9 anos, elas gritaram na rua, chamando o “pai”. A vizinha, então, as chamou e perguntou: “Por que chamam ele de pai, vocês não são filhas dele!” As pequenas choraram e correram para a mãe, que confirmou tudo e disse que elas mesmas deveriam decidir como querem o chamar. Perguntou, também: “Ele já bateu em vocês?” — “Não”; “Sempre deu dinheiro para comprar bonecas?” — “Sempre”. E depois das perguntas, uma delas gritou: “Vou continuar chamando-o de pai!” © superneo / Pikabu
  • Tenho 25 anos e estava dirigindo com meu pai ao lado. Então, ele disse:
    ­— Foi em uma manhã como esta quando descobri que meu pai era adotivo.
    Fiquei tão chocado que quase causei um acidente de trânsito. Ele continuou:
    — Eu estava no 9º ano da escola quando minha tia foi me buscar e contou que minha mãe havia se casado pela segunda vez. O novo marido me adotou e trocou o meu sobrenome. Como ele era militar, vivíamos viajando por todo o país.
    Meu pai ainda disse que chegou a fugir de casa e ficou desaparecido por um mês, até uns oficiais do exército o encontrarem e o levarem de volta para casa. Só depois de certo tempo, ele entendeu que pai é aquele que passa a vida inteira ao seu lado e está lá para te criar e apoiar. © asyarmak / Pikabu

“Eu queria muito compartilhar isso. Esse é meu pai incrível, que me adotou”

  • Quando minha mãe era ainda estudante de medicina, ela fez prática em um centro de cirurgia pediátrica. Uma vez, os plantões noturnos foram agraciados pela chegada de um menininho lindo de um ano de idade, que havia sido largado na rua. Ele tinha uma perna maior que a outra. Esse amorzinho não conseguia dormir e sempre “ajudava” as enfermeiras. O pessoal dava papéis para ele brincar e, por algum motivo, o pequeno não tirava o sorriso do rosto. Após algum tempo, uma das estagiárias o adotou. Ela disse que um menino como esse merecia agraciar o mundo com sua presença, não viver a vida em um orfanato. © Podslushano / Ideer
  • Adotei um adolescente de 12 anos. Ele era um menino muito mal-educado, e a escola ligava diariamente para reclamar do seu comportamento. Meu marido e eu nunca brigamos com ele, pois achamos que melhoraria com o tempo. Passaram-se meses, e o comportamento do nosso filho só piorava. Meu marido foi perdendo a paciência e se tornou indelicado, raivoso e, após ouvir mais uma grosseria, disse: “Seria melhor ter adotado um cachorro”. Meu coração se partiu em pedaços, mas não disse nada. No dia seguinte, vi meu marido com um cinto na mão em frente ao nosso filho, que não parava de chorar. Ele olhou para mim e me deu um ultimato: “Ou ele, ou eu”. Três anos se passaram, e hoje estou feliz com meu marido e meu filho, que finalmente me chama de mãe. Me divorciei do meu ex-marido um mês após aquele dia. © Podslushano / Ideer

“Hoje de manhã, minha enteada de 16 anos me deu um presente: ‘Papai, você não me deu a vida, mas a vida me deu você. Você é o melhor pai que poderia existir. Vamos oficializar, quer me adotar? Para o mundo, você pode ser apenas mais uma pessoa, mas, para mim, você é o mundo’”.

  • Meu marido e eu adotamos os dois filhos do meu irmão e a irmã deles. A menina já amava ler aos 3 anos e “engolia” os capítulos dos livros. Ela era (e ainda é) uma garota brilhante, que choca as pessoas quando começa a falar. Mas levou quase um ano para o nosso cachorro realmente confiar nela: uma vez, ela chutou minha boca de tal forma que achei que ficaria sem dentes! Por conta da relação complicada com a mãe biológica, a pequena tinha muita dificuldade de confiar em mulheres. Felizmente, a terapia nos ajudou imensamente. Hoje, nossa filha está com 10 anos e é exatamente como eu. Agora parece que sempre fomos uma família. © vampiratemirajah / Reddit
  • Moro no Canadá com meu marido. Nos anos 90, decidimos adotar uma criança, mas o sistema de adoção rígido da época nos impediu. Eu trabalhava como programadora de sistemas, e isso era uma desvantagem: o ideal era que eu não trabalhasse. Por conta disso, decidimos buscar opções fora do país. Decidimos adotar na Polônia, onde meus pais nasceram. Meu filho tinha certas dificuldades: por ter sido abandonado, ele não fazia contato visual e precisava se acalmar sozinho, balançando o corpo para frente e para trás. Além disso, ele tinha uma fenda lábio-palatina, por conta da qual tinha problemas para se alimentar, podendo aspirar o leite para os pulmões. Apesar de todos os obstáculos, nós o adotamos. Hoje, esse “bebê” já se formou na faculdade e tem um sorriso maravilhoso. © Dawna Lohbihler / Quora

Você conhece alguma família com crianças adotivas? Como foi a história delas e qual a relação que têm com os pais? Compartilhe conosco!

Comentários

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EU TENHO UM VIZINHO QUE TEM FILHO ADOTIVO E GOSTA MUITO DELE SAO TODOS MUITO AMADOS

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eu tenho um amigo que foi adotado e nao se da bem com os pais, é uma loteria

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teve uma epoca que eu achava que era adotada pq minha mae brigava demais comigo e eu pareço mais com meu pai

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meu padrastro meio que me adotou, entao eu o amo pq ele nao tinha a abrigação de me criar e meu pai que tinha nao o fez

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