12 Segredos de beleza do passado que hoje dificilmente alguém se arriscaria a adotar

Curiosidades
há 3 anos

Mesmo hoje, quando as prateleiras das lojas estão repletas de todos os tipos de cosméticos e os salões de beleza podem ser encontrados em quase todas as ruas, o cuidado pessoal continua sendo algo complexo. Imagine então nos séculos passados. As pessoas valorizavam a aparência e se empenhavam para parecer o melhor possível; isso exigia um grande esforço. E os ingredientes por elas usados poderiam surpreender qualquer pessoa moderna.

Nós, do Incrível.club, analisamos cuidadosamente os segredos da beleza do passado e chegamos à conclusão que dificilmente arriscaríamos tentar algumas dessas receitas.

A brancura perolada dos dentes era alcançada com alecrim

Um sorriso saudável e radiante tem sido valorizado por séculos. Contudo, não era fácil conseguir tal efeito sem os meios modernos. Mesmo na Idade Média, tanto os aristocratas quanto os camponeses conheciam os princípios básicos da higiene. E os dentes eram limpos com panos ou palitos. Para a remoção da placa, utilizava-se uma pasta feita de carvão, sal e pimenta-do-reino moída.

Para dar ao sorriso uma brancura perolada, algumas mulheres misturavam cinzas de alecrim queimado com as folhas dessa planta, embrulhavam-nas em um lenço e esfregavam cuidadosamente os dentes. E para se livrarem do mau hálito mastigavam folhas de hortelã ou sementes de salsa e de cravo.

O efeito de um rosto radiante era criado com pó de giz e vinagre

O verdadeiro auge de todos os tipos de cosméticos ocorreu nos séculos XVII e XVIII. Nesse período, todos usavam maquiagem: mulheres, homens e até crianças. A pele branca e macia era considerada um verdadeiro sinal de nobreza. Para conseguir esse efeito, os fashionistas usavam diversos cremes.

Frequentemente, os cosméticos incluíam substâncias potencialmente perigosas para a saúde. Eles também eram feitos de produtos completamente inocentes, como pó de giz e de pérola, clara de ovo e vinagre. Essa mistura deixava o rosto macio e radiante. Contudo, as pessoas tinham de ter cuidado para não rir, caso contrário a “pele” maquiada racharia.

Os cosméticos eram tão densamente aplicados que todas as mulheres ficavam parecidas

No século XVIII, a maquiagem era dominada por duas cores: branco e vermelho. O blush era feito de sândalo, carmim ou açafrão selvagem. Para obter uma pasta especial para aplicação, os pós eram misturados com gordura ou vinagre. A aplicação da maquiagem envolvia algumas etapas. Primeiro, a mulher era vestida e tinha seu traje coberto por um manto especial, e só depois ela se maquiava.

Na época da marquesa de Pompadour, a camada de maquiagem era tão grossa que ficava difícil distinguir uma jovem da outra. Mas havia diferentes maneiras de aplicar o blush aos representantes da aristocracia e da nobreza provinciana. Os aristocratas faziam listras escarlates brilhantes e largas do canto dos olhos ao canto dos lábios. Enquanto a nobreza fazia círculos bem definidos nas bochechas, que deveriam enfatizar a brancura do rosto e o brilho dos olhos.

Para comprar um espelho, alguns vendiam suas terras

Hoje, um espelho parece ser um acessório completamente acessível, mas até o século XIX muitas pessoas nunca tinham visto seu próprio reflexo. Os primeiros espelhos, feitos de vidro, surgiram no século XII, mas modelos verdadeiramente de alta qualidade foram criados em Veneza a partir do século XV. Os espelhos venezianos valiam uma fortuna. Alguns aristocratas venderam suas terras apenas para conseguir um pequeno pedaço desse vidro.

A condessa de Fiesc vendeu seus campos de trigo para comprar um espelho, que considerou um excelente investimento. Os venezianos mantiveram o monopólio até meados do século XVII, quando o rei francês Louis XIV armou um plano ambicioso e conseguiu importar 20 vidreiros da cidade italiana para a França. Desde então, os produtos começaram a ser produzidos em outros países, portanto, tornaram-se um pouco mais baratos e acessíveis.

As sobrancelhas eram tingidas com fuligem ou totalmente removidas

Há quatro séculos, as sobrancelhas escuras e curvadas estavam em voga. Os arcos deveriam ser ligeiramente mais largos no centro e afinados nas bordas. Para dar-lhes uma cor expressiva, os fios eram tingidos com carvão, cortiça queimada, seiva de sabugueiro ou fuligem extraída de lamparinas. A forma ideal era alcançada retirando o excesso. Algumas fashionistas da época removiam completamente as próprias sobrancelhas e as desenhavam no rosto. Ou então usavam pelo animal para esse propósito. Contudo, nesse último caso, sempre havia o risco de as sobrancelhas caírem por causa da cola.

O rosto era lavado com leite materno e a acne, tratada com uma infusão de plantas

A maioria dos cremes, loções e tônicos eram preparados em casa. As receitas desses cosméticos incluíam os ingredientes mais inesperados. Por exemplo, para os procedimentos matinais, era usada uma mistura de leite de vaca com água. E as mulheres também se lavavam com leite materno. Para deixar a pele macia e se livrar da acne, era usada uma infusão de plantas sempervivum. Um líquido feito de uma mistura de água de rosas, pó de arroz, abrunheiro picado, goma arábica e franquincenso dava frescor ao rosto.

Os cremes eram feitos de óleo de amêndoa e cera branca com outros componentes exóticos. A magreza não era uma tendência, mas um corpo tonificado e firme era apreciado. Para se livrar da flacidez, as mulheres aplicavam uma pasta de óleo de raposa e lírio misturado com gordura de ganso e capão, resina e terebintina nas áreas flácidas.

Panturrilhas tonificadas e uma pequena barriga davam um charme especial ao homem

Os padrões de beleza masculina também mudaram ao longo dos séculos. Na época de Louis XIV, um cavalheiro atraente deveria ter um corpo tonificado, mas não excessivamente musculoso, com exceção das panturrilhas. Essa parte desenvolvida do corpo masculino muitas vezes tirava o fôlego das damas da corte. Para demonstrar melhor as panturrilhas tonificadas, os homens usavam sapatos de salto alto e meias justas.

Outra característica atraente na figura masculina era uma pequena barriga proeminente. Isso mostrava aos outros que ele podia comer com frequência e fartura, o que acentuava seu status financeiro. Para adicionar alguns centímetros sedutores à cintura, alguns cavalheiros usavam forros especiais sob as roupas.

As mulheres faziam de tudo para deixarem seus pés menores

Os padrões de beleza nos séculos XVIII e início do XIX exigiam que as mulheres tivessem pés pequenos e graciosos. Como não conseguiam reduzir o tamanho dos pés, elas escolhiam sapatos menores e de tecido mais fino. O calçado adequado era considerado aquele que, de tão apertado, a pessoa mal conseguia andar. Materiais leves e solas quase imperceptíveis tornavam esses sapatos extremamente desconfortáveis. E eles literalmente se desfaziam em poucos dias, especialmente se a mulher frequentemente andava pelas ruas pavimentadas de pedras. Foi por isso que George Sand (o pseudônimo da escritora francesa Amandine Aurore Lucile Dupin) preferia roupas masculinas aos vestidos femininos, inclusive por causa da diferença de preços. Os calçados masculinos eram muito mais confortáveis ​​do que os femininos e duravam por mais tempo.

As mulheres também deveriam disfarçar o mau odor de seus pés. Para evitar o constrangimento com o “mau cheiro”, várias receitas caseiras eram utilizadas. Os odores dos pés eram tratados com talco ou uma solução especial de hortelã, sálvia, alecrim e zimbro.

As luvas femininas eram encharcadas com raiz-forte e leitelho

Os dedos, mãos e punhos femininos eram a verdadeira personificação da beleza feminina. Idealmente, as mãos de uma jovem deveriam ser brancas, macias e arredondadas. As luvas eram usadas para protegê-las de olhares indiscretos e das vicissitudes do tempo. As unhas compridas eram consideradas um tanto vulgares, por isso eram cortadas curtas, lixadas em um formato oval e polidas com cuidado. Uma verdadeira beldade deveria ter unhas brilhantes, rosadas e transparentes.

Para amaciar a pele, as mulheres usavam diversos produtos. Por exemplo, as mãos eram tratadas com uma solução preparada com castanhas moídas. Ou ensopavam e esfregavam as luvas com raiz-forte, leitelho, suco de limão, vinagre, água de rosas, glicerina ou aveia e as usavam à noite. As mulheres cuidavam muito de suas mãos, a ponto de se recusarem a bater nas portas por conta própria, para que seus dedos e juntas não endurecessem ou ficassem com a pele grossa.

Gordura de urso era um verdadeiro protetor de cabelo

O cabelo exuberante e saudável era considerado um sinal de beleza tanto para homens quanto para mulheres. Havia muitos remédios caseiros que supostamente fortaleciam as madeixas, melhoravam seu crescimento e evitavam a queda. Se surgissem sinais de calvície, então era necessário lubrificar o couro cabeludo com gordura de urso e depois massageá-lo, até ficar vermelho, com um pano grosso. Cebola, mel ou mostarda também eram bastante usados. Para os mesmos fins, as pessoas costumavam esfregar excrementos de rato.

Para fazer o cabelo crescer rapidamente e ficar macio, era lubrificado com um líquido especial feito de banha e azeite de oliva. Para pontas duplas, o óleo de murta ou um bálsamo feito de cera de abelha, mel e gordura de urso ajudavam. O cabelo era coberto de pó, não necessariamente branco, podendo ser marrom, rosa, laranja, azul ou roxo. Para esse procedimento, a pessoa colocava uma máscara e manto especiais.

As mulheres usavam cera de abelha e de ouvido para amaciar os lábios

Antes do advento do protetor labial, as mulheres usavam vários produtos naturais para dar aos lábios a maciez necessária. Idealmente, a pessoa deveria ter uma boca pequena e rechonchuda, com o formato de um botão de rosa em flor. Os lábios deveriam ser redondos e macios.

Para se livrar da secura e rachaduras, aplicava-se mel ou óleo. Alguns recomendavam o uso de cera de ouvido. Outra receita incluía banha de porco, cera de abelha e óleo de limão. Para devolver a cor aos lábios, as moças do século XVIII passavam vinagre ou batom carmim nos lábios.

As mulheres arrancavam o excesso de cabelo da cabeça

Ao longo do século XVIII, existiam padrões rígidos de beleza feminina que regulamentavam tudo, desde a figura até o formato das orelhas. Moças com cabeças pequenas e redondas eram consideradas verdadeiramente charmosas. Segundo os padrões, o nariz deveria dividir o rosto exatamente ao meio, e a testa deveria ser branca, lisa e aberta. Se a beleza natural estivesse sendo escondida pelo cabelo, então era preciso se livrar dele.

Que procedimentos cosméticos modernos parecem questionáveis para você?

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