12 Conselhos “preciosos” que talvez seja melhor não dar a novos pais

Psicologia
há 3 anos

Quando uma criança nasce, é normal os pais serem “bombardeados” por uma série de conselhos, alguns deles valiosos, outros sem a menor fundamentação. Vizinhos, parentes e amigos muitas vezes estão dispostos a compartilhar suas experiências e opiniões sobre a melhor forma de educar uma criança. O fato, porém, é que muita gente não percebe que uma determinada forma de tratar uma criança pode não funcionar com outra.

Nós, do Incrível.club, decidimos relembrar 12 conselhos inócuos que muitos pais escutam com frequência. Se conhecer outros para adicionar à lista, aproveite a seção de comentários. Acompanhe!

“Aproveite para dar uma ’geral’ na casa enquanto o bebê está dormindo”

Há crianças com as quais é mais fácil realizar as tarefas domésticas: elas ficam paradas no lugar em que você as deixou brincando com um livro ou com um brinquedo. Outros pequenos, por outro lado, não conseguem sair de perto de seus pais e estão prontos para gritar como uma sirene se a mãe se distrair por um segundo que seja. Muitas vezes, é mais fácil para pais desse último grupo aproveitar o tempo de descanso das crianças para também parar por uns minutos. É importante lembrar, no entanto, que mesmo esses pais se cansam.

“Você precisa comer mais para produzir mais gordura no leite”

Com certa frequência, parentes mais velhos, que são até bem-intencionados, aconselham as jovens mães a comer mais para que o leite materno tenha mais gordura — e depois ainda reclamam que as mães não têm o corpo da Gisele Bündchen. É importante manter um equilíbrio em tudo que se faz. Não é aconselhável comer por duas pessoas se a vontade não for essa, caso contrário, as mudanças físicas poderão gerar muito descontentamento no futuro.

“Ensine seu filho a compartilhar ou ele se tornará uma criança egoísta”

Alguns adultos exigem que suas crianças dividam os brinquedos com os amiguinhos, mas não se dão conta de que podem estar violando o espaço pessoal de seus pequenos. Mas você vê frequentemente adultos compartilhando carros ou notebooks, por exemplo, com desconhecidos só para não se passarem por egoístas? É claro que não, né? Pois é. Por isso, se algo pertence à criança e ela não quiser compartilhar, esse é o direito dela.

“Pare de procrastinar na licença-maternidade. Você tem tanto tempo livre, podia usá-lo para aprender alguma coisa”

Muitas pessoas que nunca passaram pela licença-maternidade pensam que jovens mães têm todo o tempo do mundo, mas não o aproveitam para aprimorar suas habilidades profissionais. Na realidade, essas mães muitas vezes não conseguem nem achar tempo para tomar um café em paz durante os primeiros meses — um período repleto de noites sem dormir, cólicas e dores de dente. É uma pena que pessoas bem-intencionadas, que dão conselhos sobre autodesenvolvimento durante a licença-maternidade, só queiram ajudar com palavras. Afinal, a responsabilidade de cuidar é apenas de quem deu à luz, certo?

“O menino deve ser criado como um cavalheiro. Por isso, deve se submeter às vontades das meninas”

Desde o nascimento, estereótipos sociais ditam que os meninos devem ser verdadeiros “cavalheiros”: não podem chorar e devem sempre ceder o seu lugar (ou diversas outras coisas) às meninas. Talvez essas doutrinas dessem certo se os homens adultos seguissem, de fato, esse comportamento. Mas, não. Os meninos recebem essa orientação, mas, logo depois, veem homens se comportando de forma totalmente diferente.

“Você devia ter mais uma criança para que seu filho tenha com quem brincar”

Às vezes, pessoas fora da família pensam que sabem o que é melhor para os jovens pais. É mais fácil para amigos ou vizinhos dizerem coisas, como “Já está na hora de ter a segunda criança, hein?” Há uma suposição, equivocada, de que crianças que carecem de atenção terão todos seus problemas resolvidos após a chegada de um irmãozinho ou de uma irmãzinha. Embora poucas pessoas sigam, de fato, esse conselho, ele ainda é recorrente e irrita muitos pais.

“Não deixe o bebê se acostumar com o colo”

Bebês choram nos berços, pedindo por colo, não porque estejam tentando manipular os adultos. Esse comportamento é a única maneira que possuem de comunicar suas necessidades ao mundo e pedir ajuda. Ignorar a criança nesse momento para “não acostumá-la ao colo” é, no mínimo, uma estratégia estranha, mas muitas pessoas ainda pensam dessa forma.

“A criança deve comer o que foi dado e pronto”

Se você já provou purê de brócolis, talvez fique mais fácil entender por que nem todos os adultos o comem enquanto alguns bebês podem devorá-lo em minutos. Os gostos alimentares diferem entre as pessoas e isso é perfeitamente normal. É por isso que não há nada de errado em um pequeno se recusar a “encostar” em um mingau se não gostar, por exemplo. Afinal, adultos também se recusam a comer certos pratos de que não gostam.

“Vista algo mais quentinho e tire o chapéu dela”

Não há um conceito universal do que é “quente” e “frio”. A 15 ºC, algumas pessoas usam casacos, outras, moletons, e há aquelas que se sentem confortáveis com apenas uma camiseta. Adultos, em geral, não são alvos de comentários por estar vestindo roupas demais ou de menos, de acordo com o clima. No entanto, diversas pessoas se sentem no direito de dar pitacos sobre como filhos dos outros devem se vestir, como se os conhecessem a fundo.

“O bebê deve dormir no berço”

Até mesmo pessoas com boas intenções podem não aprovar a ideia de um bebê dormir com a mãe na mesma cama, em vez de no berço. Muitas mães se sentem confortáveis com os filhos dormindo sozinhos e tudo bem. Outras, porém, acham mais trabalhoso ter de levantar cinco, seis ou até sete vezes por noite, cada vez que a criança chora e quer comer. Mantê-la ao seu lado, portanto, pode ser mais prático. E também está tudo bem com isso. O que importa mais é o conforto dos pais e a chance de ter uma boa noite de sono.

“É melhor comprar tamanhos maiores para que as roupas durem mais”

Comprar roupas em um tamanho maior não é uma estratégia ruim, considerando que as crianças geralmente crescem muito rápido. No entanto, isso não se aplica muito às peças sazonais, que podem ser grandes demais para uma temporada e pequenas demais para outra. Uma opinião é unânime: os pais querem que seus filhos fiquem confortáveis nas roupas que usam. Por esse motivo, o melhor é deixar os próprios pais escolherem, junto de seus filhos, que peças de vestuário comprar. Se for dar uma peça de presente, pergunte à mãe qual o tamanho.

“Você tinha de ensinar sua criança direito. Nessa idade, ela já devia saber usar o penico, ler livrinhos, etc.”

Comparar a criança com outras, mesmo que a comparação seja com os próprios pais quando tinham a mesma idade, é algo prejudicial. Cada uma se desenvolve no seu devido tempo, e não existe a necessidade de “ganhar” certa habilidade até determinada idade. Aprender a usar o penico cedo não faz de ninguém um gênio. Portanto, não vale a pena forçar a ocorrência de eventos nos pequenos, nem incomodar os pais com tais comentários.

E que conselho “precioso” sobre como criar filhos você já escutou, mas decidiu ignorar? E por quê? Comente!

Comentários

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Vdd, tive muitos problemas em me acustumar a dormir no meu próprio quarto por causa disso

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Devia ter lido isso quando meu filho era criança porque eu tava muito perdida quando meu filho nasceu

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Eu li muita coisa de psicologia pq não queria criar meu filhos da forma traumática que meus pais fizeram

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