10 Mitos sobre a alimentação correta que não ajudam a emagrecer

Saúde
há 1 ano

Se olharmos para a evolução, o ser humano tende a ganhar peso cada vez mais. Isso ocorre porque durante milhares de anos, nossa espécie, o homo sapiens viveu em condições de grande escassez e o organismo era obrigado a aproveitar ao máximo qualquer comida que conseguisse. A partir do momento em que a evolução da agricultura e da pecuária aumentou a oferta de alimentos, não havia mais essa necessidade de o organismo aproveitar cada grama do alimento ingerido e armazená-la em forma de gordura para os tempos difícieis.

Mas aí, já era tarde e nosssos genes estavam programados (como estão até hoje) para fazer do corpo uma ’máquina de eficiente’ no aproveitamento das calorias. Resultado: ficamos gordos.

Por isso, um estilo de vida sedentário e a grande quantidade de alimentos calóricos e ultraprocessados vieram apenas fortalecer essa tendência. É por isso que vemos muita gente brigando com a balança e se metendo nas mais loucas dietas. O que muitas pessoas não sabem é que existem muitos mitos relacionados à alimentação e hoje vamos falar sobre alguns deles.

Quanto mais próximo o índice de massa corporal (IMC) de uma pessoa estiver do normal, maiores serão as possibilidades de que ela possa aproveitar uma vida longa. Portanto, não vale a pena abandonar as tentativas de emagrecer, mas é sempre bom tomar cuidado na hora de começar uma nova dieta. Confira alguns conselhos de “especialistas em alimentação saudável” que é melhor evitar.

Mito N° 1: o açúcar mascavo é mais saudável que o branco

Do ponto de vista calórico, quase não há doferença. Uma colher de açúcar mascavo contém aproximadamente 17 calorias, enquanto que a mesma quantidade do outro açúcar possui 16 calorias.

Todos que seguem uma alimentação saudável têm certeza de que o açúcar mascavo tem mais cálcio, ferro e magnésio, e trazem apenas benefícios ao corpo. Isso não é completamente verdadeiro, já que esses componentes não aparecem em abundância no açúcar, portanto você não vai obter nenhum benefício real para a sua saúde. A grande diferença está no sabor.

Mito N° 2: a aveia é o melhor para comer no café da manhã

Na realidade, a aveia é apenas boa no café da manhã quando pura e sem outros ingredientes. O produto industrializado contém muito carboidrato. Se você acrescentar frutasmel, a quantidade só vai aumentar.

Portanto, se você realmente quer tomar um café da manhã saudável, dedique um pouco de tempo e prepare a sua aveia.

Mito N° 3: todas as hortaliças são saudáveis

Quase todas as dietas ou princípios de alimentação correta afirmam que as verduras são super saudáveis e devem ser consumidas o máximo possível. Cuidado, isso nem sempre é certo. Com frequência não pensamos onde e como essas verduras foram cultivadas. Muitas delas, como se sabe, contêm pesticidas.

Algumas hortaliças (sejam elas orgânicas ou não) também podem aumentar significativamente o nível de açúcar no sangue de uma pessoa. Isso depende das características do corpo de cada um. Algumas pessoas não podem comer batatas, outras não podem comer tomates.

Mito N° 4: café ajuda o corpo a se manter ativo o dia todo

O nível de atividade após um café depende da dose ingerida. Em média, a cafeína precisa de 15 a 45 minutos para se espalhar pelo sangue e ativar o corpo. Durante as seguintes 5-6 horas o efeito vai diminuindo. Portanto, se você tomar um café às 8h, às 14h vai se sentir menos ativo.

O café provoca um aumento brusco de açúcar no sangue, o que costuma causar uma sensação de energia. À medida que o nível de glicose diminui, a ’bateria’ novamente se descarrega. Portanto, a bebida não ajuda o corpo a se manter ativo o dia todo.

Mas isso não significa que o açúcar não cause efeitos positivos no corpo.

Mito N° 5: não devemos fritar alimentos em azeite de oliva

Uma das razões que leva as pessoas a não usarem azeite de oliva para fritar alimentos é o tempo. As pessoas acham que os produtos não terão tempo para cozinhar, já que o azeite queima antes. Isso é apenas um mito. Isso acontece a aproximadamente 190° C. Ou seja, uma temperatura suficiente para preparar qualquer tipo de alimento.

E sim, o azeite de oliva é realmente bom para a saúde, mas não tanto quanto algumas pessoas querem acreditar. Ele contém vitamina K, ferro, potássio, cálcio e sódio, mas em quantidades muito pequenas para oferecer benefícios ao corpo.

Mito N° 6: o sal marinho é melhor que o tradicional

Você já deve ter ouvido mais de uma vez que o sal marinho é mais saudável que o normal. Na realidade, isso não é completamente certo. As duas variedades são retiradas de depósitos salinos no mar, mas a segunda é moída e limpa de impurezas, enquanto que a primeira conserva uma parte de seus microelementos.

Mas não se esqueça de que o sal com frequência é acrescido de iodo (40 ± 15 mg / kg), cuja falta pode causar sérios problemas de saúde. O sal marinho, além das impurezas ’boas’ (inclusive o iodo: 0,7 mg / kg), pode conter também substâncias que fazem mal, como metais pesados. Não obstante, a quantidade de elementos é muito pequena a ponto de afetar a saúde de alguma maneira.

Mito N° 7: produtos lácteos com muita gordura são perigosos para o coração e podem levar à obesidade

Os produtos lácteos e gordurosos contêm gorduras saturadas, o que significa muitas calorias. Por isso, todas as pessoas que querem perder peso optam por produtos desnatados. Além disso, as pessoas dizem que o leite integral e o requeijão são também responsáveis por causar problemas cardiovasculares.

Contudo, cientistas chegaram à conclusão de que isso não é verdade. O consumo de produtos lácteos integrais não está relacionado com um maior risco de desenvolver doenças do coração; eles inclusive diminuem o risco de uma pessoa sofrer de obesidade.

Nos países onde as vacas se alimentam de pasto (caso de boa parte dos produtores aqui do Brasil), consumir leite integral ajuda a reduzir o risco do surgimento de doenças cardíacas em 69%.

Mito N° 8: todas as calorias são iguais

Na realidade, as calorias do chocolate são diferentes das calorias da couve, por exemplo, porque elas seguem caminhos metabólicos diferentes e têm um efeito direto sobre a queima de gordura, assim como os hormônios e os centros cerebrais que regulam o apetite.

Por exemplo, uma dieta rica em proteínas pode aumentar a taxa do metabolismo de 80-100 calorias por dia e reduzir significativamente o apetite. Isso apenas confirma que nem todas as calorias são iguais.

Mito N° 9: comer à noite faz mal

Na realidade, isso não é verdade. Não é tão importante o momento do dia em que você vai consumir as calorias, o que importa é a sua quantidade e, como vimos antes, a sua qualidade. Isso foi demonstrado por cientistas dos Estados Unidos com o exemplo dos macacos Rhesus. Eles descobriram que os que comem durante a noite não ganharam peso mais rapidamente do que os outros aniamis.

Mais uma vez o princípio de ’gastar mais do que consumir’ se torna relevante.

Mito N° 10: existem dietas que não funcionam

Em geral, as dietas costumam funcionar com base em uma diminuição das calorias. Isso mostra que nem sempre o que importa é o tipo de produto, mas as calorias. Algumas dietas evitam os produtos gordurosos, outras os carboidratos, e algumas até mesmo as proteínas. De qualquer maneira, se você seguir uma dieta com rigidez, é muito provável que emagreça. Mas, se depois disso, voltar aos seus hábitos de antes, os quilos voltarão a aparecer.

Portanto, não é justo dizer que algumas dietas não funcionam. A verdade é que todas elas são efetivas do se jeito, mas, pare manter os bons resultados, é preciso que a pessoa continue se esforçando. É por isso que muitos especialistas recomendam não buscar apenas uma dieta, mas manter uma alimentação equilibrada e adequada para você.

Que outros mitos sobre alimentação você conhece? Compartilhe nos comentários.

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