17 Histórias sobre pessoas que quebraram todos os padrões

Certamente, um filme não precisa ganhar um prêmio Oscar de Melhor Figurino para que os trajes e acessórios de seus personagens fiquem gravados na memória dos espectadores. Até porque, frequentemente, a vestimenta dos heróis é pensada até os mínimos detalhes pelos figurinistas para poder expressar a personalidade e a história de cada um deles. No entanto, acontece também de às vezes a principal característica de um figurino acabar sendo resultado de simples circunstâncias inesperadas durante o processo de produção.
Nós, do Incrível.club, selecionamos 10 figurinos de filmes considerados cult, cuja criação demandou toda a engenhosidade dos figurinistas, e estamos prontos para compartilhá-los com você. Confira!
Em O Show de Truman — O Show da Vida, as senhorinhas fãs de Truman aparecem vestidas com a mesma camisola que Meryl, a esposa do protagonista. Com isso, os figurinistas provavelmente quiseram enfatizar a grande capacidade de publicidade do programa, de forma que tudo que é exibido nele pode ser facilmente comprado pelos espectadores.
No filme Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge, Bruce Wayne deliberadamente não usa máscara durante a cena do baile de máscaras. Isso se deve ao fato de que o personagem considera o Batman a sua verdadeira identidade e Bruce Wayne apenas como um disfarce público. E é por isso que quando Selina lhe pergunta de quem ele estava fantasiado, o herói responde: “Bruce Wayne, excêntrico bilionário”.
Em O Fantasma da Ópera, a personagem Christine usa o mesmo penteado e os mesmos adereços no cabelo que a imperatriz consorte da Áustria Sissi utiliza em seu retrato mais famoso. E o vestido da heroína também se assemelha ao usado pela imperatriz.
Na verdade, isso é uma prática comum entre os figurinistas. Ao preparar figurinos para filmes que se passam em épocas remotas, eles frequentemente copiam as vestimentas de personalidades e quadros famosos de antigamente. E um exemplo disso é que a imperatriz Sissi viveu aproximadamente no mesmo período em que as ações do romance O Fantasma da Ópera aconteceram.
Você sabia que em Moulin Rouge — Amor em Vermelho Nicole Kidman teve de usar uma peruca para dar vida a Satine? Na verdade, naquela época, estava na moda ter cabelos ondulados, e para conseguir esse efeito de forma duradoura, as mulheres costumavam usar apliques. Fora isso, preste atenção na forma como as sobrancelhas da personagem foram desenhadas e no efeito matte impecável de sua maquiagem, que viria a se tornar moda apenas no início do século XX. O interessante aqui é notar que os acontecimentos do longa se desenrolam em 1899.
Interpretar o pirata caolho na franquia Piratas do Caribe não foi uma tarefa nada simples para Mackenzie Crook. Para simular a ausência de um dos olhos, o ator teve de usar duas lentes de contato sobrepostas durante todo o período das gravações. “É desconfortável, mas não chega a ser doloroso. E isso ajuda o personagem a se destacar, porque sem esse detalhe ele seria como qualquer outro pirata”, revelou Crook.
No final do filme A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça (1999), de Tim Burton, a personagem Katrina, interpretada por Christina Ricci, usa um vestido que lembra bastante o figurino clássico do famoso fantasma Beetlejuice. Talvez isso seja uma referência ao longa Os Fantasmas se Divertem de 1988, que também foi produzido por Tim Burton.
No filme De Volta para o Futuro, Marty McFly usa um broche diferente, que, curiosamente, apresenta o logotipo de uma exposição de arte e design soviética. Essa exposição se chamou “Arte em Revolução” e aconteceu na Hayward Gallery, em Londres, de fevereiro a abril de 1971.
O fato é que, naquela época, muitos diretores de cinema, incluindo Steven Spielberg (que era produtor executivo em De Volta para o Futuro) e George Lucas, respeitavam muito a liberdade de expressão artística que existia no cinema soviético. Certamente, com esse broche, a produção quis demonstrar o que não podia falar diretamente, uma vez que frequentemente era submetida a constrangimentos e limitações artísticas pelos estúdios de cinema que só visavam a rentabilidade financeira de seus projetos cinematográficos.
Em Enola Holmes, na cena em que a personagem de Helena Bonham Carter se despede, ela está vestindo um blazer com estampa de amores-perfeitos. Na Era Vitoriana, essa flor era frequentemente associada ao amor.
Em Pulp Fiction: Tempo de Violência, a personagem Mia, interpretada por Uma Thurman, veste calças que são muito curtas. Isso foi feito deliberadamente para que a produção pudesse se manter dentro do orçamento planejado. Todas as calças pretas que a figurinista gostava e que cabiam no orçamento, simplesmente não eram compatíveis com a altura de Uma. Então, foi decidido encurtar ainda mais o comprimento das peças, embora as calças capri não estivessem mais na moda na época. No entanto, depois do lançamento do filme, esse estilo acabou voltando ao gosto popular.
Você costuma prestar atenção no figurino dos filmes? Tem algum preferido ou já tentou provar alguma peça de roupa que viu no cinema? Conte para a gente na seção de comentários.