Famoso comediante faz apenas 2 perguntas e destrói 17 mil casais

Psicologia
há 5 anos

Um comediante escocês chamado Daniel Sloss fez uma apresentação bem inusitada: toda 1 hora de seu discurso inesperado e verdadeiramente filosófico foi dedicada a um único pensamento, que resultou no rompimento de milhares de relacionamentos.

Como o próprio autor declarou, seu raciocínio não teria efeito sobre o amor verdadeiro. Mas se uma pessoa se encontrava entre as 80% daquelas que estavam realmente equivocadas em seu relacionamento atual, definitivamente deveria responder as questões que foram formuladas naquele monólogo.

Após a ressonância sem precedentes que sua performance causou, Daniel começou a fazer uma espécie de recontagem da quantidade de pessoas que tinham tido seu relacionamento destruído ou conseguiram salvar sua união ou destino, como cada uma queira chamar. Recentemente, esse número chegou 17 mil. “Um resultado impressionante”, pensou o Incrível.club, que decidiu contar do que se trata o quanto antes.

Em seu discurso, Daniel reflete sobre o estigma da solidão. O comediante destaca que todo mundo cresce com este estigma instalado na mente desde a infância, citando como exemplo as palavras de seu pai, que uma vez explicou o significado da vida da seguinte bela maneira a Daniel, com então 7 anos de idade na época:

“Bem, meu amigo. Imagine que a vida de cada pessoa é um quebra-cabeça. Ao longo da vida, nós montamos esse quebra-cabeça devagar, peça por peça, dependendo da experiência e das lições aprendidas, até obter a melhor versão. Mas o fato é que todos nós perdemos a caixa do quebra-cabeça. Ninguém sabe qual será o resultado final e seguimos ao acaso. E a melhor maneira de construir a imagem sem a caixa é começar do lado de fora, das 4 bordas externas. A primeira é a família, a segunda são os amigos, a terceira são os hobbies e a quarta é o trabalho. Mas as condições mudam com o tempo: às vezes você faz novos amigos e perde o contato com os antigos. Às vezes o trabalho esmaga o hobby e você precisa decidir o que prefere, movendo algumas peças. Por vezes, um membro da família pode morrer, deixando um buraco em sua vida e você deve fechar a lacuna, caso contrário, o quebra-cabeça ficará incompleto. E no meio está o lugar da sua cara metade. Em algum momento, uma estranha perfeita vai complementar sua vida, isso fará com que você se sinta inteiro, como sua mãe fez comigo”.

Em seguida, o comediante refletiu sobre o fato de que esse raciocínio aparentemente doce, juntamente com a cultura moderna, leva os jovens de 19 a 20 anos muitas vezes a “escolher a pessoa errada e tentar teimosamente colocar essa peça do quebra-cabeça errada em sua imagem”.

E tudo por causa do fato de que a maioria, de acordo com Daniel, não entende que todas as outras pessoas também são personalidades profundas, complexas e autossuficientes. Elas também passam anos montando seus próprios quebra-cabeças. Elas não abandonarão seu quadro para se encaixar em outro. “Você mesmo ficaria com raiva, se pedissem isso para você. Mas, como gostam um do outro, devem montar o quebra-cabeça juntos. E todos nós sabemos como isso pode ser frustrante. Mas fazem assim mesmo motivados pelo amor e interesse. E talvez por um par de anos as coisas fiquem bem: uma parte de mim está no quebra-cabeça de outra pessoa, uma parte sua está no meu. Mas o tempo não é uma garantia de sucesso. Você pode passar 2, 5 anos com alguém e de repente olhar para o quebra-cabeça e entender que vocês estão montando um conjunto de imagens diferentes. E nesse momento você precisa se fazer 2 perguntas muito difíceis. Primeira: Eu reconheço que passei esses 5 anos em vão? Segunda: estou disposto a gastar em vão o resto da minha vida também?”, conclui Daniel.

No final do monólogo, o espectador entende que o pai do comediante tinha cometido um erro com a parte central do quebra-cabeça, porque ali deveria estar a felicidade, não o amor; só que no caso dele esses 2 conceitos coincidiram. O próprio Daniel conclui que não é necessário imitar o modelo social dos relacionamentos obrigatórios, mudando a si mesmo, argumentando assim: “Se uma pessoa não me ama com meus defeitos, significa que não me ama como um todo: está apaixonada por uma ideia de mim, falsificada em sua cabeça. Não tenho culpa, se eu não atendo às suas expectativas”.

Mas não entre em pânico! Ao mesmo tempo, Daniel pontua:

“Se você está em um relacionamento onde você e sua cara metade são felizes, maravilha! Mas se você se sente desconfortável com as perguntas que formulei, é porque está com medo das respostas. Afinal, a pior coisa que você pode fazer com uma vida é gastá-la com a pessoa errada. Neste mundo existem 7,5 bilhões de pessoas e você encontrou sua alma gêmea a 30 km de distância de sua casa. Que coincidência! Ao mesmo tempo, eu não digo que o amor é impossível de encontrar. Apenas que, a julgar pelas estatísticas, você não o encontrou. Estou convencido de que 80% dos relacionamentos no mundo são uma mentira. Muitas pessoas não conseguem ficar sozinhas, ou seja, não aprenderam a se amar e simplesmente contrataram outra pessoa para cumprir esse papel”.

Como resultado, a apresentação de 1 hora de um stand-up aparentemente comum teve um efeito verdadeiramente terapêutico. Muitas pessoas decidiram terminar seu relacionamento e agradeceram Daniel, marcando-o no Twitter. Se este homem assumiu um papel muito ousado, é algo que você decide. Mas vale a pena ver o monólogo, mas não pelo fato de ser uma abordagem completamente nova para o gênero stand-up.

  • Assista a apresentação oficial no Netflix aqui. Salve o link!

Cuidado: o vídeo contém linguagem imprópria.

Imagem de capa Netflix

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