8 Formas de estimular a inteligência de seu filho (e algumas características de crianças superdotadas)

Psicologia
há 1 ano

Fundado em 1971, o Estudo de Jovens Matematicamente Precoces (SMPY, na sigla em inglês), acompanha há quase 50 anos a trajetória de mais de cinco mil crianças superdotadas, incluindo nomes como Mark Zuckerberg, CEO do Facebook. Os resultados desse estudo sugerem que é importante começar a desenvolver as habilidades das crianças desde cedo, mas sem realizar cobranças excessivas para transformá-las em “gênios”. Em 2016, a revista Nature analisou o SMPY e divulgou dicas que podem ajudar pais e educadores a descobrir e a nutrir o talento das crianças.

Incrível.club reuniu essas dicas e trouxe outros estudos que complementam esse assunto. Ao final do post, um bônus espera por você. Confira!

1. Exponha as crianças a diversas experiências

A variedade de experiências pode ajudar a desenvolver uma autoestima positiva na criança. Desde cedo, as crianças necessitam estar expostas à situações desafiantes, estimulantes e interessantes que as ensinem a entender os próprios erros e as formas de resolvê-los. Por exemplo: se a criança não tira uma boa nota em uma matéria escolar, motive-a a estudar mais e a se superar em um próximo teste. Uma criança satisfeita consigo mesma estará mais disposta a assumir novos desafios e a não desistir deles.

2. Ofereça oportunidades para desenvolver os interesses ou talentos

O ideal é que as “sementes” do talento das crianças sejam plantadas e nutridas em casa. Para identificar um talento natural, os pais podem observar como é o desempenho da criança em diferentes atividades ou brincadeiras.

Identificar o talento natural de uma criança para algo é apenas o começo. Ela necessita desenvolvê-lo. Ainda no berço, os bebês podem ter sua atenção estimulada, quando alguém aponta a figura de um livro para eles, por exemplo. À medida que crescem, a música, a leitura e a matemática podem ser introduzidas em seu dia a dia de forma lúdica.

Os pais não podem forçar as crianças a ser o que elas não são. Segundo especialistas, as crianças devem conduzir o próprio “trem de talentos”, enquanto os pais as ajudam a manter o trem nos trilhos.

Na foto acima, está Ryuju Okada. Ele é um exemplo claro de que desenvolver o talento natural produz bons resultados. Ao participar do quadro Pequenos Gênios do Caldeirão do Huck em maio de 2020 , surpreendeu muitas pessoas com a sua habilidade com números. Para chegar a esse patamar, Ryuju treinou (e ainda treina) o Soroban, ábaco japonês, para realizar cálculos.

3. Apoie as necessidades intelectuais e emocionais

Sempre que possível, apresente novidades às crianças. Logo nos primeiros meses de vida, elas já demonstram o quanto são interessadas em objetos não familiares. Para se ter um exemplo, um dos motivos de um bebê apontar para algo, é para sinalizar curiosidade, como se dissesse: “Eu quero saber sobre isso — o que é?”

Sejam perguntas simples ou complexas, é importante que os pais das crianças estejam dispostos a respondê-las, assim como propor novos questionamentos. Quanto mais a criança pergunta ou responde, mais informações ela absorve. Os pequenos se sentem ainda mais motivados a aprender quando seus esforços são convertidos em atenção e carinho dos pais.

4. Elogie o esforço, não o talento

Se necessário, ajude a criança a reformular a maneira como ela lida com os desafios. Uma criança que se considera “ruim em matemática” acredita que essa habilidade não pode ser melhorada com o tempo. Nesse caso, é importante que os pais a auxiliem a encontrar novas estratégias para que ela possa seguir e melhorar nisso.

Por outro lado, quando os pais dizem que o filho é “bom em matemática”, faz parecer que ele é limitado a “saber matemática”, apenas isso. Assim, mais valioso do que elogiar a inteligência ou o talento da criança, é elogiar o esforço dela, com frases do tipo: “estou impressionado com o quanto você trabalhou para tirar uma boa nota”.

5. Incentive a criança a aprender com os erros

Cometer erros faz parte de como a criança é desafiada a aprender as coisas de uma forma diferente, motivando-a a tentar novas abordagens. Apesar desse “lado bom” em errar, muitas crianças entendem seus erros como fracassos. Em casa, os pais podem ajudar os filhos a encarar os erros: orientando-os a assumi-los e a como lidar melhor com os impactos deles.

Os resultados de uma pesquisa reforçam a necessidade de preparar as crianças para os erros no aprendizado e também complementam o assunto do tópico anterior ao relacionar os erros com elogios.

Carol Dweck, professora da Universidade de Stanford, aplicou um teste bem difícil para dois grupos de alunos. Aqueles que foram elogiados por sua inteligência, ficaram desanimados e perceberam os erros como fracasso. Enquanto os outros que foram elogiados por seu esforço, se dedicaram mais intensamente ao teste, mesmo cometendo vários erros.

6. Cuidado com os rótulos

Segundo especialista em psicologia, rotular as crianças como “talentosas” gera uma pressão desnecessária sobre elas. Outra palavra a ser evitada, é dizer que a criança tem “potencial”.

Se o seu filho é talentoso para algo, é importante que ele entenda que isso é apenas o ponto de partida. E que para realizar plenamente suas habilidades, ele precisará trabalhar duro. É realmente ruim quando uma criança diz que conseguiu uma boa nota sem estudar, apenas por ser “naturalmente inteligente”. No futuro, ela poderá acreditar que terá sucesso sem esforço, gerando frustrações. Do mesmo modo, quando são rotuladas como tendo “potencial”, elas são informadas que têm algo que talvez não tenham e que existem expectativas que talvez elas não possam atender.

7. Trabalhe com os professores para atender às necessidades de seu filho

Ao fazer uma parceria com os professores, aumentam-se as chances de os pais entenderem melhor as dificuldades, os interesses e talentos de seus filhos. O compartilhamento de informações entre pais e professores permite encontrar várias maneiras de desenvolver o aprendizado de seus filhos em casa e na escola. Por exemplo: seu filho tem dificuldades com a escrita, mas é apaixonado por videogames. Nesse caso, o professor poderá propor uma redação com esse tema. Para alunos com altas habilidades, os professores podem preparar um material mais desafiador, fornecer apoio extra ou permitir que eles aprendam no próprio ritmo.

8. Teste as habilidades

Desde cedo, é útil identificar os pontos fortes e fracos de seus filhos. Isso pode ajudá-lo a encontrar estratégias específicas de aprendizagem e “revelar problemas como dislexia, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade ou desafios sociais e emocionais”, aponta estudo.

Bônus: características comuns em crianças superdotadas

Mas como identificar se o seu filho é superdotado (alto habilidoso)? De acordo com a sociedade de alto QI, Mensa, uma criança superdotada pode exibir alguns ou muitos destes comportamentos:

  • Uma memória incomum;
  • Avanço rápido no aprendizado;
  • Leitura precoce;
  • Passatempos ou interesses incomuns ou um conhecimento profundo de determinados assuntos;
  • Consciência de eventos mundiais;
  • Estabelece a si mesmo padrões altos;
  • Prefere passar tempo com adultos ou em atividades solitárias;
  • Adora conversar;
  • Faz perguntas o tempo todo;
  • Aprende facilmente;
  • Senso de humor desenvolvido;
  • Musical;
  • Gosta de estar no controle;
  • Cria regras adicionais para jogos.

Como você faz para estimular a inteligência de seu filho? O que mais adicionaria a essa lista? Conte para nós!

Comentários

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Muito bom artigo. Melhores ainda são as DICAS DE FILMES mostrados para ilustrar as "8 formas". Só não vi ainda o "riquinho". Agora vou ter que ver.

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