A história da jornalista que sofreu por 15 anos até ser diagnosticada com endometriose

Mulher
há 1 ano

Sensibilidade aflorada e vontade de comer doces são sentimentos comuns para as mulheres durante o período menstrual. Mas para cerca de 10% das brasileiras esse momento é um tormento: cólicas intensas, dores no abdômen, durante as relações, na ida ao banheiro e infertilidade. A endometriose, apesar de benigna, ainda representa um desafio para a população médica.

Incrível.club trouxe a história real da Karoline Gomes, uma jornalista que demorou 15 anos para descobrir sua doença. Acompanhe.

Como tudo começou

Logo em sua primeira menstruação, aos 9 anos, Karoline já apresentou cólicas intensas. Os médicos acreditavam que ter cólica é normal e sempre indicavam remédios para dor. Como não resolvia o problema, propuseram então que ela se medicasse com anticoncepcionais, prometendo assim controlar as dores.

No começo a medicação até fez algum efeito, mas logo parou. À procura de um diagnóstico, Karoline se mudou e começou a realizar uma série de exames. Ela precisava de alguém que não os visse como simples exames de rotina.

Imagem cedida por Karoline Gomes ao Incrível.club

Um de seus maiores desafios era convencer os médicos, que sempre atendiam em consultas rápidas, a intensidade de sua dor. Tinha que descrever todo seu histórico e cada detalhe das crises.

Por que é bom que mulheres sejam unidas

Durante essa saga, Karoline viu esperança durante uma conversa com suas amigas. Uma delas comentou que uma outra amiga havia sido diagnosticada com endometriose e os sintomas eram semelhantes ao dela. Então ela voltou ao consultório, contou sua suspeita e começou a fazer exames mais específicos. E foi assim que encontraram seu diagnóstico: Karoline tinha endometriose.

Com o diagnóstico ela teve certeza de que não era louca, pois sempre soube o que sentia. Depois disso precisou operar e consentiu a seu médico que se fosse necessário ele poderia remover suas trompas e seu útero.

Após uma perfuração no intestino ela precisou ir para a cirurgia e teve as duas trompas e parte do intestino e da bexiga removidos. Algumas complicações que ela passou poderiam ter sido evitadas — e isso a irritou demais.

Imagem cedida por Karoline Gomes ao Incrível.club

O primeiro cirurgião que a atendeu acreditava que ela era muito jovem para ficar infértil, e por causa disso ela acabou precisando de outra cirurgia.

“Tudo pela possibilidade de que, um dia, eu quisesse ter um bebê. Mas esse bebê não existe. Quem existe neste momento sou eu, e eu estou sentindo dor”.
Karoline

Após essa longa jornada, Karoline decidiu criar uma rede de apoio para mulheres. Através de um grupo no Facebook, ela criou o “Endomapa”. Aquelas que participam do grupam compartilham indicações de médicos do SUS ou até mesmo alguma dificuldade que tenham passado.

E você, conhece alguém que tenha passado por uma situação semelhante?

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Imagem de capa karolinegms/ Instagram

Comentários

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Nossa, achei q ela pensou muito certo!

O médico poderia ter evitado todo esse estresse se tivesse dado a opção da cirurgia antes. Olha o estresse e todo o risco q ele fez ela passar

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Eu ouvi falar q p escolher tirar o útero a mulher precisa de autorização do marido (???????)

pq ela tem q ter autorização p decidir sobre o próprio corpo??

se um homem quiser fazer vasectomia ele não precisa de autorização de ngm

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nossa q triste. mas ainda bem q ela conseguiu,ne?

parabens por ter criado essa rede ❤️

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Fico feliz que ela esteja bem e tudo tenha dado certo, as vezes desafios acontefem em nossa vida não por acaso DEUS permite estes tipos de situações para que se abram portas para outras pessoas e foi o wue ela fez, criando esta rede. Parabéns pela iniciativa ?????

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