“Em algum momento eu não vou acordar exausta, pensando ’hoje eu não consigo?’” desabafa Thaila Ayala sobre conciliar rotina e maternidade

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há 1 ano

Conciliar o ofício da maternidade com a carreira profissional é um desafio que muitas mulheres têm no cotidiano, inclusive as famosas. Isso não quer dizer, no entanto, que esse seja um processo fácil. A atriz Thaila Ayala, que tem um extenso e glorioso currículo na teledramaturgia, comumente utiliza as redes sociais para abordar o tema e contar como a maternidade, apesar de ser difícil, precisa ser administrada junto ao trabalho para que ela não só se sinta feliz, mas também completa.

Pensando nisso, hoje o Incrível.club trouxe a perspectiva da atriz sobre essa questão que é, ou já foi, presente na vida de muitas mamães. E mostra que elas não estão sozinhas! Confira abaixo!

Thaila Ayala construiu uma linda família, mas ser mãe nem sempre estava em seus planos

Apesar de ter começado a carreira como modelo, Thaila Ayala também possui um longo currículo na atuação. Quem não se lembra da icônica protagonista Marcela, de Malhação? Cheia de personalidade, a personagem parecia já mostrar a força e sabedoria que, na verdade, eram também características da atriz que lhe dava vida em frente às telas.

Foi em 2019 que se casou com Renato Goés, o pai do seu filho, que nasceu em dezembro de 2021 — e, apesar de formarem uma linda família e notoriamente estarem cheios de amor, a maternidade nem sempre fora um plano da atriz, que se via assustada somente com a possibilidade: “Eu que nunca pensei em ser mãe, eu que tinha pavor só de imaginar perder a minha ’liberdade’. Ter alguém dependendo de mim, eu que saí de casa com 15 anos e conquistei minha independência tão cedo...Eu me tremia só de pensar”.

As mudanças significativas que a gestação trouxe para a sua vida

Thaila também não faz questão de esconder que a maternidade, desde o período gestacional, não fora nada fácil: “(...) Tantas mudanças, e em todos os setores e lugares da vida, físico, psicológico, emocionais”. E fala ainda abertamente sobre como todas essas transformações impactaram diretamente na sua vida pessoal e profissional.

“Eu tive uma gravidez que não foi nada fácil, embora muitos dissessem ser o melhor momento de uma mulher. Tive todos os sintomas, dores, dificuldades e culpa, muita culpa. Não consegui ter relação nenhuma com a barriga, não sentia nada, nada mesmo. Pelo contrário, senti tanta dor, passei tão mal que não tinha sentimentos bons, e o medo me aprisionava, medo de não ser boa o suficiente, medo de tudo!” E ao contrário do que se costuma acreditar, as mudanças que acontecem durante a gravidez nem sempre são tão sutis e tênues — esse ciclo, na verdade, pode ser bastante complicado.

Os meses seguintes ao nascimento não foram menos complicados

Quando Francisco tinha cerca de 6 meses de vida, a mamãe de primeira viagem desabafou nas redes sociais sobre o quão cansativa era a rotina nessa etapa em que o bebê é tão dependente: “E aí, mães do meu Brasil, em algum momento a exaustão passa? Em algum momento eu não vou acordar destruída, muito exausta, pensando ’não consigo, hoje eu não consigo?’ Eu só queria energia para conseguir fazer 10% das coisas que eu preciso, sabe?”

Contudo, uma forte rede de apoio de outras famosas fora criada, nos comentários da postagem em questão, para mostrar à Ayala que ela não estava só: “Respira e olha pro céu, porque demora mais alguns anos, mas o tempo sempre vai ser curto, em compensação, o amor só aumenta” comentou Débora Nascimento, enquanto Giovanna Ewbank reiterou: “Não, baby... Vai ser sempre assim, mas a gente vai se acostumando, tudo vai entrando nos eixos, e quando você perceber tudo vai estar fluindo”.

A conciliação entre maternidade, trabalho e a autossuficiência

Com o tempo, todavia, a necessidade de voltar à rotina foi chegando e com isso, fez-se fundamental encontrar um ponto de encontro entre a maternidade e o trabalho. A atriz conta que, por ter trabalhado muito em casa, a dinâmica ficou mais “fácil”: “Tanto o trabalho quanto a maternidade fazem parte de mim, preciso das duas coisas para ser feliz e realizada. Então, para mim é natural tentar achar um ponto de equilíbrio entre essas e as outras coisas que me fazem ser quem eu sou”.

Contudo, reitera que isso não diminui a “culpa” e a pressão social que muitas vezes sente diante da situação: “Querem o tempo todo dizer como devemos ser mães. Delegar essa função apenas à mãe é a receita para que ela se sinta culpada: seja por achar que não está dando conta, ou por se sentir frustrada porque queria conciliar maternidade e trabalho.”

O trabalho da atriz para dar voz a outras mulheres que passam ou passaram pelo mesmo

Sabendo que essa é a realidade de muitas mulheres, que nem sempre conseguem expressar a importância de ter um olhar mais atencioso para o tema, Thaila fundou, junto com a sua amiga Julia Faria, o “MIL E UMA TRETAS”, um projeto para trocar experiências com suas seguidores e mostrá-las o quanto “dividir e ser acolhida” pode tornar o processo da maternidade mais fácil.

“Embora hoje eu saiba que gravidez é a vivência mais única e particular que uma pessoa pode ter, ter sofrido de uma doença que é tão pouco abraçada na gravidez só deixou ainda mais solitário o que já é extremamente só. Dividir e ser acolhida, foi fundamental para o meu processo. Ouvir e ser ouvida, sem julgamentos e sim, empatia. E por essa e todas as trocas fundamentais que nasceu o ’MIL E UMA TRETAS’. Com a ideia de ouvir, dividir e acolher.” Uma iniciativa muito bacana, certo?

“Você me deu a Thaila que eu sempre procurei” Apesar de todas as dificuldades, o amor é a recompensa imensurável da experiência

Apesar de todas as dificuldades, a atriz deixa claro que o amor que sente pelo Francisco é tão forte, que chega a ser um reencontro de si, consigo, ou em suas próprias palavras: “O que eu não sabia é que eu tinha medo era desse amor que eu desconhecia, amor que transborda, transforma e move. Não sabia o quão todo esse mundão fica tão pequenininho perto dos seus olhinhos que enxerga a minha alma nua e crua. (...) A maior transformação, o maior amor do mundo em você meu presente divino.”

complementa: “Meu Pai fomos pro quarto e eu só pude te olhar nos olhos, te enxergar e ali e ali eu me encontrei, VOCÊ ME DEU A THAILA que eu sempre procurei, você é simplesmente tudo que eu sempre precisei, eu não tenho palavras pra descrever o que acontece dentro do meu peito quando te olho, me dói, me dá falta de ar, me dá borboletas no estômago, minha alma está preenchida! Te amo Chico!”. E, mesmo que hajam inúmeros apuros durante a maternidade, que cada vez mais precisam ser discutidos, também não restam dúvidas de que a conexão entre uma mãe e seu filho não encontra limites, e rompe barreiras inimagináveis — não é mesmo?

Agora, nós queremos te ouvir! Como você faz ou fazia para lidar com todas as demandas da rotina durante a maternidade? Conte para nós nos comentários!

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