Se você vir estas flores no oceano, saia da água

Curiosidades
há 7 meses

Olá, ilustre convidado! Seja bem-vindo ao Aquário Incrível! Aqui, você poderá ver as criaturas marinhas e oceânicas mais perigosas. Mas não deixe o que eu disse confundi-lo! É bem possível que você se depare com um desses animais subaquáticos durante uma caminhada na praia! Então, dê uma olhada neles com cuidado agora e assim evite um desastre!

Isso é um peixe ou uma pedra? O que você está vendo é comumente conhecido como peixe-pedra, mas um de seus nomes mais sofisticados é “Synanceia verrucosa”. Se você gosta de mergulhar e observar o mundo subaquático, talvez já tenha se deparado com um sem perceber. A aparência dele torna quase impossível distingui-lo de uma pedra real devido à sua coloração cinza e aparência manchada. Especialmente se você estiver usando óculos de mergulho embaçados... Então, é melhor prestar atenção porque, caso contrário, as consequências podem ser infelizes, já que este é o peixe mais venenoso conhecido.

Embora alguns tipos de peixes-pedra sejam conhecidos por viver em rios, a maioria é encontrada em recifes de corais próximos aos oceanos Pacífico e Índico tropicais. Eles projetam seus espinhos dorsais em forma de agulha quando são perturbados ou ameaçados e injetam o veneno que contêm. A razão mais comum pela qual ocorrem picadas é quando nadadores pisam neles sem perceber. No entanto, não é preciso estar submerso para ser picado. Como eles podem sobreviver fora da água por até vinte e quatro horas, também é necessário prestar atenção onde se pisa na praia.

Aqueles que foram picados por peixes-pedra descrevem a experiência como extremamente angustiante. O veneno pode resultar em infecção e, em alguns casos, choque e paralisia. Isso pode ser um pouco assustador, mas, apesar de sua má reputação, o peixe-pedra é comestível se for preparado adequadamente. Quando ele é aquecido, o veneno se decompõe. E se as barbatanas dorsais, que são a principal fonte de veneno, forem removidas, o peixe-pedra cru também é servido como sashimi.

Esta criatura pode parecer saída de um filme de ficção científica, mas ela é muito real! Diga olá ao polvo-de-anel-azul! Não se deixe enganar por seu pequeno tamanho, que pode variar entre 12 a 20 centímetros, incluindo os braços, pois ele é cheio de veneno para causar grandes danos a até vinte e seis pessoas em minutos! Assim como os peixes-pedra, os polvos-de-anéis-azuis são encontrados nos oceanos Pacífico e Índico, do Japão até a Austrália. Eles normalmente vivem em recifes de corais e áreas rochosas do fundo do mar. Alguns também podem ser encontrados em poças de maré, ervas marinhas e leitos de algas.

Os polvos-de-anéis-azuis não são agressivos por natureza. Quando não estão em busca de comida, como caranguejos e camarões, ou em busca de um par, muitas vezes se escondem em detritos marinhos, conchas ou fendas. Somente se forem provocados, encurralados ou tocados é que se tornam perigosos para os humanos. Quando ameaçados, adquirem a cor amarelo-brilhante e os anéis azuis cintilantes aparecem por todo o corpo, como uma exibição de alerta para os predadores em potencial. Suas mordidas geralmente passam despercebidas, então pode ser tarde demais quando se nota uma. O veneno pode causar tonturas e perda de sentidos e de habilidades motoras até, finalmente, paralisia. Portanto, é melhor cuidar onde pôr as mãos e recuar rapidamente se vir um.

Não, não é um buquê de flores... Então, não tente pegar e cheirar uma dessas coisas rosas parecidas com tubos...! O que está diante de seus olhos é um animal marinho chamado ouriço-flor, que pode parecer lindo, mas não se deixe enganar pela aparência. Ele foi eleito o ouriço-marinho mais perigoso em 2014 no Guinness World Records. A espécie habita as áreas tropicais do Indo-Pacífico Ocidental e é encontrada entre recifes de corais, rochas, areia e leitos de ervas marinhas em profundidades de até 90 metros. A característica mais notável dela são os pedicelários, órgãos de defesa em forma de garra que também são encontrados nas estrelas-do-mar. O que torna os ouriços-flor diferentes de qualquer outro ouriço-do-mar é o fato de que seu pedicelário é parecido com uma flor e geralmente branco-rosado ou branco-amarelado com um ponto roxo central. Escondidos sob essas “flores”, há espinhos curtos e rombudos.

Embora muitos ouriços marinhos liberem seu veneno por meio desses espinhos, os ouriços-flor distribuem seu veneno por meio de seus pedicelários ou “flores”. Se eles não forem perturbados, as pontas dessas flores geralmente são expandidas em formas redondas parecidas com copos. Em suas superfícies, há minúsculos sensores com os quais podem detectar ameaças. E assim que entram em contato com essas ameaças, essas flores imediatamente se fecham e começam a injetar veneno. O que é estranho é que as pequenas garras delas às vezes podem quebrar e cair de seus caules, grudar no ponto de contato e continuar injetando veneno por horas no intruso.

Parece uma poça gigante de sorvete de framboesa derretido, certo? Pode crer... Mas é uma água-viva-juba-de-leão, que também é chamada de água-viva-cabeluda. Ela é conhecida por preferir águas frias. É por isso que pode ser encontrada principalmente no Ártico, no norte do Atlântico e do Oceano Pacífico. Mas é possível avistá-la também nas Ilhas Britânicas e na Escandinávia. A juba-de-leão é uma das maiores espécies conhecidas de água-viva. Ela recebe este nome por seus longos tentáculos parecidos com cabelos que podem atingir até 3 metros de comprimento. E embora o diâmetro médio de seu sino seja de cerca de 50 centímetros, às vezes ele pode chegar a mais de 2 metros. A maior água-viva-juba-de-leão registrada foi vista em 1865 na costa de Massachusetts. Foi medida com tentáculos de cerca de 36 metros de comprimento e diâmetro de 2 metros. Para te ajudar a imaginar, isso é mais longo que uma baleia azul!

O animal caça estendendo seus tentáculos para fora e criando uma armadilha para pegar sua comida. São cerca de mil e duzentos tentáculos urticantes, e os peixes teriam que ter muita sorte para escapar deles. A picada geralmente não é fatal, mas é bom evitar nadar em seus tentáculos, pois pode ser muito doloroso para os humanos. E se você vir uma na praia, é melhor não tocá-la, pois ainda pode picar mesmo muito tempo depois de estar na areia. Curiosidade: esta água-viva aparece como suspeita na história “A juba-de-leão”, de Sherlock Holmes. Mas não se preocupe, não vamos dar spoiler!

O último animal marinho que você está vendo agora é uma cobra marinha! E sim, ela é diferente das enguias... Existem sessenta e nove espécies identificadas de cobras marinhas. A maioria pode ser encontrada nas águas tropicais e subtropicais dos oceanos Índico e Pacífico, e elas existem há milhões de anos. Para facilitar as coisas, os cientistas separaram todas as diferentes espécies em duas categorias: verdadeiras cobras e laticaudas. Enquanto as verdadeiras passam quase todo o tempo no mar, as laticaudas também podem ficar um período em terra. Se você vir uma cobra na praia, pode dizer se é uma terrestre ou marinha olhando para sua cauda. Se for parecida com um remo, então é uma marinha! Mas certifique-se de manter distância em ambos os casos...

Todas as cobras marinhas precisam emergir regularmente para respirar, pois não possuem guelras. É por isso que você pode encontrar uma enquanto nada. Se isso acontecer, é melhor nadar o mais rápido que puder, pois a maioria das cobras marinhas tem mais veneno do que a média de uma serpente ou cascavel. No entanto, como elas só atacam se provocadas, as mordidas são bastante raras. Mais um fato legal sobre as cobras marinhas! Elas são os únicos répteis a dar à luz nos oceanos! A maioria das espécies mantém os ovos dentro de si e dá à luz animais quase totalmente formados enquanto nada. Isso só não acontece com a laticauda colubrina, que vem para a terra para colocar os ovos. Lembra do peixe-pedra do início do nosso passeio? Ele é caçado pelas cobras marinhas! Culpa da cadeia alimentar...

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