Se já tiver visto estes fenômenos naturais, você é super-raro
Ei, você já ouviu falar de um arco-íris de fogo? É, nem eu. E um arco circum-horizontal? Pode não parecer, mas, pra sua informação, eles são a mesma coisa. À primeira vista, parece uma pintura. Ou uma mancha colorida no céu. Apesar do nome, não tem nada a ver com fogo ou chuva. Esse fenômeno acontece em raras ocasiões, quando o Sol brilha através de um tipo específico de nuvem de gelo.
Os halos de arco-íris também são especiais. Só acontecem com um tipo específico de cristais de gelo nas nuvens, que precisam estar presentes na superfície terrestre para dobrarem a luz do sol, formando um anel perfeito.
O mesmo acontece com a luz da Lua. A única diferença é que os halos lunares geralmente são brancos, e os do Sol costumam ser coloridos.
Quando for visitar algum lugar com grande altitude, você pode ser o sortudo ou sortuda a encontrar penitentes. São basicamente lâminas de gelo que se formam naturalmente. Para que sejam formadas, é preciso haver um ambiente frio e elevado, onde o ar é seco. A luz solar transforma o gelo diretamente em vapor, em vez de água. E é por isso que essas lâminas de neve e gelo começam a surgir na superfície da Terra. Elas são fofinhas, mas podem ter até 4 metros e meio de altura!
O que acontece quando gotículas de lava se encontram com o vento? Cabelos de Pele. Eu explico: a palavra Pele vem do Havaí, em referência à deusa do fogo e dos vulcões. Sempre que o vento pega gotículas de lava, as estica, formando fios de vidro basáltico. Esses fios delicados podem ter até 2 metros de comprimento.
Em raras ocasiões, pode chover sem haver uma única nuvem no céu. É sério? Vamos analisar a ciência por trás desse raro fenômeno. Às vezes ele é chamado de “banho de sol” só porque parece uma chuva que está caindo diretamente do Sol. Mas sejamos realistas: não tem como uma chuva cair diretamente de uma estrela. As nuvens de chuva estão um pouquinho distantes desse local específico. Mas os raios solares ficam angulados, de forma que as nuvens ficam fora do campo de visão. Agora acrescente um ventinho para soprar a chuva em sua direção... e tchã rã! Você recebe uma chuva solar!
Na Bolívia existe um lugar chamado Salar de Uyuni. É o maior deserto de sal do mundo. Ele também abriga metade da quantidade total de lítio do planeta, que é uma substância essencial para a fabricação de baterias. Mas o que mais esse lugar tem de tão especial? Sempre que a época de chuvas começa, essa planície se transforma em um espelho gigante.
O que vem à sua mente quando você escuta o nome Cachoeiras de Sangue? Um filme de terror? Mua haha! Não é nada disso — são cachoeiras simples que ficam em uma das regiões mais secas da Antártica. Elas emergem de um lago subterrâneo que é cheio de bactérias. Esses pequenos organismos se alimentam unicamente de ferro e enxofre, fato que intriga os cientistas. A água desse lago é tão rica em ferro, que basicamente enferruja quando entra em contato com o ar. Isso explica a cor avermelhada da cachoeira, que faz jus ao nome.
Acho que todos já ouviram falar da rosa do deserto. Não a flor, mas uma coisa parecida com uma pedra que é formada por gesso mineral. Ela se desenvolve em locais secos e arenosos que podem alagar de vez em quando. Essa constante mudança entre ambiente seco e molhado faz os cristais de gelo emergirem entre os grãos de areia, ficando presos entre eles e formando algo parecido com uma rosa.
Você já ouviu falar do Olho do Saara? Cientistas ainda estão tentando descobrir como ele se formou.
Ele só é visto do céu, mas é basicamente uma doma natural que se formou cerca de 100 milhões de anos atrás. É, eu também não era nascido na época.
Ele tem um diâmetro de 40 quilômetros e um monte de anéis concêntricos. O maior deles — que é a região central — tem cerca de 30 km de diâmetro. Astronautas foram as primeiras pessoas a vê-lo e ele vem sendo estudado desde então. Na verdade, até hoje, quando vão pousar na Flórida, eles sabem que estão quase chegando em casa quando veem o Olho do Saara.
Uma das árvores mais lindamente coloridas do mundo fica nas Filipinas e na Indonésia. Ela se chama eucalipto arco-íris, e tem esse nome porque seu tronco muda de cor e vai soltando casquinhas à medida que a árvore envelhece. O tronco verde é o mais novo, já que contém uma substância chamada clorofila, encontrada nas folhas. Depois, ele muda para roxo, e depois para vermelho. Por fim, o tronco fica marrom à medida que cresce e vai perdendo clorofila.
Não se engane — isto aqui não é uma floresta, é uma única árvore! E não, não é ilusão de ótica. Eu explico: debaixo da terra há uma complexa rede de raízes que conecta as cerca de 47 mil árvores que você vê acima do solo. Isso é chamado de Pando. Algumas dessas “árvores” estão entre os maiores e mais antigos organismos do mundo.
Agora, aqui é um bom destino para todos os viajantes. Talvez não tão bom, aliás. A região mais atingida por raios do mundo, segundo dados recentes publicados pela NASA, é o Lago Maracaibo, na Venezuela. De todos os dias do ano, em 300 acontecem tempestades nesse lugar. Mas o que há nele para tantas tempestades acontecerem? Bem, é lá que o ar gélido da montanha se encontra com a brisa quente e úmida e gera eletricidade acima do lago.
A Cachoeira da Chama Eterna fica no norte de Nova York, perto da fronteira com o Canadá. Nessa região existe uma pequena cachoeira com um segredo gigante: uma chama de cerca de 20 cm de altura. Parece que há um vazamento natural de gás ali que mantém a chama acesa atrás da cachoeira. E o fluxo de água tampa bem o local, então o vento não consegue apagá-la. Escaladores adoram reacendê-la quando veem que ela se apagou. O fenômeno é bastante comum, mas este ganhou mais popularidade porque é mais jovem que os outros. E também por sair muito bem nas fotos, pra ser honesto.
Já ouvi falar de areia amarela, branca e até preta. Mas praias verdes era algo surreal pra mim até agora! A Papakolea, também conhecida como Praia de Areia Verde, fica no Havaí e é uma das poucas praias do mundo que tem areia dessa cor. O que causa essa coloração inusitada é uma pedra chamada Olivina, que se formou quando um vulcão ali perto entrou em erupção. (Na verdade, no Havaí tem SEMPRE um vulcão por perto.)
Essas praias de areia verde não são nada perto de outras que brilham no escuro! E isso é totalmente natural! O culpado? Uma coisinha chamada fitoplâncton. Ou microalga, como são chamados por alguns. Trata-se de pequenas plantas que contêm clorofila e precisam de luz solar para viver e crescer. A maioria dos fitoplânctons consegue flutuar sobre a superfície do oceano, onde a luz solar ainda pode alcançá-los debaixo d’água. Quando essas plantinhas são agitadas pelos movimentos das ondas e correntes, emitem luz, produzindo uma espécie de brilho durante a noite. Esses microrganismos especiais são encontrados em praias de muitos lugares ao redor do mundo, como Maldivas, Porto Rico e Everglades.
Na base de uma montanha localizada fora de Afton, em Wyoming, fica um pequeno rio chamado Fonte Intermitente. Há apenas três rios assim no mundo inteiro. Mas o que o torna tão misterioso? Talvez o fato do fluxo de água ser interrompido e reiniciado de poucos em poucos minutos? Cientistas ainda não sabem explicar ao certo por que isso acontece. Eles especulam que é basicamente um efeito sifão que acontece nas profundezas do solo que faz o rio parar e reiniciar com tanta frequência. Se quiser conhecê-lo, visite esse lugar no fim do verão, que é quando a Fonte Intermitente fica mais ativa. Percebeu a ironia aqui? Ver uma fonte só no verão? Ok, vou embora.