Princesa africana desafia costumes de seu país por fazer coisas que mulheres “não podem”

Gente
há 2 anos

Uma princesa que ama as tradições de seu país, mas esnoba algumas que não concorda. Filha de um dos últimos monarcas absolutos do mundo, Sikhanyiso Dlamini abala as estruturas de sua terra natal por ser rapper e mãe solo, além de usar roupas consideradas “inadequadas” por muitas pessoas de sua pátria.

O Incrível.club conta a história dessa princesa fora do comum, que tem uma personalidade bastante forte. Continue lendo e veja por que ela dá o que falar entre a população do Reino de Essuatíni.

Uma grande família real

Sikhanyiso Dlamini nasceu em 1987, filha da rainha LaMbikiza e do rei Mswati III, soberanos do Reino de Essuatíni, antiga Suazilândia. Esse pequeno país da África Austral chama a atenção pelas belezas naturais e pela cultura preservada, com rituais tradicionais e monarquia absoluta, a última da África e uma das poucas no mundo.

Por lá, o governo fica nas mãos do rei e da rainha-mãe, Ntfombi. Ele já teve 15 esposas e, pelo menos, 25 filhos, sendo Sikhanyiso a mais velha e a mãe dela esposa do terceiro casamento.

Conhecendo o mundo

A princesa Sikhanyiso estudou em um colégio particular na Grã-Bretanha. Depois, frequentou aulas de teatro em uma universidade na Califórnia, EUA. Por fim, graduou-se em Comunicação Digital na Universidade de Sydney, Austrália.

Foi durante o tempo no exterior que a princesa começou a ignorar ou ir contra os costumes de seu país. Provavelmente, o estilo de vida ocidental a fez questionar alguns valores.

Questionando valores

Essa atitude um pouco mais “rebelde” provavelmente teve influências da mãe, que contrariou o costume que impede as rainhas de estudar e se formou em Direito. No período escolar, a princesa passou a ser criticada pelo estilo mais livre, que incluía usar minissaias e calças jeans, o que é proibido para as mulheres de Essuatíni.

Quando tinha 17 anos, Sikhanyiso foi repreendida por dar uma festa com música alta na residência da rainha-mãe. Um detalhe, isso aconteceu no mesmo dia da importante cerimônia Umhlanga, onde ela deveria estar presente.

Canto para o rei

A princesa fez mais um avanço nos limites de sua sociedade e investiu em uma carreira no rap, usando o nome de Pashu. Ela conta que a inspiração de suas músicas vem das tradições de Essuatíni e já lançou dois álbuns: Abeze KimHail Your Majesty (veja o vídeo aqui). Este último em homenagem ao seu pai, mostrando que, apesar de criticar certos aspectos, ela apoia a sua família.

Atitudes solidárias

A princesa também lidera diversos projetos que apoiam as meninas e sua terra natal. Ela tem o cargo tradicional de dirigente do grupo de donzelas, ou Imbali YemaSwati, além de ser patrona da Fundação Imbali, que foca na saúde, educação e espiritualidade dessas jovens. Além de ter sido Miss África Surda, em prol da Associação de Deficientes Auditivos, e Miss Turismo Suazilândia.

Amor restrito

A princesa Sikhanyiso também passa por “perrengues” na sua vida amorosa, já que seu pai dificulta seus relacionamentos. Foi assim com Mzwakhe Phiri, um ex-jogador de basquete que lutava para arrecadar 50 vacas, a fim de dar entrada em um dote de 300 e se casar com sua amada, como mandam os costumes de Essuatíni. Como não conseguiu, o rei fez com ele se mudasse para afastá-lo da princesa.

Chegada do príncipe

Anos depois, ela engravidou fruto de um novo relacionamento, o que gerou criticas por ainda não ser casada. A princesa criou controvérsias novamente ao ignorar os julgamentos e fazer um chá de bebê para anunciar a chegada do príncipe. Assim, Phikolwezwe Kukhanya Pasasika Elihu Dlamini, ou simplesmente Phiko, nasceu em 10 de abril de 2020.

Assumindo responsabilidades

Após a licença-maternidade, a princesa voltou às suas funções de Ministra de Tecnologia da Informação e Comunicação e de membro do conselho de administração da MTN Eswatini, a operadora de telefonia líder do país. Assim, ela segue buscando recursos para o reino, defendendo a cultura local e quebrando algumas regras, quando necessário.

Então, o que achou das atitudes dela? Você conhece mais princesas modernas? Deixe seu comentário!

Comentários

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Que bom que ela teve peito para falar bem, alto que queria os seus direitos

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