Por que a Lua muda de forma diariamente?

Curiosidades
há 7 meses

Quando você a vê no céu, parece redonda. Mas a Lua tem uma forma mais oval, parecida com um limão. Essa forma, achatada com saliências em cada lado, surgiu bilhões de anos atrás, quando as forças das marés extremamente quentes moldaram sua crosta. Elas aqueceram algumas regiões mais do que outras. A gravidade do nosso planeta ajudou a incrementar essa forma de limão ao longo do tempo.

Quando estavam se preparando para enviar missões à Lua, alguns pesquisadores ficaram preocupados, pois havia uma espessa camada de poeira na superfície lunar. Eles temiam que os mares de poeira fossem suaves e espessos o suficiente para engolir o módulo lunar deles. Mas mesmo que a superfície de lá seja empoeirada, essa camada é fina demais para causar complicações.

Nossa lua certamente não é a maior do Sistema Solar. A campeã aqui é Ganímedes, uma das 79 luas do entorno de Júpiter. Mas a nossa é a maior em relação ao seu planeta-mãe. Ela tem um diâmetro de mais de 3.400 quilômetros, o que é ligeiramente maior que 1/4 do tamanho da Terra. Plutão, por exemplo, tem uma relação lua-planeta menor. Caronte, que é a sua maior lua, é quase do tamanho do planeta, e é por isso que parece ser um sistema duplo de planetas anões.

Quanto tempo levaria uma caminhada ao redor da Lua? Quando os astronautas da Apollo estavam lá, atingiram uma velocidade de caminhada de aproximadamente 2 quilômetros por hora. Em média, você anda duas vezes mais rápido na Terra. A baixa força gravitacional na Lua te daria beeem menos tração no solo. Também, aqueles trajes espaciais espaciais que os astronautas usavam nunca foram projetados para caminhadas de longa distância.

Em teoria, talvez você conseguisse atingir a velocidade de 5 quilômetros por hora antes de começar a correr. Nesse ritmo, você percorreria 10.900 quilômetros, o que significa dar a volta ao redor da Lua, em 91 dias se fosse andando sem parar.

Por que a Lua muda de forma? Ela passa por diferentes fases a cada mês, começando na lua nova e gradualmente indo para a lua cheia — até fazer a mesma coisa novamente, só que ao contrário. A luz do sol atinge uma metade da Lua de cada vez. Isto a deixa com um lado noturno e um diurno — assim como é aqui na Terra. A forma em que vemos nosso satélite depende de onde ele está localizado em comparação com o Sol. Se estiver diretamente entre nós e o Sol, a luz do astro-rei atinge apenas o lado que não vemos. Essa é a Lua nova. Ela parece completamente escura nessa fase. Mas quando se trata do lado mais distante do nosso planeta do Sol, o lado diurno dela fica completamente voltado para a Terra. É quando vemos a lua cheia.

Depois da fase inicial, quando a Lua é nova, veremos uma área maior de sua superfície no céu enquanto ela orbita nosso planeta. É algo que chamamos de ’crescente’, que é a fase seguinte da Lua, quando ela está meio cheia. Depois disso, ela entra em uma fase gigante, que é quando está maior do que meio cheia, mas ainda não está cheia. Depois de atingir a fase cheia, ela vai encolhendo lentamente e passando pelas mesmas fases, porém na direção oposta.

Se estivesse na Lua, você provavelmente veria pegadas humanas lá. Na verdade, ninguém pisou lá desde a última missão Apollo de 1972. E as pegadas podem ficar lá por muitos anos, pois não há atividade geológica, como terremotos ou vulcões. Não há ventos, chuva ou outras coisas que possam apagar essas marcas.

Como você iria até a Lua? Foguetes são provavelmente a primeira coisa que vêm à sua mente. Mas um elevador lunar pode ser uma solução ainda melhor, pois viajar em um foguete seria uma maneira difícil, cara e bastante perigosa para tentar alcançar a superfície do nosso satélite.

Por que as pessoas querem ir para lá? Não é só pelas crateras, ter uma vista incrível do nosso planeta natal ou outras coisas únicas que a Lua oferece. Ela também é cheia de riquezas, como uma forma rara de gás hélio. Os humanos poderiam usá-lo em usinas de fusão de energia na Terra. Poderíamos extrair alguns outros elementos raros e usá-los também para fazer smartphones e outros dispositivos. Para um elevador lunar, precisaríamos esticar um cabo ancorado na superfície da Lua por mais de 400.000 quilômetros em direção à Terra. Não poderíamos conectá-lo diretamente ao nosso planeta, pois tanto a Terra quanto a Lua estão se movendo. Mas poderíamos terminá-lo no alto da órbita do nosso planeta.

Teríamos ônibus robóticos movidos a energia solar que se moveriam para cima e para baixo pelo cabo. É como ter uma correia transportadora para levar recursos raros e preciosos para nós. O cabo seria da espessura de um lápis e pesaria 40 toneladas. Isso parece ser algo caro, mas um elevador lunar provavelmente se pagaria em apenas 53 viagens.

A Lua está em constante movimento, pois gira em torno do seu eixo e circula ao redor da Terra. E leva a mesma quantidade de tempo para a Lua circular a Terra e girar uma vez em seu próprio eixo — comparada ao nosso planeta, que gira em seu eixo a cada 24 horas e dá uma volta completa ao redor do Sol em 365 dias. Assim, a Lua tem um acoplamento de maré com o nosso planeta, e é por isso que sempre vemos o mesmo lado dela.

Uma teoria diz que a Lua provavelmente se formou quando um grande objeto do tamanho de Marte vindo do nosso Sistema Solar atingiu a Terra. Eles colidiram há 4,5 bilhões de anos, quando o Sistema Solar ainda estava em seu estágio inicial, que era bastante caótico. Se essa teoria estiver correta, cerca de 60% da Lua é feita de elementos mais leves que também estão presentes na camada externa do nosso planeta. Um conjunto de circunstâncias favoráveis nos permite ver eclipses solares totais do nosso planeta. A Lua tem o tamanho e a distância perfeitos da Terra para parecer do mesmo tamanho que o Sol quando a vemos no céu. Quando ela passa entre o Sol e nós, o cobre perfeitamente. Além disso, você pode ver um halo impressionante que ilumina suas bordas. Se estivesse mais longe de nós, ou fosse menor, um eclipse solar pareceria apenas uma mancha no Sol.

Nossa lua contém água que tipo salta por lá. Existe água presa no gelo lá. Algumas moléculas de água se movem pela superfície à medida que a Lua esfria e aquece durante o dia. A água fica presa na superfície até o meio-dia lunar — quando o Sol está acima da parte superior de qualquer um dos meridianos lunares. Nesse ponto, parte da água derrete, aquece e vai parar na delicada atmosfera lunar. Essa atmosfera geralmente contém alguns gases incomuns, incluindo potássio e sódio, que não se encontram nas atmosferas de Vênus, Marte e Terra. Assim, a água fica e flutua lá até chegar a uma área mais fria. E então, ela volta para a superfície.

Existe uma anomalia específica sob a superfície do polo sul da Lua: uma bolha gigante e extremamente densa de metal alojada no manto. E, muito provavelmente, ela está alterando o campo gravitacional do satélite. Ninguém sabe como uma bolha de metal tão grande acabou presa sob a superfície lunar. Talvez possam ser restos do asteroide de ferro e níquel. 4 bilhões de anos atrás, este asteroide colidiu com o lado mais distante da superfície lunar e criou a enorme cratera Aitken no Polo Sul. Nosso satélite natural está encolhendo. O interior está esfriando, o que resulta na Lua ficando mais de 45 metros “mais fina”, assim como uma uva enruga quando está encolhendo. Mas a uva tem a casca flexível, e a crosta da superfície lunar é quebradiça.

É por isso que ela quebra à medida que a Lua vai diminuindo. Dessa forma, ela forma “cavalgamentos”. Uma parte da crosta empurra a outra mais próxima. Isso vem acontecendo nas últimas centenas de milhões de anos. Essas falhas lunares ainda estão ativas. Elas provavelmente produzem terremotos lunares à medida que a Lua gradualmente encolhe e esfria o tempo todo. Alguns desses terremotos são fortes, talvez 5 na escala Richter. Durante sua órbita ao redor da Lua, os astronautas tiraram imagens do Ina, um depósito vulcânico bastante incomum. O Ina não é tão velho, e pode ter se formado entre 3,5 bilhões e 1 bilhão de anos atrás. Os vulcões na Lua provavelmente eram ativos durante a era dos dinossauros. Se pelo menos eles tivessem inventado os telescópios, provavelmente teriam uma vista magnífica da lava escorrendo da superfície lunar de tempos em tempos.

A Lua tem seu próprio fuso horário chamado “Hora Lunar Padrão”, que não corresponde ao tempo no nosso planeta. Um ano na Lua dura doze “dias”. Cada dia equivale a um mês na Terra. Esses dias receberam nomes em homenagem aos astronautas que caminharam no satélite. Os “dias” são divididos em 30 “ciclos”, que são divididos em horas, minutos e segundos. O calendário começou quando Neil Armstrong colocou o pé na Lua, ou seja, no dia 21 de julho de 1969.

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