Os segredos do sistema educacional oriental para formar os estudantes mais brilhantes do mundo
Não é segredo pra ninguém que países asiáticos como Japão, Coreia do Sul e China investem pesadamente em educação como forma de melhorar as condições de vida de sua população. O famoso exame PISA (sigla em inglês de Programa Internacional de Avaliação de Alunos) tem esses países sempre entre os mais bem avaliados. Os estudantes orientais estão sempre na ponta nas 3 áreas avaliadas pelo exame, Matemática, Leitura e Ciências.
Qual o segredo dos orientais? A equipe do Incrível.club decidiu investigar.
Nos primeiros dois anos de vida, a educação não é o mais importante
Nesse período, o componente emocional é colocado em primeiro lugar para que a criança seja envolvida por cuidado e carinho.
O contato físico é importante: o pequeno fica constantemente nos braços dos pais, mesmo sem necessidade aparente.
Sabe-se que, embora a criança não consiga responder, começa a receber e a analisar informações desde antes do nascimento. É por isso que os pais tentam ser um bom exemplo, mesmo quando os pequenos ainda estão usando fraldas.
Os asiáticos dão um enorme valor à experiência pessoal
Ao contrário do sistema de educação da maioria dos países ocidentais, no Oriente não é costume proibir às crianças de fazer alguma coisa. Se o pequeno começa a fazer algo perigoso ou indesejado, os adultos voltam sua atenção para outra coisa.
É por isso que explicam à criança sobre o perigo e lhe dizem por que é melhor não fazer isso ou aquilo. Mas não a proíbem. Graças a esta abordagem, no futuro as crianças tendem a pensar de forma mais criativa e a buscar soluções originais. Esse comportamento também faz com que, depois de adultas, sejam mais respeitadoras de regras e atenciosas com idosos.
A coletividade vem em primeiro lugar
Um exemplo: boa parte dos pais ocidentais diz: “Não se machuque”. Já na China, os pais vão dizer: “Não machuque os outros”. Mesmo antes dos 3 anos, as crianças aprendem a respeitar as pessoas e os animais, a serem generosas, a buscarem a verdade, o autocontrole e a agirem de forma cuidadosa em relação à natureza.
É comum nos países orientais educar as crianças de tal maneira que possam se dar bem com os outros, fazendo com que levem em consideração o interesse dos outros antes dos seus. No Japão, acredita-se que esta abordagem é muito importante para o desenvolvimento de uma sociedade harmoniosa e de um Estado melhor. É por isso que as crianças aprendem a fazer parte de uma equipe, de um todo.
Desde os 2 ou 3 anos de idade, as crianças frequentam diferentes oficinas esportivas e educativas
Depois que os princípios do comportamento correto e da atitude respeitosa em relação aos outros foram incutidos na natureza da criança, o foco passa a ser o desenvolvimento integral. Considera-se absolutamente normal se o dia de uma criança de 3 anos estiver programado até o último minuto. Elas podem assistir a aulas de inglês, matemática, desenho e, ainda, ir a um workshop de teatro e a outro de canto.
Graças a este sistema, com a idade de 4 anos, todas as crianças conseguem tocar ao menos um instrumento musical e já conhecem os princípios básicos da matemática e da gramática. E, aos 5 anos, os pequenos começam a se preparar para ir para a escola. A infância despreocupada termina. É quando elas são orientadas a serem disciplinadas.
Nos primeiros níveis do primário, já são independentes
Por exemplo, no Japão e na Coreia, aos 6 anos de idade as crianças vão à escola sozinhas. As mães não acompanham seus filhos.
Ao iniciar seus estudos, as crianças, como regra, já sabem contar, escrever e ler livros simples. Na maioria dos países asiáticos, as autoridades educacionais estão convencidas de que o aprendizado inicial dos conceitos básicos da matemática desenvolve os lóbulos frontais do cérebro e as habilidades criativas da criança. Elas também acreditam que a independência favorece a disciplina.
Quando chega a hora, não apressam o aluno para a escolha de uma profissão
Aproximadamente entre os 12 e 16 anos, o jovem começa a ser considerado adulto, em termos de maturidade mental. Já é capaz de tomar suas próprias decisões e é responsável por elas. Mas, ao contrário do que ocorre em boa parte dos países do Ocidente, não apressam os jovens a escolherem uma profissão se eles não estiverem prontos para fazê-lo.
Os laços familiares estão em primeiro lugar: os filhos podem viver com a família o quanto quiserem. Mas, na maioria dos casos, depois de completar 14 anos, já sabem o que querem fazer e podem viver de forma independente.
Esses métodos têm sido utilizados há séculos na maioria dos países asiáticos. Permitem criar uma criança inteligente e talentosa, que honra as tradições, respeita os outros e sabe como trabalhar em equipe.
De maneira geral, os pilares do sistema educacional oriental são: a explicação das decisões dos pais, o amor e o afeto, como base para a formação de uma mente saudável na criança, e uma educação baseada na disciplina e na independência, para alcançar bons resultados nos estudos e no trabalho.