Os leitores do Incrível recordaram suas viagens de transporte público que acabaram sendo uma aventura

Arte
há 2 anos

Ao usar um transporte público, como táxi, trem ou avião, frequentemente corremos o risco de nos envolver em uma aventura emocionante. Por exemplo, em um bonde é possível ser testemunha da esperteza infantil, em um trem, acordar com uma visita inesperada e, em um avião, acidentalmente, acabar tendo um namoro com um companheiro do assento do lado.

Os leitores do Incrível.club contaram as histórias fascinantes ocorridas durante suas viagens.

  • Moro em Los Angeles e frequentemente uso o Uber. A maioria dos motoristas são mexicanos, conhecidos por seu “sangue quente”. Certo dia, um taxista descobriu que eu era russa e começou a contar sua viagem a Moscou. O ápice de sua história foram suas impressões do metrô: “Havia muitas pessoas coladas umas às outras. Muitas mulheres bonitas estavam bem perto de mim! Pensei que estivesse no paraíso!” © Valia Safrigina / Facebook
  • Era de noite, meu marido e eu chamamos um táxi. Ao nos aproximarmos do carro, o taxista disse: “Podem colocar sua bolsa no porta-malas”. Começamos a rir. Era uma bolsa-berço portátil com o nosso amado filhinho. “Obrigado, mas ela vai conosco”. © Alena Belaya / Facebook
  • No voo de Amsterdã para Dallas, caí no sono e encostei a cabeça no ombro do homem sentado ao meu lado. Nem sei se fiz isso assim que adormeci ou um tempo depois. Contudo, sei que dormi por cinco horas e ele não me acordou. Aliás, ele era muito atraente, forte e alto (exatamente o meu tipo).
    Ao acordar, percebi o que havia acontecido, fiquei envergonhada e pedi desculpas. E o rapaz disse: “No problem, it’s just a shoulder!” (“Não tem problema, é só um ombro!”) e correu para o banheiro, coitado.
    Mais tarde, o vi enquanto esperava minha bagagem. Ele sorriu e me convidou para um café. Na cafeteria, descobri que ele havia deixado seu carro no estacionamento e me ofereceu uma carona. Ao chegarmos ao meu hotel, ele pegou o número do meu telefone. Na mesma noite, me mandou uma mensagem dizendo: “Quer sair comigo?” Namoramos por um mês nas minhas férias. Então fui embora e nunca mais nos vimos. Mas ainda me manda mensagens, de vez em quando. © Larisa Bondarets / Facebook
  • A viagem mais memorável da minha vida foi o voo de Madri a Tenerife com uma companhia aérea local. Eu, sendo russa, não estou acostumada ao calor e à cordialidade dos latinos. Logo após a decolagem, todos começaram a passar alguns biscoitos e doces uns aos outros, a conversar muito alto e a gritar para as pessoas da outra parte do avião, brincando e rindo.
    Mais tarde, no meio do voo, alguns passageiros decidiram levantar para esticar um pouco as pernas. Muitos saíram para o corredor e começaram a cantar e a dançar. A aeromoça tentou passar por toda aquela multidão. Pensamos que ela fosse reclamar e pedir a todos que voltassem para seus assentos. Imagine a nossa surpresa quando começou a cantar e dançar com os outros.
    Nunca, nem antes, nem depois, tivemos um voo tão divertido com música e dança. © Inna Kostevskaya / Facebook
  • Certa ocasião, na minha juventude, eu estava no bonde e alguém abraçou minha perna acima do joelho. Virei-me para reclamar, contudo, não havia ninguém. Então, olhei para baixo e vi um garotinho muito fofo que não havia conseguido encontrar nada para se segurar. A mãe dele ficou envergonhada, mas o que fazer, crianças são crianças. © Svetlana Suit / Facebook
  • Em uma viagem de longa distância em um ônibus lotado, sentei-me ao lado de uma senhora. Ela enfiou uma bolsa grande entre as nossas pernas. “Com licença”, ela disse. Eu lia um livro e, de repente, senti como se alguém acariciasse delicadamente a minha perna. Um pouco mais tarde senti de novo. Olhei para a senhora, ela apenas sorriu. “Que estranho”, pensei.
    Em pouco tempo, aconteceu de novo. Virei-me para a senhora com o ponto de interrogação no meu olhar e ela falou bem tranquilamente: “Não se preocupe, tem um gato aí dentro!” Abriu sua bolsa e vi um gato enorme que colocou sua cabeça para fora e começou a miar para todo o ônibus ouvir. A senhora começou a colocá-lo de volta, murmurando: “Mingau, não grite! Não comprei passagem para você. Não chame atenção!” © Kota / AdMe.ru
  • Também tenho uma história. Na época, estava na moda colocar os toques de chamada engraçados. Baixei um com o som de sirene da polícia com uma voz falando pelo rádio: “Motorista, pare no acostamento!” Naquele dia, por azar, sentei-me na primeira poltrona do ônibus. Quando meu marido me ligou, o celular estava na minha bolsa. Enquanto tentava achá-lo, vi o olhar do motorista. © Olka Gusar / Facebook
  • Certa vez, no metrô de São Petersburgo, na hora do rush, entrou uma mulher elegante de chapéu de aba larga e vestido florido. Olhou em volta e perguntou em uma voz empostada: “Então, alguém pode ceder seu assento para uma mulher bonita?” E deu certo. Alguém lhe ofereceu o seu lugar. © Anastasia Marinina / AdMe.ru
  • Naquela época meu marido era taxista. Saiu para trabalhar em um carro recentemente comprado. Ainda não havia aparelho de som no veículo, e ele andava em silêncio. Foi levar dois clientes, rapazes jovens e alegres. A primeira coisa que perguntaram foi: “Onde está a música? O quê, vamos em silêncio?” Meu marido, um homem grande e forte com a cabeça raspada, contudo de um coração enorme, virou-se e disse muito calmamente: “Odeio música”. Foi a corrida mais calma que teve. © Halyna Wolska / Facebook
  • Noite, trem, uma parada. Alguém batia persistentemente à minha porta. Eu dormia no leito de baixo. Ao abrir, vi um casal com malas e irritado, dizendo que eu havia ocupado o lugar deles. Eu não conseguia entender o que estava acontecendo. Ainda bem que o condutor não demorou a aparecer, e descobrimos que as passagens do casal eram para o mês seguinte. © Tatiana Shelkova / Facebook
  • Certa vez, no avião, fiquei sentada ao lado de uma mulher muito pegajosa que falava sem parar. Tentei de tudo, até fingi estar dormindo, mas ela me acordou e continuou falando. Ainda bem que foi um voo de apenas três horas. © Svetlana US / Facebook
  • Precisei ir ao trabalho com urgência. Chamei um táxi. Quando ele chegou, entrei e cumprimentei o motorista. Ele virou-se e me disse: “Olá! Por que está tão maquiada?” Normalmente consigo retrucar qualquer comentário, mas naquele dia fiquei sem palavras. © Nadya Yılmaz Gusmanova / Facebook
  • Certa ocasião, meu marido e eu pegamos uma carona. Ele se sentou no banco da frente e eu, atrás. Três minutos depois, o motorista disse ao meu esposo: “Seria melhor se você deixasse sua filha se sentar na frente”. Apenas nos entreolhamos, sem dizer nada. Meu marido é apenas um ano mais velho do que eu. © Marina Polyakova / Facebook
  • Meu marido me contou essa história. Uma vez, durante um voo, uma passageira insistia em falar com o comandante para resolver um assunto confidencial. Então, meu esposo saiu da cabine, pois ele era o comandante. A mulher lhe pediu que pilotasse o avião mais devagar, porque ela estava com muito medo. © Inessa Piontkovska / Facebook
  • Ainda jovem, viajei de trem com uma amiga. Não tínhamos nem comida, nem dinheiro, apenas um ovo cozido. Em uma parada, onde havia uma pequena feira, roubei um pepino. Ao voltar, pensávamos em como dividir nosso “tesouro”.
    Minha amiga foi ao compartimento ao lado para pedir uma faca. Abriu a porta e viu uma família comendo e uma mesa cheia, com um frango assado como prato principal. Em vez de “Poderia me emprestar uma faca, por favor”, ela disse: “Poderia me dar um bife... Oh! Desculpe, queria pedir outra coisa...” Quando voltou, ficamos rindo de tristeza. Um minuto depois, a porta se abriu e um menino daquela família silenciosamente nos deu dois sanduíches enormes. © Inga Bagdasaryan / Facebook
  • Certa ocasião, viajei de trem no mesmo compartimento com uma família: a mãe, o pai e uma menina de 5 anos. Em uma das paradas, o pai saiu para comprar algo e não voltou. O trem começou a andar, a mãe ficou preocupada e a filha começou a reclamar chorando: “E agora? Quem vai carregar nossas malas?” Felizmente, o pai conseguiu entrar no último vagão e atravessou o trem inteiro até o nosso compartimento. © Galina Perfilieva / Facebook
  • Uma vez, eu voltava de um hospital de táxi e o motorista falava sobre o prédio onde eu morava. “Sabe, naquele endereço mora gente barra pesada, sempre tem brigas e outras coisas mais. Não gosto de levar ninguém lá”. Então, reclamou e acrescentou: “Você é surpreendentemente normal sendo uma moradora daquele prédio”.
    Finalmente, chegamos e saí dizendo: “Obrigada pela viagem!” e fui embora. Ele gritou que eu não havia pagado! Eu segurava o dinheiro na mão, mas ainda estava sob anestesia e me esqueci de lhe dar. Só posso imaginar o que ele pensa agora sobre todos os moradores do meu prédio, sem exceção. © Elmira Safina / Facebook
  • Uma noite, vi um táxi, um carro bem velho, quase caindo aos pedaços, esperando clientes na rua. O motorista me avisou que o banco estava quebrado e não dava para apoiar as costas (o banco estava na posição horizontal). No entanto, disse que me cobraria a metade do preço normal pela corrida. No final, fui deitada, relaxando minhas costas cansadas, gostei muito e ainda paguei duas vezes mais barato! Sim, é preciso ter mais táxis reclináveis! É muito legal! © Aleksandra Miyamoto / Facebook
  • Um dia, peguei a Uber com um motorista jovem, mas meio estranho. Dirigia lentamente e com extremo cuidado e atenção. Enquanto conversávamos, ele disse: “Você é meu quinto cliente hoje. É o meu primeiro dia.” Perguntei: “Onde você trabalhou antes?” Respondeu: “Em uma funerária, dirigia o carro fúnebre”. Não pude deixar de dizer: “É bem mais divertido trabalhar aqui, né? Sempre tem alguém pra conversar”. © Svetlana Vlasova / Facebook
  • Era bem de manhã e o ônibus estava cheio. Em um assento estavam uma jovem mãe com um filho de cerca de 5 anos. Ele se mexia sem parar. A mãe lhe disse: “Para quieto! Ou não vou dormir com você esta noite!” E o menino retrucou com uma frase sensacional: “Eu que não quero dormir com você! O seu bumbum é muito gelado”. Todos os passageiros quase morreram de tanto rir e a mãe pegou seu filho e desceram na próxima parada. Isso aconteceu em Simferopol, em meados dos anos 90 e ainda me lembro como se fosse hoje. © Irina Ragulina / Facebook
  • Uma vez, viajei de leito em um trem. Acordei de manhã e vi um gatinho de tamanho médio com olhos âmbar, preto como carvão no meu peito. Disse “Oi!” e fiz carinho nele que miou e foi embora. Descobri que tinha fugido da bolsa da sua dona, que viajava na parte de trás do vagão. © Katerina Trushina / Facebook
  • Um casal, vizinhos nossos, nos contou esta história. Uma vez, eles foram ao mar Negro de trem. A esposa estava grávida de cinco meses. Em uma estação, ela viu pela janela que vendiam melancias, então pediu ao marido que comprasse uma, pois queria muito. Ele pegou a carteira e saiu de chinelos mesmo. O trem começou a andar, mas o marido não voltou. Ela estava chocada. Então, algumas estações depois, seu marido entrou no compartimento com uma melancia na mão. O que aconteceu foi que ele perdeu o trem, mas pegou um táxi para alcançá-lo. © Nadia Koroleva / Facebook

Você se lembra de algumas viagens memoráveis de transporte público? Conte para a gente nos comentários!

Comentários

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uma vez estava tao cansada que passei do ponto duas vezes, acabei pegando um uber

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sempre conto do moço que deu o lugar para uma idosa e ela ficou brava, disse que nao era velha nao hahaha

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andava de onibus pirata para economizar grana na epoca da faculdade, imagina que ele chovia dentro quando tinha temporal

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