Neste universo infinito, por que não encontramos outras formas de vida?

Curiosidades
há 7 meses

Vamos voar para bem longe da Terra para olhar para ela à distância. Ela brilha como uma árvore de Natal! As grandes cidades parecem manchas amarelas à noite. E durante o dia vemos estruturas estranhas, como uma ilha em forma de palmeira nos Emirados Árabes ou uma faixa escura que atravessa toda a China — a Grande Muralha. Todos esses são vestígios da existência humana.

Agora vamos apontar nosso telescópio para outros planetas.

Marte? Ele é apenas um deserto vazio e sem fim.

Vênus? Apenas rochas e vulcões.

Mesmo se olharmos para o espaço distante, todos os planetas são desertos e sem vida. Nem um único vestígio de uma civilização extraterrestre.

Muitas pessoas estão convencidas de que a vida na Terra não é exclusiva.

Aqui está a nossa galáxia. Existem bilhões de estrelas semelhantes ao sol.

E aqui está todo o universo observável com bilhões dessas galáxias. Existe um número quase infinito de estrelas. E perto de cada uma delas, pode haver mundos habitáveis.

Mas pode ser que não tenhamos ainda encontrado vida em outros planetas, pois ela se esconde de nós sob a superfície.

Por exemplo, existe Europa, que é um satélite de Júpiter ligeiramente menor que a nossa lua. A estrutura dela lembra um ovo cozido, e a superfície é uma crosta dura de gelo. Mas se você pegar uma broca grande o suficiente, pode chegar até a gema líquida: um oceano de água.

Júpiter e seus satélites ficam bem longe do Sol, então é bastante frio lá: cerca de cento e setenta graus negativos. Assim, a água líquida instantaneamente se transforma em gelo. Mas Júpiter tem uma forte força gravitacional. Isso causa muito atrito dentro da lua Europa. E o núcleo dela se aquece. O calor derrete o gelo e, assim, temos um oceano aquoso sob sua superfície.

A água é a base de toda a vida. Portanto, pode haver bactérias simples nesse oceano. E quem sabe, talvez existam outras formas de vida por aí.

Por exemplo, peixes com formatos estranhos. Devido à fraca gravidade, os corpos são formados diferentemente. Ou algo como baleias que se alimentam de plâncton.

Em 2009, os cientistas encontraram um planeta completamente coberto por um oceano: o GJ 1214. Ele fica a cerca de 40 anos-luz da Terra. E cerca de 75% da massa dele é água.

Ainda assim, as temperaturas neste planeta são tão altas que a água evapora e assume a forma de “água superlíquida”. Há tanto vapor lá, que ele parece tão espesso quanto a própria água. Nenhuma vida poderia existir em tais condições.

Mas os cientistas descobriram recentemente pelo menos 24 planetas melhores que a Terra e os chamaram de super-habitáveis. Esses planetas orbitam estrelas distantes em suas zonas habitáveis. Esse é o ponto ideal a uma distância perfeita da estrela. No nosso sistema solar, Vênus, Terra e Marte ficam nesta zona.

Um planeta super-habitável deve ser 10% maior que a Terra e ter uma gravidade mais forte, pois dessa forma, pode ter uma atmosfera mais densa. Uma temperatura cinco graus mais alta do que a da Terra tornaria o planeta mais úmido. Isso encorajaria uma variedade de organismos vivos lá.

Esses planetas podem ser ótimos para a vida, mas é difícil dizer se já existe vida lá. O principal sinalizador que confirmaria a existência de uma civilização avançada poderia ser as ondas de rádio. Imagine um planeta habitável semelhante à Terra. No processo de evolução, seres inteligentes surgiriam lá, como os humanos. Eles seriam muito mais altos por causa da baixa gravidade. E seus olhos seriam adaptados à luz de outra estrela, muito mais brilhante que o sol. Mais cedo ou mais tarde, essa civilização terá que usar ondas de rádio para se comunicar.

Podemos pensar nessas ondas como o som alto dos alto-falantes. Aqui está a Terra. Agora estamos usando ondas de rádio ativamente, e o ruído que vem do nosso planeta é muito sério. Se um planeta vizinho tivesse radiotelescópios, aqueles grandes pratos que captam essas ondas, perceberia que a vida está desabrochando aqui.

Existem muitos radiotelescópios na Terra que estão apontados para o espaço distante, à espera de um sinal de extraterrestres. Mas ainda não captamos nada. Ainda assim, isso não significa que não haja um planeta em algum lugar do universo que emita ondas de rádio. É tudo uma questão de distância.

Estamos saltando 200 anos-luz para outra estrela. Suponha que exista um planeta X onde exista vida. A civilização aqui é avançada o suficiente para usar ondas de rádio. Então, eles liberam a primeira onda no espaço. Nossos radiotelescópios não serão capazes de detectá-la até 200 anos depois.

Isso também funciona ao contrário. A comunicação de rádio na Terra só existe desde 1895. Nosso sinal de rádio não alcançará o Planeta X até 2095. E só então os alienígenas ouvirão nossa voz.

Mas esse ruído do rádio não dura muito. A cada ano, nossa tecnologia melhora e o nosso ruído do rádio diminui. Estamos começando a utilizar a comunicação móvel, TV a cabo e fibra óptica. Tudo isso reduz o volume do nosso planeta no espectro do rádio. E logo nos tornaremos simplesmente invisíveis para outros planetas.

A mesma coisa está acontecendo do outro lado. Portanto, as ondas de rádio vindas de civilizações são um breve pico na escala cósmica. E não podemos aceitar o silêncio do rádio como prova de que não existe vida extraterrestre.

Um telescópio gigante, que poderia tirar uma foto direta de um planeta possivelmente habitado, mudaria a situação. Ampliamos a foto e lá está ela! Vemos cidades alienígenas com edifícios altos e muitas antenas. Mas neste momento não conseguimos olhar tão longe. O que conseguimos é tirar fotos de Marte e seus satélites, mas até mesmo a qualidade delas nos engana.

Por exemplo, Cydonia. Uma formação nessa região de Marte parece um rosto humano! Pensávamos que pudesse ter existido uma civilização antiga lá que tivesse feito algum tipo de escultura ou memorial.

Teorias mais extravagantes diziam que estes eram os restos mortais de um humano gigante, e que existiria o corpo inteiro dele sob as areias de Marte.

Mas, na verdade, se mostrou ser apenas um morro. Os ventos fortes abriram alguns buracos ali, e quando batia uma sombra nesses buracos, nós os enxergávamos como olhos humanos e uma boca.

Ou um monólito no satélite de Marte: Fobos. Encontramos uma rocha lisa que era quase tão alta quanto a pirâmide de Quéops. Essa notícia gerou muitas teorias sobre a civilização que a construíra. Mas acabou por ser nada mais do que uma rocha.

O número infinito de estrelas e mundos ao seu redor quase garante a existência de outras civilizações. Então, por que elas não viriam para a Terra, certo?

Achamos que a vida em todo o universo se desenvolve em cenários semelhantes. O surgimento de formas de vida simples, seguido pela evolução e crescimento de uma civilização tecnologicamente avançada. Mas, assim como na Terra, cataclismos acontecem lá também, causando extinções em massa.

Meteoritos, por exemplo. Talvez houvesse uma civilização lá, pronta para ir para o espaço sideral. Mas um enorme meteorito, como o que varreu os dinossauros da superfície da Terra, fez essa civilização desaparecer. E a vida naquele planeta começou um novo ciclo do zero.

Além disso, quanto mais avançada a civilização, maior o risco de sua autodestruição. Os cientistas podem conduzir experimentos em máquinas como o Grande Colisor de Hádrons e acidentalmente criar um buraco negro ali. Ele começaria a engolir tudo ao seu redor e crescer. Em breve, todas as cidades superdesenvolvidas desta civilização e todo o planeta simplesmente desapareceriam.

Outra possibilidade para civilizações superavançadas é viajar por buracos de minhoca, que são túneis no espaço-tempo entre os universos. Os alienígenas podem viajar por eles e perder o interesse em voltar.

Mas também é possível que a vida na Terra seja única. Isso porque nosso planeta foi formado graças a uma série de coincidências incríveis. A primeira é a localização do nosso sistema solar na galáxia. Na Via Láctea, existem constantes fogos de explosões de supernovas. A radiação dessas explosões destrói tudo ao seu redor a grandes distâncias. Nosso sistema solar fica bem no ponto ideal da órbita galáctica, onde estamos protegidos de tais explosões.

Outro fator é a lua. Uma teoria da formação da Lua diz que cerca de 4,5 (quatro vírgula cinco) bilhões de anos atrás, um meteorito do tamanho de Marte caiu sobre nós.

Se o impacto tivesse sido direto, a Terra teria se partido. E se aquele meteorito tivesse apenas arranhado a Terra, os pedaços teriam simplesmente voado para longe. Mas a colisão ocorreu precisamente para que parte do meteorito permanecesse na órbita terrestre e formasse a lua.

Assim, a Lua estabilizou a rotação da Terra e aqueceu nosso núcleo com a gravidade. Só então nosso planeta desenvolveu um campo magnético, que nos protege do vento solar.

Outros cientistas acreditam que a vida fora da Terra pode ser bioquimicamente diferente. Carbono e água são a base de nossos corpos. Mas o carbono pode ser substituído por silício ou fósforo. E a água pode ser substituída por amônia ou metano. Esses átomos poderiam formar moléculas de diferentes formas e talvez se juntar em um organismo vivo. A vida baseada em tais elementos seria diferente de tudo o que se vê na Terra.

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