Como eram estas 10 ruínas e sítios arqueológicos na época em que foram construídos

Curiosidades
há 7 meses

Todo mundo adora um bom ponto turístico: o Coliseu, a antiga cidade de Machu Picchu, as Pirâmides de Gizé. Mas você já se perguntou como era a aparência deles? Logo após terem sido construídos? Ou mesmo no momento em que eles estavam cobertos de plantas e esquecidos pela humanidade? Aperte o cinto, porque estamos indo em uma aventura de viagem no tempo para os principais sítios arqueológicos do mundo.

Nossa viagem começa na América do Sul, nas profundezas das montanhas peruanas. Confira a cidade de Machu Picchu. Machu Picchu é um monumento à engenhosidade e ao poder da civilização inca. No seu auge, a civilização inca se estendia por 4.000 quilômetros ao longo da costa da América do Sul, desde o atual Equador até o Chile. E Machu Picchu estava localizada no coração e no centro disso tudo. O local histórico foi construído a cerca de 2.100 metros acima do nível do mar, mais ou menos por volta de 1450 antes de Cristo.

A cidade fechada consistia em cerca de 150 edifícios feitos de pedra. Os incas conseguiram construir templos, casas e até mesmo um complexo sistema de aquedutos para irrigar toda a cidade. E sim, eles fizeram tudo isso sem a ajuda de rodas ou qualquer instrumento feito de ferro. O modelo de habitação é um pouco semelhante às casas de pedra que vemos hoje em dia, com a diferença de que os incas não usaram cimento para colar os blocos de pedra. No entanto, eles se encaixam perfeitamente um em cima do outro. Além disso, os incas devem ter desenvolvido uma tecnologia antiterremoto rudimentar, mas eficaz, já que, no caso de um terremoto, as rochas tremeriam sem sair do lugar. Se Machu Picchu fosse construída hoje, a obra custaria mais de 70 milhões de dólares.

A função do local ainda é um mistério para muitos historiadores. Teorias sugerem que poderia ter sido construído como um local para cerimônias, uma base de segurança para o povo inca ou até mesmo um retiro para a realeza. O que sabemos de fato é que, no século XVI, 100 anos após a construção de Machu Picchu, sua população a abandonou, e raízes de árvores tomaram conta da maior parte do local e o mantiveram escondido da humanidade por mais de 4 séculos!

Foi apenas no século XX que o mundo foi reintroduzido a Machu Picchu, quando um fazendeiro peruano, Melchor Arteaga, levou o professor da Universidade de Yale, Hiram Bingham III, para visitar o local. Desde então, Bingham e muitos outros exploradores dedicaram suas vidas e pesquisas ao estudo da maravilha arqueológica de Machu Picchu.

Agora, vamos à próxima parada do nosso veículo de viagem no tempo: a cidade de Pompeia, na Itália.

Pompeia fez parte do nosso imaginário coletivo por muitos anos. A erupção do vulcão do Monte Vesúvio em 79 depois de Cristo e a consequente destruição de uma cidade inteira é algo que espero que não aconteça novamente. Mas aposto que você está se perguntando: como era Pompeia no seu último dia? Demorou 18 horas para que as ruas, mercados, casas e fóruns de lá fossem enterrados sob milhões de toneladas de cinzas vulcânicas. Graças a alguns cientistas inteligentes, descobrimos que a lava e as cinzas que cobriram Pompeia em seu derradeiro dia realmente ajudaram a congelar a cidade no tempo. Diferentemente do gelo, a nuvem de cinzas não preservou a cidade intacta. Mas à medida que os itens se desintegraram ao longo de 2.000 anos, deixaram vazios sob a Terra. Os arqueólogos descobriram que, se preenchessem esses vazios com gesso, a forma da cidade enterrada logo se revelaria.

E foi exatamente isso o que aconteceu. Claro, não era nada como a movimentada cidade de 12.000 habitantes que existia muitos anos antes da fatídica erupção. Pompeia era um município vibrante e rico. As ruínas do local revelaram que muitas de suas áreas ostentavam casas impressionantes, algumas com varandas, o que era um sinal de grande riqueza na época.

E acredite ou não, até mesmo algumas obras de arte sobreviveram à erupção: os arqueólogos encontraram afrescos e murais com criaturas mitológicas bem preservados, todos indicando que membros da alta sociedade viviam lá. Ruínas mostram que a cidade até tinha banhos termais feitos com materiais luxuosos. Ah, e aparentemente, o povo de Pompeia tinha dentes incríveis. Sim, os arqueólogos conseguiram analisar até mesmo esse pequeno nível de detalhe a partir dos moldes de gesso que recuperaram do subsolo!

Ainda no território italiano, encontramos uma das maiores atrações turísticas do mundo: o Coliseu de Roma. Foi construído como um anfiteatro durante o reinado do imperador Vespasiano, por volta de 70 depois de Cristo. Foi apenas em 80 depois de Cristo que o filho de Vespasiano, o imperador Tito, inaugurou o Coliseu.

O monumento era algo incrível: com paredes de 48 metros de altura, mais de 80 entradas e capacidade para acomodar 87 mil pessoas. Todas as classes e grupos sociais eram bem-vindos no anfiteatro, e isso explica em parte porque ele foi tão popular por tantos séculos.

Durante o declínio do império romano, por volta do século VI depois de Cristo, o Coliseu começou a ser negligenciado e abandonado. O monumento foi saqueado e algumas de suas colunas e pedras foram usadas para construir infraestrutura em outros lugares. Apenas um terço do Coliseu original ainda está de pé! E se é grande agora, imagine o que era na época!

A Grécia foi o lar de um dos maiores impérios do mundo. No auge deste império — literal e historicamente falando — há mais ou menos 2400 anos, os gregos construíram uma cidadela conhecida como Acrópole. A Acrópole, composta por edifícios históricos, é considerada um dos maiores marcos da civilização ocidental até o momento. Os turistas que visitam a capital Atenas hoje podem se deparar com pilares amarelados e quebrados do Partenon no alto de uma das colinas da cidade. Mas quando foi construído, entre 447 e 432 antes de Cristo, o imponente e majestoso Partenon era puramente branco, já que todo o monumento foi construído com mármore branco brilhante. As estátuas internas eram feitas de ouro. O Partenon é um templo de 2.130 metros quadrados sustentado por 69 colunas de mármore. Os maiores blocos de mármore são enormes, pesando cerca de 10 toneladas cada.

E o fato mais surpreendente é que o mármore não veio de Atenas, mas de um local próximo que ficava a 17 quilômetros de Acrópole conhecido como Monte Pentélico. Historiadores intrigados com a origem do material primário para a construção de Acrópole encontraram pequenos e grandes blocos de mármore espalhados pelo chão do Monte Pentélico. Havia também uma estrada pavimentada que os gregos haviam construído para transportar as rochas ao redor.

Mas talvez o monumento mais impactante de todos os tempos esteja localizado no coração do Oriente Médio, nos arredores da cidade egípcia do Cairo. As Pirâmides são consideradas uma das sete maravilhas do mundo antigo. O Complexo da Pirâmide de Gizé foi construído como um túmulo para o faraó Quéops há cerca de 4.500 anos. Entre 20 mil e 30 mil pessoas participaram do processo de construção. É composto por três pirâmides, Quéfren, Miquerinos e Gizé.

O enorme monumento é feito de aproximadamente 8.000 toneladas de granito e mais de 550.000 toneladas de argamassa, o que lhe dá a aparência que tem hoje. Você acreditaria se eu lhe dissesse que as Pirâmides nem sempre tiveram essa aparência? Longe disso. Elas eram de um branco brilhante, com uma ponta triangular dourada na parte superior. Isso ocorre porque os egípcios usaram mais de 6 milhões de toneladas de calcário para cobrir toda a estrutura rochosa com forma de degraus. Tudo para que elas brilhassem sob a luz solar implacável do céu egípcio.

A pirâmide de Quéfren permaneceu a estrutura mais alta da Terra feita por humanos por mais de 3.800 anos. Era a única pirâmide de 8 lados no Egito e acreditava-se que se alinhava com o cinturão de Órion. É considerada a construção mais alinhada voltada para o norte. Em 1979, foi inscrita na Lista de Patrimônio Mundial da Humanidade da UNESCO.

Vamos até a cidade indiana de Agra para visitar rapidamente o Taj Mahal. Você pode conhecê-lo como Taj, mas também pode ser chamado pelo seu nome mais cativante: uma lágrima na bochecha do tempo. O Taj levou mais de 22 anos para ser construído e foi encomendado em 1632 pelo imperador mogol Shah Jahan como uma declaração de amor por sua terceira e favorita esposa: Mumtaz Mahal. Foi feito com mármore branco-marfim e, surpreendentemente, devido à conservação cuidadosa, ainda permanece muito semelhante ao que era quando foi construído.

Acho que toda essa conversa de marcos históricos me deixou com vontade de viajar. E você? Conte-nos nos comentários abaixo se você já visitou alguns desses locais ou quais marcos interessantes você acrescentaria.

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