Como a experiência de sofrer com aneurismas cerebrais despertou em Emilia Clarke o desejo de fazer o bem a outras pessoas

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há 1 ano

Com apenas 24 anos, Emilia Clarke sofreu seu primeiro aneurisma. Isso aconteceu logo após ela rodar a primeira temporada de Game of Thrones, a série de TV que a alçou à fama mundial. Apesar dos desafios físicos e emocionais decorrentes das cirurgias e da recuperação, ela mostrou determinação para retornar ao trabalho e fazer o que mais ama: atuar.

O primeiro aneurisma ocorreu quando ela estava na academia

Logo após filmar Game of Thrones, Clarke começou a sentir a pressão que Hollywood pode colocar nos ombros de quem está imerso na indústria. Para aliviar o estresse, ela começou a malhar, assim como “muitos artistas de TV fazem”. Certo dia, quando estava no vestiário, ela sentiu uma dor de cabeça, mas resolveu seguir em frente e começar seu treino. Ela, porém, retornou ao banheiro praticamente rastejando, sentindo dores e náuseas.

Pouco depois, a atriz foi levada ao pronto-socorro sem que os médicos conseguissem apontar o que havia de errado. Mas os exames indicaram que Clarke havia sofrido um aneurisma.

Ela passou por uma cirurgia de urgência, mas aquele procedimento não seria o último

Os médicos trabalharam no cérebro da atriz por quase 3 horas. Quando Clarke acordou, não conseguia lembrar de seu próprio nome completo, pois sofria de uma condição chamada afasia, a mesma que atingiu Bruce Willis antes de o astro receber seu diagnóstico de demência. Clarke levou uma semana só para conseguir lembrar como se chamava.

Dois anos depois, a atriz passou por um exame de rotina, algo que faz regularmente. Uma formação notada no outro lado de seu cérebro havia dobrado de tamanho, e ela precisou passar por outra operação. Daquela vez, não seria um procedimento minimamente invasivo feito pela artéria femoral, e sim pelo crânio. Peças de titânio precisaram ser inseridos no organismo da estrela.

A atriz havia perdido as esperanças de ter uma recuperação bem-sucedida

Clarke passou um mês no hospital tentando se recuperar, mas foi tomada pela ansiedade e por ataques de pânico. Foi preciso muita força e determinação para que ela não sucumbisse à doença e saísse daquela situação mais poderosa do que jamais havia sido.

“Eu me curei superando até a mais irracional das esperanças. Agora, estou 100%,” disse Clarke nos anos que se seguiram à segunda cirurgia. “Eu faço parte da pequena, pequena, pequena minoria de pessoas que conseguem sobreviver a isso”.

Agora, Emilia Clarke quer ajudar outras pessoas que passam pela mesma experiência

Em 2019, Clarke e a mãe fundaram uma entidade beneficente, a SameYou, para apoiar pessoas que estão se recuperando de danos cerebrais e derrames. O mais importante de tudo é que, ao falar abertamente sobre sua experiência pessoal, ela conscientiza sobre a importância de promover pesquisas na área.

Em 2023, Clarke e a escritora, jornalista e musicista Clemency Burton-Hill somaram forças para promover a conscientização sobre o problema e arrecadar verbas para a fundação SameYou. As duas mulheres sobreviveram a lesões cerebrais traumáticas e sabem como ninguém como os cuidados a longo prazo e o apoio aos pacientes são praticamente inexistentes. E elas querem mudar isso.

Mesmo diante de tudo isso, Clarke permaneceu grata e não perdeu o senso de humor

Sebastien Courdji/KCS/East News, JB LACROIX/AFP/East News

Considerando a parcela danificada do cérebro da atriz, “é surpreendente que eu ainda consiga falar, às vezes de forma articulada, e viver minha vida de modo completamente normal, sem absolutamente nenhuma sequela”, compartilhou a atriz.

Agradeço infinitamente à minha mãe e ao meu irmão, aos meus médicos e enfermeiras, aos meus amigos. Todos os dias, sinto falta do meu pai, que faleceu em 2016. Jamais poderei agradecê-lo o suficiente por ele ter segurado minha mão até o fim”, afirmou a famosa.

Os médicos revelaram que partes do cérebro da atriz estavam faltando, mas eles não podiam afirmar se isso afetaria sua concentração ou sua visão periférica. Emilia fez piada sobre o assunto, afirmando: “Sempre digo que meu interesse por homens não existe mais! É essa parte do meu cérebro afetada, sim, aquela responsável pelo gosto por homens”.

Imagem de capa emilia_clarke / Instagram, Sebastien Courdji/KCS/East News

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