Modelo que perdeu os lábios em ataque de pitbull compartilha sua jornada de recuperação
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Conhecemos bem os rituais de casamento: a noiva veste branco, o pajem traz as alianças, jogamos arroz nos noivos e no fim da festa nos deliciamos com os docinhos e bem-casados. Mas você sabe dizer de onde vêm esses costumes que se repetem em todas as cerimônias e celebrações brasileiras? A maioria tem histórias bem antigas, que podem ser do tempo dos faraós!
O Incrível.club pesquisou tradições e superstições e agora você pode esbanjar cultura na próxima celebração. Todos vão ficar admirados com toda sua sabedoria matrimonial! E no bônus final do post há várias curiosidades sobre o casório em outros países.
Na Grécia e na Roma antigas, acreditava-se que o véu da noiva, usado sobre o rosto, espantava maus espíritos e atraía sorte para o casal. O véu também impedia que outros pretendentes cobiçassem a noiva e evitava que o noivo desaprovasse a moça, em caso de casamentos arranjados. Daí vem a superstição de que o noivo não pode ver a noiva antes da cerimônia. No cristianismo, o véu branco, hoje não mais usado para esconder o rosto, tornou-se símbolo de conexão com Deus.
Todos sabemos que o branco representa a pureza, mas não era assim até 1840, quando a rainha Vitória, da Inglaterra, pediu que William Dyce desenhasse seu riquíssimo vestido de casamento, todo rendado. Até aquela época, no mundo ocidental, as cores eram valorizadas nos trajes da noiva, mas o impacto do branco lançado por Vitória foi tão forte que se tornou tradição em quase todo o Planeta.
A moda estendeu-se para as passarelas: um desfile de alta costura deve terminar com a apresentação de um vestido branco de noiva.
Em tempos medievais, era comum que o noivo raptasse a noiva e a levasse para o altar, caso a família da moça fosse contrária ao casamento. Para ele, estar com a mão direita livre significava poder defender-se mais rapidamente com a espada caso alguém tentasse impedir a cerimônia na base da força.
A tradição dos padrinhos também vem desses casamentos heroicos e acredita-se que tenha sido estabelecida na Alemanha do século 16. O noivo reunia uma turma de rapazes que considerasse bons de briga. O melhor deles ficava no altar para comandar a ação, caso houvesse necessidade. Daí vem a expressão em inglês best man (melhor homem), que designa a função do padrinho.
Como você viu acima, o costume de chamar padrinhos para o casamento não veio de uma inspiração romântica. Quanto às madrinhas, na Roma Antiga era comum que um grupo de mulheres acompanhasse a noiva até a cerimônia. Essas acompanhantes, no entanto, não tinham permissão de assistir ao casamento. Todas as 10 testemunhas exigidas pelo ritual deveriam ser homens.
Hoje em dia, tempos mais arejados, são as amigas do coração que sobem ao altar para testemunhar esse momento tão especial.
Essa é uma tradição bem inglesa, do século 19, que começou a ser copiada no Brasil depois do casamento de Kate Middleton com o príncipe William, em 2011. Ela seguiu estritamente as recomendações e usou cada um desses itens na cerimônia:
No Egito antigo, alianças simbolizando a união de duas pessoas já existiam. Feitas de papiro ou outra fibra, eram usadas no pulso ou no tornozelo. Em Roma, o metal entrou em cena na confecção de anéis. Por sua forma circular, que não tem princípio ou fim, representam a união eterna.
O diamante também é um sinal de longevidade, por ser uma das pedras mais resistentes da Terra. Começou a ser moda cravar diamantes em anéis de casamento quando Maximiliano da Áustria pediu a mão de Maria de Borgonha, em 1477.
O hábito de usar as alianças no dedo anular da mão esquerda também vem dos romanos. Eles acreditavam que, nesse dedo, começava uma veia (vena amoris) ligada diretamente ao coração.
Nas grandes celebrações do Egito dos faraós, inclusive casamentos, as joias eram apresentadas em almofadas, para ressaltar a beleza das peças e impressionar quem as admirava.
Na Europa medieval, houve o hábito de levar as alianças ao altar em missais (livros com as leituras das missas). Porém, travesseiros eram artigos de luxo na época, só os mais ricos podiam comprá-los. Tornou-se sinal de status imitar os egípcios e exibir os anéis sobre eles.
O hábito voltou à moda na Inglaterra vitoriana (1837-1901), do jeito que conhecemos hoje, com um garotinho de 4 a 8 anos levando as alianças sobre minialmofadas finamente bordadas ou rendadas.
Os romanos (quase sempre eles!) criaram a tradição de colocar uma garota carregando um feixe de trigo durante a cerimônia de casamento, para trazer fortuna aos noivos. Na Renascença, houve a moda de a garota levar alho e outras plantas aromáticas aos casórios, o que espantaria maus espíritos. Na Inglaterra elizabetana (século 16), as flores ganharam a preferência dos noivos e estão em cena até hoje. Um casamento nunca está completo sem daminhas levando flores ao altar.
As duas marchas nupciais mais famosas são a de Felix Mendelssohn, de 1842, e a de Richard Wagner, de 1850, ambos compositores alemães. O curioso é que eles não escreveram essas músicas para casamentos. Mendelssohn fez a sua marcha para uma encenação da peça Sonho de Uma Noite de Verão, de Shakespeare. E a música de Wagner é parte da ópera Lohengrin.
Quem lançou a moda de usá-las em cerimônias foi (de novo!) a rainha Vitória, da Inglaterra, que incluiu a marcha de Mendelssohn no casamento de sua filha, também chamada Vitória, em 1858. A filha mais nova da rainha, Beatrice (na foto acima), casou-se em 1885 ao som da partitura de Wagner (aquela em que costumamos cantar “até que enfim, até que enfim”). As duas composições estão nas paradas casamenteiras até hoje.
Na Roma da antiguidade, era costume quebrar pães feitos de trigo ou centeio na cabeça da noiva, desejando sorte e fertilidade. Os noivos deviam comer algumas migalhas juntos e esse era o primeiro ato de união na vida dos recém-casados.
Na Inglaterra medieval, os convidados empilhavam pães e roscas e divertiam-se vendo os noivos tentando se beijar sobre a pilha, o que teria originado o formato dos bolos modernos. No século 15, ainda entre os ingleses, a moda era servir, em homenagem à noiva, uma torta recheada com ostras, testículos de cordeiro, entranhas de animais e muitos temperos. Quem comesse teria sorte.
Os bolos doces só ganharam popularidade no século 16, quando o açúcar refinado começou a circular na Europa. Porém, como ainda era um produto caro, os ricos gostavam de se exibir com bolos monumentais, de preferência com cobertura branca — claro sinal de que tinham verba suficiente para comprar muito açúcar refinado.
Apesar de toda essa evolução, cortar e comer o primeiro pedaço do bolo de casamentos juntos continua tendo a mesma simbologia romana para os casais modernos.
Acredita-se que a origem desse doce seja portuguesa. Os bolinhos, compostos de duas partes de massa fofa recheada com doce de leite, representam a união do casal e seu respeito mútuo. Ao distribuí-los para os convidados, os noivos estendem a todos os seus desejos de felicidade.
É outra tradição que vem da Roma Antiga, quando um casamento significava não apenas a união de duas pessoas, mas também a esperança de crescimento econômico das duas famílias. Naqueles tempos, eram usados com mais frequência o trigo ou o centeio, que simbolizavam fartura, boas colheitas, fertilidade e prosperidade. Com o passar do tempo, o arroz tornou-se a pedida.
Na Europa medieval, as solteiras tinham o costume de levar um pedaço do vestido da noiva como amuleto de boa sorte e fertilidade. Com o passar do tempo, as noivas mais espertas começaram a jogar objetos pessoais para evitar que as solteiras depenassem seus vestidos. Como o buquê parecia ser o acessório mais dispensável, ficou estabelecido que ele seria o símbolo de sorte no amor para quem conseguisse apanhá-lo.
Antes do século 18, na Europa, era costume que os amigos se reunissem no quarto dos noivos recém-casados e os ajudassem a se despir para “encorajá-los” na primeira noite de núpcias. Com o tempo, os convidados passaram a ser menos intrometidos, mas mantinham-se do lado de fora batendo potes e panelas. No século 20, quando os carros entraram em cena, a barulheira das latas ganhou o formato que conhecemos hoje.
Essa tradição não vem de Roma, da Alemanha ou da Inglaterra. É bem brasileira mesmo! Quer maneira mais gostosa de se despedir dos noivos do que sambando no pé?
Há várias teorias sobre a origem da expressão “lua de mel”. De acordo com os ingleses, o termo é usado desde o século 16 para designar o período do casamento mais caracterizado pelo amor e pela felicidade. Na Inglaterra do século 19, era costume levar parentes à viagem de lua de mel, para visitar pessoas que não puderam comparecer à cerimônia. Também é dos ingleses o hábito de beber hidromel, um fermentado docinho, à base de mel, nos primeiros dias de casamento.
No século 20, com o desenvolvimento do turismo de massa, a lua de mel tornou-se um hábito popular. Na Europa, destinos como a Riviera Francesa ou as cidades italianas de Roma e Veneza costumavam ser os mais procurados, por seu clima romântico. Hoje, uma bela praia nordestina ou o charme de Buenos Aires ou de Santiago podem ser os cenários dos sonhos dos recém-casados.
O que você achou das curiosidades que mostramos? Conhece alguma tradição ou superstição de casamento diferente, do Brasil ou de outra parte do mundo? Conte para nós nos comentários!