A família do marido sempre passava pano para a cunhada dela, mas a esposa não aguentou mais ficar de lado

Psicologia
há 1 ano

Ao se casar, uma mulher ganha não só um parceiro, mas também a família dele. Alguns dos membros podem ser tornar ótimos amigos, outros permanecem neutros, mas há aqueles dos quais é melhor manter distância. A autora desta história tolerou, por muito tempo, que o marido e a família dele sempre defendessem a cunhada tóxica, mas finalmente encontrou uma forma de salvar seu relacionamento.

Eis como a autora descreve o que aconteceu: "Eu não gosto da irmã mais nova do meu marido. Ela é muito irresponsável, faz besteiras o tempo todo e ninguém pode ficar com raiva dela porque ’ela é uma criança!’ Isso é o que ela adora dizer, embora já seja adulta. Meu marido sempre a protege por ela ser a mais nova na família e segue a regra de ’a caçula pode tudo’. Só que eu também sou a caçula da minha família e nunca me comportei dessa forma.

Tentei manter o mínimo de cordialidade com a cunhada, mas hoje perdi todos os nervos. Meu marido e eu não conseguíamos nos reunir com nossos velhos amigos há dois anos, e finalmente houve a oportunidade, por isso marcamos lá em casa. Eu me dispus a cuidar do jantar: fiz raviólis para todos. Foi cansativo, é claro, mas o que não fazemos para convidados queridos, não é?

Assim que nos sentamos à mesa, a campainha tocou. Minha cunhada, que não havia sido convidada, estava do outro lado da porta. Meu marido admitiu que, sem querer, mencionou nosso jantar para ela, e ela decidiu aparecer mesmo sem ser chamada. Não a mandamos embora, é claro, e a convidamos para comer.

No começou, tudo ia bem: comemos os aperitivos, pus os raviólis para cozinhar e fui atrás do queijo ralado. Do canto do ouvido, escutei minha cunhada dizer que queria levar a comida da cozinha para a mesa e logo gritei de longe: ’Não precisa, obrigada!’ Ela murmurou algo que não entendi, e então um estrondo. Todos suspiraram fundo, prendendo o ar, eu já fechei os olhos, horrorizada, sabendo o que havia acontecido. Eu nem queria ver. Quando abri os olhos, não consegui conter as lágrimas: todos os raviólis, com os quais eu havia gastado horas de trabalho, espatifados no chão. Minha cunhada em pé, olhando para eles, deu de ombros e soltou: ’Não tem problema, é só massa e recheio, vou lá comprar mais’.

Naquele momento, quando ela desvalorizou minhas horas de trabalho, minha mente foi para outro lugar. Eu a chamei de estabanada, dizendo que havia estragado nosso jantar porque está sempre mexendo em tudo e a mandei embora. Ela saiu correndo chorando, e eu fiquei chorando em casa. Meus amigos tentaram me apoiar e me acalmar, ajudaram a limpar tudo e depois pedimos pizza.

Quando minha cunhada derrubou toda a comida, meu marido ficou do lado dela, dizendo que eu estava exagerando e fazendo tempestade em copo d’água. À noite, meus sogros ligaram reclamando que eu tinha feito a pobre filhinha deles chorar apenas por conta de comida. Me senti mal primeiro, mas depois caiu minha ficha: que meu marido entre na minha pele, e vamos ver como ele reage e de que lado ficará em uma situação como essa.

Esperei o fim de semana chegar e disse a ele: ’Por que você não fica uma vez no meu lugar, faz seus próprios raviólis e depois me diz se acha que passei dos limites com minha reação?’ Ah, essa será uma lição da qual ele se lembrará por muito tempo!

Ele concordou na hora e ainda disse: ’Vamos lá, então, qual é a dificuldade disso?’ Essa atitude durou cerca de 30 minutos, depois o ânimo diminuiu. No fim, em uma hora, ele preparou massa para 60 raviólis. Eu não levantei um dedo para o ajudar, afinal ninguém me ajudou naquela noite.

Quando a massa ficou pronta, meu marido começou a preparar o recheio — o que levou mais uns 40 minutos. Depois, ele abriu a massa, cortou-a em quadradinhos, pôs o recheio em cada um, com cuidado, depois dobrou as bordas... Demorou uma eternidade! Todo o processo, do início ao fim, levou cerca de quatro horas. Isso sem contar que ele não preparou o molho e os camarões para servir com os raviólis, nem o alface. Quando eu disse o que faltava fazer, ele quase começou a chorar.

Meu marido começou a se desculpar cerca de uma hora depois de começar a cozinhar, percebendo mais claramente o quanto de trabalho a irmã dele havia arruinado. Conversamos bastante sobre ela e sobre outras ocasiões (muitas!), em que ela havia feito coisas similares, e como a família dele sempre passa pano para ela. Ele admitiu que também não gosta muito disso, mas disse que sempre foi assim e essa ’proteção excessiva’ se tornou a norma entre eles.

Alguns dias se passaram, e meu marido recebeu um áudio de uma parente. Na mensagem, ouvia-se a voz da irmãzinha favorita dele rindo e se gabando de ter deixado cair os meus raviólis de propósito ’para dar uma lição naquela mulher arrogante’. Nunca vi meu marido tão irritado na vida quando após ouvir essa mensagem.

Ele foi à casa dos pais e contou o que a irmã havia feito. Ela negou tudo, como sempre, até ele pôr para tocar o áudio para todos ouvirem. Depois disso, ele a proibiu de entrar na nossa casa até que me pedisse desculpas sinceras pelo ocorrido.

Minha cunhada fez um escândalo e começou a chorar sem parar. A mãe correu para consolar a filhinha, e meu marido ainda foi criticado por ter escolhido ficar ’do lado de uma garota qualquer em vez da família de sangue’. Ele acabou brigando com todos os parentes e foi embora, batendo a porta. E, olha, estamos vivendo em paz desde então!"

Infelizmente, não são raros os casos que os pais gostam tanto de um filho que passam pano para tudo o que ele ou ela faz, mesmo quando estão errados. É claro que é triste ser a criança “menos amada” da família, mas, pelo menos assim, há mais chances de ela se tornar um adulto responsável e, provavelmente, menos mimado.

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