Excluí minha madrasta, que me criou, do meu casamento para agradar minha mãe

Muitos pais e psicólogos acreditam que cumprir o papel de pai ou mãe significa criar um filho obediente. Mas há quem esteja convencido de que justamente uma criança rebelde deve ser um motivo de alegria, uma vez que assim ela aprende a defender seu ponto de vista e a aceitar a si mesma, muitas vezes com os próprios erros. Como resultado, se torna um adulto inteligente e de mente aberta.
Por outro lado, seguir todas as convenções estabelecidas pelos pais pode resultar em problemas. No site russo Pikabu, por exemplo, é possível encontrar centenas de relatos de usuários se queixando de pontos da infância que os impediram de se sentir livres e felizes na vida adulta.
Nós, do Incrível.club, não incentivamos a criar crianças indisciplinadas. Nosso objetivo é mostrar a importância de deixá-las à vontade em determinados comportamentos, mas dentro de certos limites, é claro. Prestar mais atenção nos hábitos infantis mencionados abaixo pode ajudar a criar um indivíduo inteligente e autônomo. Confira!
É importante lembrar que os filhos são indivíduos únicos, embora pareçam puxar alguns traços dos pais. Tentar criar cópias de si mesmos ou projetar suas frustrações neles pode fazer com que detestem atividades forçadas. Entretanto, as crianças desobedientes começam a defender seus interesses desde cedo e frequentemente se tornam bem-sucedidas.
Psicólogos afirmam que é essencial conciliar trabalho e descanso e aproveitar o repouso. Mas relaxar se torna difícil se estamos acostumados a horários apertados desde a infância e não aprendemos a descansar. Isso pode afetar a vida adulta, já que adotamos atividades com uma agenda mais flexível, mas continuamos sentindo culpa por acordar mais tarde no fim de semana, mesmo que não tenhamos nada planejado.
Durante a infância, você também era repreendido pelos seus pais por ter rido ou falado alto em local público, porque assim mostrava “falta de respeito”? É possível que, com o passar dos anos, muitas crianças tenham aprendido a se controlar, mas sofrendo colapsos mentais, depressão e passando por atos de rebeldia. É muito provável que restrições assim na infância estejam na raiz de alguns problemas emocionais que surgem na idade adulta. Já crianças desobedientes preferem não se conter e, assim, aprendem a expressar as emoções de forma mais adequada e a compreender os próprios sentimentos.
Quantas vezes você avisou seu filho que não se pode pegar o gato pela cauda ou tocar na chaleira quente? Provavelmente, mais de uma. E não é porque os pequenos não entendem de uma vez, mas porque são muito curiosos, o que é completamente normal. Porém, as contínuas proibições podem acabar com essa vontade de aprender. Crianças desobedientes, entretanto, são proativas e mais propensas a inovar.
Durante a infância, você também recusava alguns alimentos ou manchava roupas novas sem se preocupar muito com o que seus pais falariam? Esse tipo de comportamento não se trata de rebeldia. Aproximadamente aos 3 anos, a criança começa a expressar sua opinião e aprende a defendê-la. Se ela enfrentar inúmeras rejeições por parte dos pais, terá dificuldades de tomar atitudes independentes em qualquer ambiente. Por outro lado, as que são desobedientes simplesmente não enfrentam esse tipo de problema.
É importante saber ouvir a opinião dos outros, e quanto mais crítica ela for, melhor, mas apenas se não vier dos pais. Frequentemente, a autoestima infantil depende do amor parental. Então, se os pais fazem constantes críticas ao filho, ele deixa de ser confiante e tenta conquistar o afeto dos familiares, mudando a si mesmo para agradá-los. Dessa maneira, corre o risco de perder sua essência.
Mas quando as crianças sabem que seus pais vão amá-las de qualquer maneira, à medida que amadurecem fazem de tudo para ser a melhor versão de si mesmas, baseando-se apenas nos próprios interesses.
Via de regra, crianças indisciplinadas conseguem a permissão dos pais para ir ao baile ou ficar na casa dos amigos a qualquer custo. Os pequenos precisam ter seu próprio “espaço de liberdade”, onde podem tomar decisões de forma autônoma, caso contrário podem se ter problemas na idade adulta e quando começarem a morar sozinhos.
Você se lembra de quando era pequeno e, às vezes, sentia uma dor de cabeça ou de estômago tão forte que era impossível ir para a escola, mas seus pais o obrigavam a sair de casa mesmo assim? “Você vai sair e a dor vai passar”. Os adultos deveriam saber que a falta de sintomas graves não significa que a criança esteja simulando a dor. E aquelas que são mais teimosas tendem a desobedecer os pais quando realmente se sentem mal.
“É necessário respeitar os mais velhos” e “responder para os adultos é falta de educação” são algumas das frases mais ouvidas pelas crianças. Infelizmente, isso expõe as crianças ao perigo, já que a criança vai crescer acreditando que deve obedecer a qualquer adulto e, quando um desconhecido pedir algo, mesmo que seja uma ajuda “inocente”, a criança vai se sentir obrigada a fazer. As crianças devem ter em mente que um adulto jamais irá pedir informações à uma criança e que ela não deve obedecer ao pedido de entrar em um carro apenas porque veio de uma pessoa mais velha. Ou seja, se os pequenos obedecerem aos adultos sem questionar, vão estar ainda mais expostos ao perigo.
Todos nós ensinamos nossos filhos a não falar com estranhos nem aceitar presentes deles na nossa ausência. Minha filha acabou de completar 10 anos e, apesar de todas as conversas diárias referentes ao assunto, eu não tinha certeza de que ela tinha aprendido e como se comportaria com desconhecidos. Pedi que um amigo meu, que a minha filha não conhecia, falasse com ela quando estivesse sozinha. Quando chegou o dia do encontro, ele se aproximou dela, começou a conversar e... ela contou tudo — onde e com quem mora, como se chama e quais são os nomes dos pais dela! Mas antes de entrar em detalhes, tinha avisado: “Minha mãe não me deixa falar com estranhos e vai voltar logo, então vamos conversar rápido!” © kinanebudet / Pikabu
Com qual frequência seus filhos reagem às suas restrições e proibições? Conte-nos sobre sua experiência como pai ou mãe. Ou talvez você mesmo fosse uma criança rebelde e quer confirmar ou discordar do que foi dito acima? Compartilhe sua opinião nos comentários!