7 Animais antigos e modernos que são muito semelhantes, mas não aparentados

Animais
há 8 meses

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Quando olhamos para as criaturas do reino animal, muitas vezes temos o seguinte pensamento: se elas têm características semelhantes, devem estar relacionadas de alguma forma. Zebras, cavalos e camelos devem ter algum ancestral comum. O mesmo vale para cachorros e chacais: em algum lugar de sua linhagem, eles devem ter algum tataravô... lobo em comum, certo? Bem, a forma como a evolução funciona na natureza é muito mais complexa. Tomemos, por exemplo, a evolução convergente, que é quando criaturas diferentes evoluem independentemente umas das outras, mas acabam tendo características semelhantes.

Veja o caso dos tubarões e dos golfinhos para entender melhor. À primeira vista, eles parecem muito semelhantes: criaturas aquáticas, com algumas espécies tendo quase o mesmo tamanho. Mas acontece que eles não têm parentesco. Os tubarões são peixes, eles se reproduzem por ovos e evoluíram para poder farejar sangue na água e se alimentar. Os golfinhos, por outro lado, são mamíferos. Eles são amigáveis e têm uma vida social bem mais interessante. Veja os golfinhos-nariz-de-garrafa, que produzem assobios especiais, usados de maneira semelhante à dos humanos quando o assunto são nomes. Eles não apenas desenvolvem esse tipo de apito para se apresentarem a outros golfinhos, mas também podem aprender outros “nomes” para se comunicar melhor entre si. Claro, tubarões e golfinhos tiveram um ancestral comum, mas que viveu no mar há quase 300 milhões de anos. É seguro dizer que golfinhos e tubarões nem são primos hoje em dia.

Outro exemplo mais chocante de evolução convergente é o das baleias e dos morcegos. A maioria das criaturas das quais podemos nos lembrar usa luz e visão — para explorar o mundo ao seu redor. Mas há um conjunto específico de criaturas que depende do som para pintar uma imagem do seu ambiente. O que eles fazem é emitir um som, que volta para eles dependendo do objeto que atinge. Essa habilidade é chamada de ecolocalização. Animais que têm essa característica emitem sons em frequências acima da audição humana, chamadas de ultrassom. Essas ondas sonoras refletem-se nos objetos enquanto eles se movem, permitindo que o animal descubra onde está em determinado espaço.

A ecolocalização é usada principalmente por baleias com dentes e por algumas espécies de morcegos. O que há de semelhante nesses dois animais é que eles precisam caçar na escuridão. Apesar disso, eles se ecolocalizam de maneiras muito diferentes. Os morcegos, por exemplo, usam a garganta para gerar ultrassom da boca ou do nariz. Em seguida, passam a ouvir as mudanças nos ecos. Sua ecolocalização é tão afinada, que eles podem distinguir alvos a menos de 0,5 mm de distância. Mesmo que o alvo esteja em movimento! As baleias, por outro lado, ecolocalizam empurrando o ar através de suas cavidades nasais. Esse movimento cria vibrações em um órgão gorduroso especial chamado ’melão’. Este órgão focaliza e modula o som, que então passa para a água ao redor da baleia. As baleias captam os reflexos desses sons por meio de sua mandíbula inferior e ao redor das orelhas.

Outro exemplo notável de convergência evolutiva é o dos ictiossauros e dos golfinhos. Visualmente, os “lagartos-peixes” do Mesozoico, chamados ictiossauros, se parecem muito com os golfinhos modernos. Mas os amigáveis mamíferos são muito mais próximos de girafas e camelos do que de criaturas antigas. Apesar de terem 200 milhões de anos de diferença, eles compartilham algumas características comuns que levam as pessoas a pensar que pertencem à mesma espécie. Mas isso acontece porque eles viviam no mesmo ambiente. Ambos desenvolveram barbatanas dorsais durante sua evolução, o que os mantém equilibrados durante o nado. Agora vamos ver os fitossauros e crocodilos. Os fitossauros eram répteis que vagavam pela Terra no período Triássico. Eles não eram dinossauros, mas viveram na mesma época que os primeiros dinossauros. Apesar de serem muito parecidos, os primeiros crocodilos surgiram mais de 70 milhões de anos depois, no período Cretáceo. No início esses dois até enganaram os paleontólogos, que chegaram a afirmar que os fitossauros seriam os ancestrais dos crocodilos.

Placodontes e tartarugas também são parecidos. Os placodontes, no entanto, apareceram na mesma época que os dinossauros, algo em torno de 235 milhões de anos atrás. Como as tartarugas modernas, eles viviam em ambientes marinhos e cercados por predadores. Depois desenvolveram cascos muito fortes para a sua proteção. As tartarugas, no entanto, chegaram ao local cerca de 100 milhões de anos mais tarde. Mesmo os gatos modernos têm um sósia antigo. Eles eram chamados de esparassodontes, mas eram carnívoros e marsupiais e viviam na região sul-americana, assemelhando-se ao tigre dente-de-sabre, hoje extinto.

Falando em tigres dente-de-sabre, que tal um também relacionado ao canguru? Sim, essa criatura costumava vagar livremente pela Terra há cerca de 3 milhões de anos. O Tilacosmilo pode ter semelhança com felinos, mas era um marsupial, ou seja, tinha uma bolsa de pele para carregar seus filhotes por certo período após o nascimento, como cangurus e gambás fazem hoje. É difícil estimar como eles eram, já que um esqueleto completo nunca foi encontrado, mas sabemos que pesavam entre 81 e 118 quilos.

Quando imaginamos um elefante atual, pensamos sempre nas presas salientes para cima. Bem, não era assim com seus ancestrais. Cerca de 20 milhões de anos atrás vivia uma criatura pré-histórica semelhante a um elefante, chamada Dinotério. No entanto, tinha ambas as presas curvadas para baixo de sua mandíbula. Tal como acontece com muitas outras criaturas pré-históricas, não sabemos por que eles tinham esse recurso invertido, mas uma teoria sugere que eram usados como âncoras, para se protegerem nas margens dos rios.
Outro marsupial, o Tilacino ou “tigre da Tasmânia”, teve sua espécie extinta no início do século 20. Sua extinção foi um dos eventos naturais mais trágicos dos tempos modernos. Nos últimos 2.000 anos, eles viveram apenas na ilha da Tasmânia. Apesar do nome, pareciam mais raposas do que felinos. No entanto, os tilacinos eram marsupiais, e não mamíferos placentários, como as raposas.

O Wallaby-Toolache foi uma das criaturas mais belas e majestosas que já existiram. Costumava ser encontrado na Austrália e na Nova Zelândia e era muito parecido com os cangurus, apresentando pelo fino com faixas de cinza mais escuro e mais claro nas costas. Surpreendentemente, esses animais foram apelidados de cara-de-macaco, mas não tinham nenhuma conexão com os macacos modernos — além do fato de ambos serem mamíferos. O que os tornava tão especiais era a maneira como se moviam. Seu movimento padrão consistia em dois saltos curtos, seguidos de um longo. Depois disso, o wallaby simplesmente olhava para o céu. Não se engane: eles eram extremamente rápidos. As fêmeas eram mais altas que os machos e pareciam animais bastante sociáveis, às vezes gostando particularmente de determinado local. Eles também eram noturnos.

Hiracodontes e cavalos compartilham muitas características semelhantes. Mas os hiracodontes existiram nos períodos Eoceno e Oligoceno, e foram extintos há cerca de 23 milhões de anos. Em todo o seu grupo, eles apresentavam espécies muito diversas e tinham muitos tamanhos diferentes: do pequeno, semelhante a um pônei, ao colossal paraceratério, um dos maiores mamíferos terrestres que já existiu. Os cavalos modernos, no entanto, apareceram há cerca de 2 milhões de anos. Vamos fazer um pequeno experimento juntos: comece esticando o braço. Se você traçasse uma linha da ponta dos dedos até o ombro, mediria cerca de 71 cm. Agora tente imaginar um inseto com uma envergadura desse tamanho. Espere um minuto, você não vai precisar de uma embalagem grande de repelente, não se preocupe, eles estão extintos. Mas a gigantesca Meganeuropsis viveu cerca de 250 a 300 milhões de anos atrás.

Ela provavelmente se assemelhava às libélulas atuais, apesar de não serem tecnicamente relacionadas. Os cientistas descobriram que não eram libélulas verdadeiras por causa das diferenças na forma das veias das asas, e ainda não sabem por que esses insetos eram tão grandes. Alguns acreditam que os insetos são limitados em tamanho devido à pequena quantidade de oxigênio que são capazes de absorver. Na época em que esses insetos vagavam pela Terra, os níveis de oxigênio em nossa atmosfera eram muito maiores, então essa pode ser uma explicação. Outros especialistas acham que eles ficaram tão grandes porque não havia outro predador grande o suficiente para pegá-los do chão.

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