6 Efeitos que as desilusões causam no organismo

Há alguns anos, veículos de comunicação afirmaram que a Organização Mundial de Saúde tinha supostamente incluído o amor na lista de transtornos psicológicos. No entanto, a notícia era falsa: não há nada sobre isso no registro de enfermidades. A verdade é que, apesar de o amor continuar sendo um sentimento positivo, romances falidos e separações dolorosas são mesmo capazes de comprometer nossa saúde e nos deixar suscetíveis a problemas no organismo.

O Incrível.club investigou quais podem ser as consequências físicas de uma separação difícil. Tudo para lembrar da importância de gostar e cuidar de si mesmo antes de tudo.

Meu coração está partido

Todo mundo repete essa frase diante de uma decepção amorosa. Poeticamente, é uma forma de expressar nosso sentimento após um rompimento. Mas o coração de algumas pessoas que sofrem por esse motivo realmente assume uma forma incomum, e parece realmente estar partido. Esse problema se chama “miocardiopatia de takotsubo”, ou, dito de outra maneira, “síndrome do coração partido”. Os sintomas são parecidos com os de um infarto: problemas para respirar e forte dor no peito. A doença é rara, mas pode ser fatal. Frequentemente, uma ruptura dolorosa pode provocar ataques de pânico e disautonomia.

Eu o amo, apesar de tudo

Você já conheceu alguém que parecia obcecada com outra pessoa, a ponto de esquecer de todo mundo? Gente assim fica até disposta a suportar humilhações e a total indiferença por parte do seu objeto de adoração. E quando você tenta fazer a pessoa voltar à razão, ela diz: “Não consigo viver sem ele, me deixe em paz”. Todos esses sinais masoquistas podem ser sintomas de uma grave doença chamada limerência.

limerência é um “atalho” na principal etapa emocional de uma ardente paixão, quando a mistura prejudicial de hormônios é gerada incansavelmente em grandes doses. Esse estado acaba rápido em pessoas normais porque durante ele, é impossível viver e pensar com clareza. Mas numa pessoa com limerência, surgem os sintomas de arritmia, dores no peito, sede e problemas ligados ao sono. Tudo isso requer um tratamento sério com um endocrinologista e uma psiquiatra.

Normalmente, a doença dura de 3 a 4 anos, ficando adormecida até o próximo ataque de paixão. Contudo, o professor de psicologia Albert Wakin, da Universidade de Connecticut (EUA), descreveu o caso de uma paciente que sofreu de limerência durante 60 anos.

Me afogo num mar de guloseimas

Lembra das cenas de filmes em que a mulher toma sorvete direto do pote, com uma colher grande, na companhia das amigas, logo após terminar um relacionamento? Os doces atuam na liberação do hormônio da felicidade. É por isso que costumamos comer guloseimas quando estamos tristes.

Mas numa situação estressante de tortura emocional, o apetite frequentemente some, e a pessoa nem percebe que passou o dia sem comer nada além de sorvete. Cedo ou tarde, o pâncreas não resistirá aos maus tratos e desenvolverá uma pancreatite. A doença é realmente muito incômoda e requer uma dieta rígida. Por isso, em vez de se jogar nos doces, é melhor praticar esportes, que tem tanta influência positiva no estado de ânimo quanto devorar uma deliciosa barra de chocolate.

Não consigo tirá-lo da cabeça

Ah, essas noites sem dormir cheias de lembranças e lágrimas amargas! Nos lamentamos por conta dos nossos sofrimentos, mas na verdade é nosso cérebro que sofre nessas horas. O grande comandante do nosso organismo precisa de sono assim como de oxigênio e de água. É justamente durante o sono que o cérebro executa grande parte de seu trabalho. Um cérebro cansado destrói os caminhos neurais que têm responsabilidade pelo bom funcionamento da memória e do pensamento. Ao mesmo tempo, aumenta o risco de desenvolver o mal de Alzheimer e outros transtornos psíquicos. Especialistas canadenses chegaram à conclusão de que a insônia prejudica mais o cérebro que a ingestão de álcool.

Não aguento mais ele

A etapa seguinte, depois da dor e das lágrimas, é a raiva. Começamos a incluir o ex na lista dos maiores vilões da humanidade, lembrando até das menores ofensas. É uma reação normal, que ajuda a liberar as emoções negativas, mas é fundamental que não se prolongue. O estresse também é uma irritação constante que provoca o acúmulo da bile e pode gerar problemas no sistema digestivo, fígado e vesícula biliar.

Quando a etapa da raiva não acontece, a dor de uma separação pode se agravar e virar algo insuportável, quando os antidepressivos podem se tornar necessários. Só que essas drogas atacam células do fígado, principalmente quando combinadas com álcool. Por isso, esses remédios só devem ser administrados sob recomendação médica e seguindo a dose correta.

Eu queria ter filhos com ele

O estresse ligado à separação destrói o DNA do ser humano. Pesquisadores realizaram uma série de estudos durante os quais descobriram que, após um rompimento, o número de telômeros diminui consideravelmente, e são eles que executam a principal função nos cromossomos. A redução dos telômeros acelera o processo de envelhecimento, fazendo do surgimento de novas rugas algo inevitável.

Para não perder a beleza e a juventude por conta de um romance fracassado, a vencedora de um Prêmio Nobel Elizabeth Blackburn recomenda a prática de yoga e meditação, manter uma dieta rica em Ômega-3 e o consumo de polivitaminas. O mais importante é tentar esquecer o passado e viver o presente, já que o estresse continua sendo o principal inimigo da nossa saúde e da longevidade.

E você, já passou por separações difíceis? Como superou a dor daquele momento? Deixe suas respostas nos comentários.

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