caramba.. eu realmente achava q eles eram muito sujos. Mas mesmo passando só um paninho úmido, n dá p limpar tanta coisa, ne? kkk sem contar q não escovar os dentes... deviam ter um hálito ótimo kkkkk
15 Fatos da Idade Média sobre os quais os filmes não retratam corretamente a realidade
A Idade Média nos parece uma era sombria, quando o mundo estava mergulhado nas trevas, lama e batalhas intermináveis. Ou, ao contrário, como uma época romântica, durante a qual belas damas, bravos cavaleiros e nobres reis viviam em altos castelos. De qualquer maneira, temos de agradecer ao cinema e à literatura popular. Foram eles que criaram muitos estereótipos sobre a Idade Média, que nem sempre correspondem à verdade. Não se esqueça que esse período histórico durou do século V ao século XV d.C. e, ao longo desse tempo, muitas coisas mudavam constantemente, para além do nosso conhecimento.
Nós, do Incrível.club, revisamos cuidadosamente os comentários dos historiadores sobre filmes populares e estamos prontos para lhe contar quais os mitos do cinema sobre a Idade Média, não correspondem à verdade.
Desleixados medievais
Graças ao cinema, acreditamos que os habitantes da Idade Média tinham um conceito de higiene muito peculiar. Segundo a ficção, eles raramente tomavam banho, uma vez por ano já era um milagre. Andavam sujos e cheiravam muito mal. A verdade é que não era nada disso. Os banhos públicos eram muito populares, mesmo entre os pobres, que os frequentavam para se refrescar e conversar. A estância turística de Bath, na Grã-Bretanha, tornou-se famosa, ainda na Idade Média, graças às suas fontes termais. Os cidadãos ricos podiam tomar banhos completos, enquanto os pobres se limpavam com panos úmidos.
O mau cheiro era insuportável. Como era associado ao pecado, a maioria das pessoas, independente da origem, tentava exalar o odor mais agradável possível. Obviamente, a principal razão de um corpo não fétido é a limpeza.
Ignorantes analfabetos
Na Idade Média, as pessoas não eram tão trogloditas quanto pensamos. Os mosteiros e as igrejas não eram terrenos férteis para superstições e preconceitos sombrios, ao contrário, eram um repositório de conhecimento. O clero não punia os pesquisadores por suas obras científicas, frequentemente os apoiava. Muitas universidades europeias surgiram exatamente nessa época.
A maioria das pessoas já estava ciente que a Terra é redonda. A igreja nem tentou argumentar o contrário. É muito comum que os governantes desse período tenham sido retratados com um orbe na mão, um símbolo da Terra redonda que governavam.
Cavaleiros nobres
A palavra “cavalaria” hoje está ligada a um comportamento nobre e digno. Um símbolo de coragem, justiça e honra. O cavaleiro era um verdadeiro guerreiro que protegia os fracos e punia os vilões. No entanto, os cavaleiros medievais não eram a quintessência de todas as virtudes.
Em sua maioria, os cavaleiros eram jovens cheios de energia. Quando não estavam lutando em guerras, espalhavam o terror à população. No século XI, os proprietários das terras começaram a usá-los para manter seus súditos sob controle, cuja consequência foram terras devastadas e aldeias destruídas. De acordo com uma versão, as Cruzadas foram organizadas, entre outros motivos, para tirar esses jovens cavaleiros de suas terras de origem.
Apenas senhores e camponeses
A estratificação social na Idade Média era muito mais complexa do que costumamos pensar. As pessoas não eram divididas apenas em nobres e servos. Os chamados camponeses, podiam ser tanto servos, que trabalhavam nas terras do senhor, quanto pessoas livres que possuíam um lote ou seu próprio negócio. Nas cidades pequenas, algumas famílias bem-sucedidas, de fato podiam administrar todo o assentamento. O cidadão rico até podia alugar a propriedade do senhor.
Havia também os servos de origem nobre nos castelos. O costume de enviar os filhos para servir uma família de parentes era bastante comum. Apenas para certas ocupações os filhos dos nobres eram contratados, como pajens ou escudeiros. Esses servos não eram remunerados, mas sua posição na hierarquia era significativamente maior que a dos servos comuns. A maioria dos empregados era do sexo masculino. Por exemplo, o Conde de Devon, tinha 132 homens e apenas 3 mulheres a seu serviço.
Donas de casa medievais
A vida das mulheres naquela época não era tão triste e deprimente. Muitas não ficavam o dia todo em casa, mas trabalhavam. Elas podiam ajudar seus maridos no negócio ou trabalhar em quase qualquer guilda (associação), no entanto, para isso, às vezes necessitavam ter a permissão do cônjuge.
Mulheres que alcançavam o nível de mestre ensinavam os iniciantes, incluindo homens. Portanto, muitas se dedicavam às tarefas domésticas apenas no seu tempo livre de trabalho. Além disso, não podiam perder muito tempo na cozinha e, devido ao perigo de incêndio, nem todas as famílias tinham um fogão em casa. Assim, os plebeus costumavam comprar comida pronta na taverna mais próxima.
As mulheres construíam suas carreiras no comércio, especialmente se herdassem do marido falecido. Uma viúva também podia se tornar armeira ou alfaiate, se a profissão lhe fosse passada pelo esposo.
Rapunzéis adoráveis
As adoráveis moças de cabelo comprido e simples, exibindo volumosos cachos, realmente existiram na Idade Média. Entretanto, essa moda, basicamente, foi seguida pelas representantes da famosa profissão mais antiga... Uma senhora decente deveria cobrir os cabelos. Isso se aplicava tanto às mulheres nobres, quanto às plebeias.
As boas maneiras também eram muito valorizadas. A violação da etiqueta poderia arruinar a vida, não apenas de quem a cometesse, como da família inteira. Conversar com estranhos era inaceitável. Um beijo, mesmo na bochecha, de um homem que não fosse o marido ou parente consanguíneo, era considerado uma violação terrível das regras. A propósito, a tradição de beijar a mão das damas surgiu somente nos séculos XVII-XVIII. Na Idade Média, apenas os parentes podiam tocar as mãos das mulheres.
Maneiras terríveis
As festas dos aristocratas e os banquetes dos plebeus em nada se assemelhavam às cenas de filmes de terror, onde todo mundo agarra comida com as mãos, enchendo a boca avidamente, mastigando e deixando pedaços caírem, rosnando e jogando as sobras sob a mesa. Havia uma etiqueta rígida que regulamentava as refeições. Embora iguarias que exigiam cortes não fossem incomuns, aceitava-se comer estritamente com o auxílio de facas e colheres. Os garfos eram usados apenas para preparar e cortar. Antes do início e no final das refeições, lavavam-se as mãos.
As facas usadas nas refeições eram pessoais, e os convidados traziam as suas. Pegavam a comida com elas, mas não comiam com o talher. Um pedaço de comida era removido da faca com os dedos e levado à boca. Não se podia colocar os cotovelos sobre a mesa, tampouco encher a boca de comida. Também não era costume pegar sal do saleiro com os dedos. O pão era cortado, não partido com as mãos. Os guardanapos eram considerados peça obrigatória na refeição: colocados no pulso ou no ombro esquerdo.
Batatas, coxas de peru e cenouras de cor laranja, tão populares no cinema, surgiram apenas no século XVI.
Bruxos sinistros e senhores cruéis
As bruxas não foram violentamente perseguidas, como costumamos acreditar. Até os séculos XIII a XV, a igreja nem estava muito interessada nelas e, mesmo nessa época, não as incomodava em todos os lugares. Na Inglaterra, qualquer um poderia recorrer a uma bruxa local em busca de ajuda para encontrar algo perdido. Já na Irlanda ou na França, as coisas eram mais complicadas. A verdadeira caça às bruxas começou somente no século XV, com o surgimento do Tribunal do Santo Ofício da Inquisição Espanhola.
Os senhores não eram tão implacáveis com seus servos. Não há informações de que o famoso “direito à primeira noite”, do qual os aristocratas supostamente se aproveitavam com frequência, realmente existisse na Idade Média.
Cavalaria blindada
A visão de uma horda de cavaleiros fortemente armados galopando e avançando para as fileiras inimigas parece impressionante. A verdade é que era mais eficaz os guerreiros desmontarem dos cavalos no meio da batalha. A cavalaria era uma excelente arma contra camponeses rebeldes ou bárbaros. No entanto, nem sempre funcionava contra uma infantaria bem treinada.
No século XIV, na Inglaterra, a maior atenção foi dada aos arqueiros. O rei Eduardo II até proibiu os guerreiros de jogarem futebol, pois eles se entusiasmavam muito com o jogo e praticavam pouco no campo de tiro.
Cenas de batalhas
Os comandantes militares sempre se preocupavam com a motivação das tropas. No entanto, discursos pretensiosos (cujos textos sobreviveram até hoje) eram pronunciados no acampamento, antes de partir para o campo de batalha. Empinar o cavalo na frente do destacamento, gritando palavras de ordem, não era nada eficaz. Primeiro, porque o comandante seria um excelente alvo para o inimigo e, além disso, metade da tropa não ouviria nada.
No cinema, para tornar as cenas de batalha mais fáceis de entender, os oponentes são divididos visualmente. Então, alguns chegam ao campo de batalha com armaduras brilhantes, outros com roupas estranhas e pinturas de guerra. Na verdade, nem tudo era tão óbvio. Um exemplo: no belo filme “Coração Valente”, os guerreiros escoceses foram apresentados com os rostos pintados de azul. Na época em que a ação do filme se passa, esse costume já não era seguido há cerca de um milênio.
Ruas imundas, galinhas e porcos
É um costume representar a cidade medieval em cores escuras. Lama intransitável, os porcos chafurdando, galinhas espalhadas aos pés dos seus moradores. Esse é um quadro de um povoado medieval típico, que costumamos ver nos filmes. Todavia, não era tão ruim. Havia leis rígidas que obrigavam os cidadãos a cuidar do espaço na frente de suas casas. As ruas deviam ser mantidas limpas, e pelo acúmulo de lixo, multas severas eram aplicadas. Se o dono do lixo não fosse encontrado, a punição se estendia a todas as casas ao redor. Portanto, toda a sujeira tinha de ser descartada no rio, ou no esgoto mais próximo.
Os animais domésticos nas ruas da Baixa Idade Média, também é um fenômeno duvidoso. Os proprietários eram proibidos de deixar os animais saírem à rua. Quem desobedecia, era multado.
Roupas sem graça
Estamos acostumados a ver as pessoas da Idade Média representadas com roupas escuras, sujas de fuligem e gordura, tanto camponeses quanto comerciantes ricos. No entanto, havia figurinos lindos na época. As tinturas eram muito caras, então, as roupas mais simples geralmente eram brancas. Peças de vestuário azuis eram uma opção barata. Amarelas e cinzas custavam um pouco mais, enquanto magenta, vermelho e verde estavam disponíveis apenas para as classes altas.
É verdade que as roupas perdiam suas cores rápido. As tinturas eram instáveis e o sabão usado na lavagem, corrosivo. Portanto, a cor dos objetos também mostrava o quão novos eles eram.
Ausência de estrangeiros
Representantes de outras raças não eram uma curiosidade na Idade Média. Nas ruas das cidades europeias era possível encontrar imigrantes da África e do Oriente Médio. É verdade ser mais típico na Baixa Idade Média, quando as rotas comerciais foram estabelecidas e mercadores de países distantes começaram a chegar à Europa.
Armadura de cavaleiros
A armadura não era um privilégio dos cavaleiros. Sim, os nobres guerreiros tinham uniformes melhores e mais pesados, mas os soldados comuns também raramente saíam para batalha apenas com roupas de couro. Todos buscavam ter pelo menos alguns itens, no mínimo um capacete. O cavaleiro se empenhava em armar o seu regimento, pois ele não protegia apenas o mestre, também cuidava dos cavalos e das armas. Nem todas as armaduras eram caras, portanto, todos podiam comprar algumas peças.
A armadura do cavaleiro não era tão pesada quanto pensamos, totalizando, com o capacete padrão, de 22 a 29 kg. Menos que os uniformes dos bombeiros modernos, que podem pesar de 29 a 65 kg. Portanto, os cavaleiros não precisavam de um guindaste para montar um cavalo.
Fortalezas impenetráveis
No meio de prados verdes ergue-se uma fortaleza de pedra escura, cercada por um fosso profundo, cheio de água. É assim que o castelo de um cavaleiro padrão é mostrado nos filmes. Na verdade, as fortificações raramente eram construídas com pedras. Somente aristocratas muito ricos podiam se dar a esse luxo, e apenas com a permissão do rei. O castelo é principalmente uma casa, portanto, a maioria das estruturas era pequena e de madeira. Se a construção realmente fosse cercada por um fosso, este era drenado: assim as paredes pareciam mais altas, o que dificultava os ataques.
Nos castelos pequenos não havia tropas, no máximo de 10 a 12 soldados para a segurança. As masmorras sombrias com celas frias nunca eram subterrâneas. Se alguém fosse mantido trancado a sete chaves, seria em uma torre alta, chamada ’’torre de menagem’’, pois fugir dali era muito mais difícil.
Muitas surpresas, não é mesmo? Quais desses mitos você considerava verdade?