12 Animais que conquistaram lugar nos livros de história pelas contribuições que deram ao mundo

Animais
há 1 ano

Os diversos avanços da ciência e da tecnologia abrem caminho a passos gigantescos. E se por um lado hoje lutamos contra a realização de testes com animais, por outro achamos importante lembrar daqueles bichos que, com grande coragem, permitiram a nós, humanos, desenvolver as mais importantes descobertas do planeta. Sem falar que aprender com eles é também uma maneira de não repetir os erros cometidos no passado.

1. Ovelha Dolly

Roslin Institute / EAST NEWS

Dolly representa um dos maiores avanços para a ciência da era contemporânea. Nascida em 1996 por meio de barriga de substituição, ela foi o primeiro mamífero clonado a partir de uma célula adulta. Dolly não foi a primeira nem a única a ser clonada, e sim a pioneira na utilização desse tipo de célula. Até aquele momento, pensava-se que algo parecido seria impossível.

Dolly viveu e se desenvolveu normalmente junto a outras ovelhas no Instituto Roslin, Escócia, onde teve seis filhotinhos. Ela morreu em 2003, por eutanásia. Os responsáveis tinham encontrado tumores nos pulmões do animal, tomando a decisão de deixá-lo descansar eternamente.

2. A cadela Laika

Sovfoto / Universal Images Group / East News

A história da cadelinha comove corações até hoje. Em 3 de novembro de 1957, Laika partiu para o espaço a bordo do foguete Sputnik 2. Assim, ela se tornaria a primeira cachorra a orbitar o planeta Terra. A cabine permitia que o animal sentasse e deitasse, além de garantir alimento e oxigênio. Porém, por problemas ligados à temperatura, acredita-se que ela tenha morrido após dois dias de viagem.

Assim, com sua valentia, Laika permitiu aos humanos realizar uma das mais bem-sucedidas tentativas de viajar ao espaço. E precisamos agradecer à cadelinha também pela posterior visita do homem à lua. Ela é lembrada em todo o mundo como um animalzinho cheio de bravura.

3. Os cães de Pavlov

Ivan Pavlov percebeu ser possível ensinar a seus cães novas formas de comportamento e obter deles respostas quase automáticas. Estamos falando da forma clássica de ensinar obediência aos pets, mas o fisiologista foi também um dos pioneiros naquilo que podemos chamar de controle mental.

Basicamente, a partir da análise da saliva dos animais, o estudioso descobriu que os cachorros respondiam de maneira automática quando viam comida. Com o tempo, Pavlov ensinou novos estímulos a eles, notando que, em certa altura, os bichos salivavam mesmo quando o alimento não estava no mesmo ambiente.

4. O gato de Schrödinger

Na realidade, este bichano só existe na nossa imaginação, ainda que alguns afirmem que o físico Erwin Schrödinger realizou mesmo a experiência. Em uma de suas discussões com ninguém menos que Albert Einstein, Erwin tentou criticar uma de suas interpretações (a de Copenhague, segundo a qual um sistema quântico permanece em sobreposição até interagir com o mundo externo ou ser observado por ele).

Em outras palavras, ao tentar refutar as crenças de Einstein, Schrödinger explicou que, se colocarmos um gato em uma caixa e inserirmos ácido no objeto, não saberemos se o animal morreu ou não até abrirmos o recipiente. Assim, enquanto a caixa estiver fechada, o gato estará vivo-morto. O cientista queria demonstrar que a sobreposição de estados era uma maluquice.

5. O chimpanzé Nim Chimpsky

EAST NEWS

Nim Chimpsky foi um chimpanzé a quem tentaram ensinar, na Universidade de Columbia, EUA, formas de comunicação. Ele aprendeu a usar 128 símbolos da língua americana de sinais. Com eles, o animal podia pedir comida e abraços, entre muitas outras coisas. Infelizmente, ele nunca conseguiu pedir nada por iniciativa própria: Nim apenas respondia às perguntas, mas não começava a conversa.

Assim, o cientista responsável, Herbert Terrace, descobriu importantes características da linguagem. Quando nascemos, nós, humanos, temos o cérebro com 25% do tamanho adulto. Em macacos, esse número é de 45%. Além disso, precisamos passar vários meses sendo carregados, e isso permite estar em contato com os olhos de nossas mães. Isso estimula a capacidade de antecipar o comportamento alheio.

6. As vacas de Jenner

Edward Jenner é lembrado atualmente como um dos médicos mais famosos do mundo, sendo especialmente considerado o pai da imunologia. No século XVIII, Edward estava fazendo suas práticas medicinais quando descobriu que as ordenhadoras de vacas costumavam ser contagiadas pela varíola bovina, que praticamente não causava resultados fatais em humanos.

Assim, ele notou que, se pegasse um extrato da varíola bovina e injetasse em um humano, essa pessoa ficava protegida contra a varíola. Quando o cientista publicou seu estudo, usou pela primeira vez o termo “vacina”, que vem do latim vacca (vaca). Em pouco tempo, a população começou a ser vacinada, permitindo a gradual interrupção na disseminação da varíola, doença que já tinha ceifado milhões de vidas.

7. O cachorro vira-lata Robot

Em 1940, Marcel Ravidat, aprendiz de mecânico então com 18 anos, caminhava com seu cachorro chamado Robot quando o animal escorregou e caiu em um barranco. Marcel seguiu os latidos para encontrar o cão, mas teve uma baita surpresa. Juntos, eles descobriram as cavernas de Lascaux, uma das maiores descobertas arqueológicas do século XX.

Situadas no sudoeste da França, as cavernas hoje são famosas por abrigar alguns dos mais detalhados e bem preservados exemplos de arte pré-histórica do mundo. Há na parede do local mais de 600 pinturas criadas por gerações de humanos primitivos.

8. As moscas de Morgan

Walter Sutton e Theodor Boveri descobriram que os genes estão presentes nos cromossomos graças a experiências com gafanhotos e ouriços-do-mar. Eles propuseram a teoria cromossômica da herança, segundo a qual os genes individuais se encontram em lugares específicos de cromossomos particulares, e que eles são passados de geração a geração.

Thomas Morgan dobrou a aposta e encontrou uma mutação em um gene que afetava a cor dos olhos de moscas. Ele descobriu que tal característica era herdada em padrões diferentes por moscas macho e fêmea. Então, o gene da cor dos olhos é herdado com o mesmo padrão do cromossomo X.

9. Os ratos

Ratos estão entre os animais mais usados em experimentos científicos. Graças a eles, fizemos diversas descobertas em várias áreas, como a medicina. Eles são escolhidos por parecerem com os humanos em níveis anatômicos, fisiológicos e genéticos.

Só no ano passado, podemos encontrar avanços conquistados com a ajuda dos ratos, como a recuperação de fígados danificados, a descoberta das raízes biológicas da psicose, o poderoso vínculo entre saúde intestinal e envelhecimento, prevenção de ataques cardíacos e acidentes vasculares; uma injeção capaz de reverter a paralisia, entre outros.

10. Os pássaros

A natureza é sábia, e os humanos têm noção disso. Por tal motivo, é até lógico estarmos permanentemente querendo copiar designs vistos no mundo animal. Os pássaros têm sido uma inesgotável fonte de inspiração para diversas soluções desenvolvidas pela engenharia contemporânea.

Entre alguns exemplos estão os crânios desses pequenos animais, pois, em geral, eles apresentam estruturas resistentes a impactos e extremamente leves. Tal design pode ser aplicado na engenharia, arquitetura ou mesmo nos transportes. Podemos citar os trens-bala, cuja ponta é como o bico do martim-pescador. Isso para resolver o problema do ensurdecedor som que surgia quando os trens entravam em túneis.

11. Os morcegos

A mesma coisa acontece com os morcegos, por conta de sua aerodinâmica e impressionante capacidade de se orientar a partir de vibrações. Um dos exemplos mais revolucionários é o artefato que ajuda na locomoção de deficientes visuais.

Sabemos que os morcegos podem se orientar na escuridão usando ecos ultrassônicos que revelam a posição dos obstáculos. A bengala tecnológica conhecida como Ultracane ajuda os cegos, com uma série de sensores, a perceber a presença de objetos em seu caminho.

12. Os cães Togo e Balto

© Balto / Amblimation and co-producers, Carrie McLain Museum / EAST NEWS

Em 1925, uma doença respiratória transmitida pelo ar se espalhou pelo Alasca, EUA, afetando especialmente crianças. Não havia vacina disponível, e a enfermidade era tratada com um soro antitoxina. O grande problema foi distribuir as doses entre as diferentes localidades.

Mais de 100 cães puxadores de trenós foram recrutados para transportar o soro, e entre eles estavam Togo e Balto. O primeiro correu o dobro da distância atravessada por qualquer outro cão, passando pelas regiões mais perigosas. O segundo terminou o último trecho de 88 quilômetros para entregar o soro de maneira segura às famílias moradoras de Nome, uma das regiões mais afetadas.

Qual sua opinião sobre experiências usando animais? Há quem pense que certas criaturas, como insetos, devem continuar sendo utilizadas para fins científicos. O que você acha?

Imagem de capa Balto / Amblimation and co-producers, Carrie McLain Museum / EAST NEWS

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