11 Dados da medicina que ajudarão a preservar a saúde da mulher

Medicina baseada em evidências é aquela em que o médico seleciona tratamentos comprovados e medicamentos que se mostraram eficazes. Neste caso, a opinião e a experiência pessoal do médico são levadas em conta em último lugar. Archie Cochrane, que estudou o efeito placebo, foi o primeiro a propor apenas levar em conta a experiência dos casos de cura ou melhoria da saúde, em que a droga ou método ajudou significativamente centenas de pacientes em uma série de estudos independentes. Atualmente, mais e mais clínicas operam de acordo com esse princípio e incentivam os pacientes a pensar criticamente e acompanhar as notícias científicas o tempo todo.

O Incrível.club decidiu descobrir alguns dos conselhos importantes dos especialistas em medicina baseada em evidências, levando em conta as questões de saúde e beleza das mulheres.

1. Pode-se sentar com as pernas cruzadas

Cruzar as pernas apenas deixa as varizes existentes visíveis, mas não as causa. Ao sentar com uma perna sobre a outra, a pressão sanguínea aumenta levemente por causa da compressão, mas não permanece alta e não danifica as válvulas vasculares.

Acredita-se que o surgimento de varizes esteja associado a fatores genéticos, mas sua progressão é fortemente influenciada pela permanência prolongada em pé. É o caso, por exemplo, se você trabalha como cabeleireira ou cirurgiã. Para que o problema se manifeste o mais tarde possível, recomenda-se que se movimente muito.

2. Uma boa flexibilidade inata pode ser o primeiro sinal de varizes e envelhecimento prematuro da pele

A incrível flexibilidade e elasticidade “inatas” geralmente indicam a presença de hipermobilidade articular. Se você pode tocar o chão com as palmas das mãos sem muita dificuldade ou fazer um espacato em apenas algumas semanas, então é provável que tenha essa característica corporal.

Existem outros sinais e uma série de possíveis doenças concomitantes, como varizes, pés chatos, escoliose e disfunção visual. Pessoas hiperlaxas (que têm frouxidão ligamentar) não podem ser curadas, mas há uma série de recomendações que melhoram suas vidas.

• Examinar o coração com ultrassom (para descartar o prolapso da válvula mitral).
• Prefira natação e musculação em vez de ioga, dança e jogging.
• Coma corretamente e mantenha massa muscular suficiente.
• Não use saltos, evite ficar de pé e, de vez em quando, use roupas de compressão.

3. As vitaminas profiláticas são prejudiciais. Especialmente se você estiver grávida

Os complexos vitamínicos são prescritos pelo médico caso as vitaminas dos alimentos não sejam absorvidas pelo organismo ou absorvidas em quantidades insuficientes. Por exemplo, em casos de alcoolismo, observa-se um deficit de vitamina B1 e esses complexos são prescritos a mulheres com mais de 40 anos para melhorar o crescimento capilar. Na vida cotidiana, o corpo sente a falta de algo e controla nosso desejo de encontrar vitaminas. Assim, de repente, bate aquele desejo de comer, por exemplo, uma maçã.

A gravidez é uma condição especial em que o médico prescreve o ácido fólico e aconselha a ingestão de alimentos ricos nesse elemento, como melões. As vitaminas restantes podem causar mais danos do que benefícios para a mãe e a criança.

Os sucos e néctares contêm poucas vitaminas e muito açúcar. Os shakes também não podem substituir os legumes e frutas: o liquidificador esmaga e destrói as fibras alimentares necessárias para limpar o corpo e fortalecer o sistema imunológico. Recomenda-se consumir não mais que 150 ml de bebidas de frutas por dia.

4. A candidíase não é uma razão para automedicação

A candidíase é uma infecção fúngica que geralmente ocorre devido ao enfraquecimento do sistema imunológico, excesso de açúcar no sangue ou uso frequente de roupas íntimas apertadas.

Os sintomas da candidíase podem ser facilmente confundidos com doenças mais graves, como gonorreia, tricomoníase, vaginose ou herpes genital. Mesmo um médico experiente só fará um diagnóstico depois de receber os resultados dos exames. No entanto, quanto mais tarde o tratamento começar, maior o risco de complicações.

5. As mulheres podem comer o que quiserem. Sempre

O ciclo menstrual depende dos hormônios, cuja produção não pode ser afetada por pequenas alterações na dieta por alguns dias. Você pode comer alimentos condimentados, azedos e salgados durante a menstruação sem se preocupar com isso. Mesmo se aumentar o esforço físico nestes dias, isso só pode causar secreções irregulares, mas não afetará a duração da menstruação.

Não existem estudos científicos que comprovem que comer alimentos picantes no final da gravidez ajuda a induzir o parto. Não há necessidade de seguir dietas especiais, bastará se alimentar bem e não comer demais: no último trimestre é considerado normal se a taxa nutricional diária aumentar
em apenas 200 kcal.

No entanto, na nutrição adequada, existem várias nuances importantes para as grávidas e lactantes.

• Leite: apenas pasteurizado ou UHT. Produtos lácteos: pasteurizados.
• Pode-se beber café e chá, o importante é cumprir a norma de até 200 mg de cafeína por dia.
• Carne, ovos, peixe e outros produtos de origem animal devem ser totalmente cozidos. É melhor não consumir sushi e carnes mal cozidas.
• É necessário comer uma pequena quantidade de alimentos que contenham alérgenos, se a mulher não tiver uma reação específica a eles. Se os genes da criança contiverem alergias, isso ajudará a desenvolver uma tolerância ao alérgeno. Em outras palavras, se você for alérgico a amendoim e sua mãe comia quando estava grávida e amamentou você, você só terá erupções quando for grande, mas não se sufocará e não entrará em coma comendo um pouco de amendoim por acidente.

6. Antibióticos: somente de acordo com os sinais vitais

Existem antibióticos que são considerados seguros para tratar uma mulher grávida ou que esteja amamentando. Eles devem ser prescritos em casos em que seja impossível lidar com o patógeno
de outra maneira. O contato do feto ou do bebê com um antibiótico usado para tratar a mãe afeta negativamente a produção de células T reguladoras, graças às quais o sistema imunológico
funciona corretamente.

Por exemplo, se uma mulher grávida machucou o joelho, não deve usar uma pomada antibiótica para acelerar o processo de cura. Será suficiente desinfetar a ferida e permitir que o organismo resolva o dano de forma independente.

Outro exemplo: a angina catarral pode muitas vezes ser curada sem antibióticos, mas se aparecer pus nas amígdalas (“amigdalite purulenta”), é melhor usar medicamentos antibacterianos imediatamente.

7. Depois dos 40 anos, você tem que temer doenças cardiovasculares tanto quanto o câncer

As doenças cardíacas coronarianas, doenças dos pulmões, artérias e veias causam a morte com mais frequência do que todos os tipos de câncer. Para viver muito e bem, você não deve adiar a visita ao médico pensando que o desconforto no peito passará sozinho. E inversamente: se não há na família histórico de câncer de mama ou outras doenças que são muitas vezes herdadas, isso não significa que você está protegida.

O sucesso dos diagnósticos e a detecção precoce de desvios dos padrões dependem da eficácia dos métodos de exame. Por exemplo, o eletrocardiograma (ECG) ajuda a diagnosticar condições agudas e determinar as causas de dor torácica, mas se você não vir problemas cardíacos em repouso, um bom médico recomendará a realização de testes de estresse com exercícios de ECG. E para avaliar o trabalho dos vasos, é melhor escolher a dopplegrafia por ultrassonografia e não a reoencefalografia ou a reografia.

8. Você pode voar em aviões. Mas nem todas as companhias aéreas concordam com isso

As companhias aéreas não permitem que as mulheres que devem dar à luz nas próximas 3 a 4 semanas voem. Voar antes é seguro tanto para o feto quanto para a futura mãe. Isto é confirmado por estudos de longo prazo dos quais milhares de mulheres participaram. O maior perigo são as mudanças de pressão, o estresse durante o voo e a mudança de fuso horário.

Mas antes de qualquer voo, você deve consultar um médico para saber se tem problemas com a pressão arterial, com os níveis de açúcar no sangue ou se houver um risco aumentado de parto prematuro. Se o voo durar mais de 2 ou 3 horas, será útil caminhar no avião, beber mais líquidos e usar oxigênio enlatado.

9. As vacinas não prejudicarão mulheres grávidas

As vacinas nos protegem de algumas doenças e facilitam a cura de outras. Algumas devem ser “renovadas” até mesmo por adultos, e somente o médico pode determinar a necessidade de um esquema de vacinação. As vacinas costumam ser estas:

• contra difteria e tétano (atualização a cada 10 anos);
• contra infecções meningocóxicas (recomendada para pais com filhos pequenos);
• contra hepatite B;
• contra sarampo;
• contra tuberculose.

Recomenda-se que as mulheres sejam vacinadas no terceiro trimestre de cada gravidez contra a gripe e coqueluche. Esta é a única maneira de proteger a criança da tosse convulsa, que praticamente não pode ser tratada em recém-nascidos e leva à morte. O médico pode propor outras vacinas, mas apenas aquelas onde não há vírus vivos.

Alguns médicos recomendam tratar seriamente a questão da saúde já na fase de planejamento da gravidez e tomar, por exemplo, a vacina contra o sarampo ou a rubéola, varicela, difteria e tétano. Assim, no momento da concepção, a mulher terá proteção adicional.

10. Toda a força e saúde estão no leite materno

Os cientistas acreditam que até os 6 meses de vida o bebê só precisa de leite materno, e que este não pode ser excluído da dieta até um ano de vida. Mesmo no caso de o bebê se recusar a tomá-lo ou se alimentar pouco (é possível que a mãe que amamenta, junto com o médico, simplesmente corrija sua dieta, excluindo os produtos que afetam o paladar ou o cheiro do leite).

Graças ao leite materno, a imunidade é formada e ativada, o intestino “aprende” a trabalhar e o bebê recebe da mãe os anticorpos necessários para combater bactérias e vírus. Acredita-se que a composição do leite muda, “se adaptando” à criança. Por exemplo, durante a doença do bebê, ele acaba se tornando mais viscoso e amarelado e contém substâncias que ajudam a superar a enfermidade mais rapidamente.

11. Algumas mulheres não conseguem engravidar na juventude e outras dão à luz depois dos 50 anos. E é quase independente da genética

Existem países com altas e baixas taxas de fertilidade total. Por exemplo, no Níger, uma mulher dá à luz uma média de 7 filhos, enquanto em San Marino esse número fica em 1 filho por mãe.

Mas a ciência ainda não pode prever quanto tempo cada mulher tem para conceber e dar à luz uma criança, e quantos filhos ela pode ter. Se uma mulher deu à luz depois dos 40 anos, isso não significa que a filha espere para ter filhos. Alguns dão à luz facilmente o primeiro filho após os 40 anos, perfeitamente saudáveis, enquanto outras descobrem que são inférteis ou têm o início de uma menopausa precoce aos 20-35 anos de idade.

Podemos confiar em 3 fatos:

• Aos 25 anos, o corpo da mulher geralmente está em melhor forma para conceber, gestar e dar à luz uma criança e, aos 40 anos de idade, a probabilidade de concepção é mais reduzida.
• Aos 40 anos de idade, a probabilidade de o feto ter anomalias genéticas é maior. E é improvável que seja uma habilidade de ler a mente ou levitar, como nos filmes.
• Quanto mais velho for o pai, maior a probabilidade de problemas de saúde e anormalidades genéticas na criança.

Bônus: onde há mais recomendações de saúde comprovadas?

• Em PubMed, MedScape e Cochrane há uma compilação de pesquisas e artigos sobre os medicamentos, terapias e tratamentos com uma indicação da efetividade de seu uso.
• No site da Organização Mundial da Saúde é possível consultar a informação sobre os medicamentos e as atuais recomendações para seu uso.

Que conselhos você segue quando se trata da sua saúde?