10+ Babás que passaram por situações com as quais nenhum curso ensina a lidar

Crianças
4 horas atrás

Trocar fraldas, esquentar mamadeiras, contar a mesma história antes de dormir inúmeras vezes... parece rotineiro, não é? Mas não se engane. Por trás das sonecas programadas e dos lanches a cada duas horas, algumas babás se veem em situações que parecem saídas de um thriller da Netflix. As mulheres com quem falamos não são apenas cuidadoras, mas também gerenciadoras de crises, guardiãs de segredos e, às vezes, heroínas mesmo sem querer. Após ouvir suas histórias, chamar esse trabalho de “corriqueiro” parece até piada.

  • Eu era babá de um menino muito fofo de 5 anos. Ele tinha “alergia” a quase tudo: ovo, leite, trigo. Um dia, sem querer, ele comeu meu lanche. Nada aconteceu. Quando contei à mãe, ela ficou chocada. Depois de um silêncio, ela suspirou e disse: “Ele fingia isso só para não comer a comida preparada pelo pai.” No fim das contas, o garoto odiava tanto a comida do pai que passou anos inventando alergias. Fizeram novos exames, e ele não era alérgico a nada.
  • Era meu primeiro dia como babá de uma menina de 6 anos. Eu a colocava na cama quando ela disse: “A mulher com quem moro não é minha mãe de verdade e me proibiu de falar sobre isso”. Liguei para a agência na hora e soube que a mulher tinha recentemente conseguido a guarda provisória da criança. A mãe biológica da menina havia falecido de forma repentina, e aquela era a tia da garota.
  • Eu cuidava de um menino com graves problemas emocionais. Certa vez, ele fugiu enquanto eu estava brincando com a irmã dele no andar de cima. Foi até o parque na esquina, subiu numa árvore e se recusou a descer porque acreditava que “ninguém o amava”. Eu era jovem e nem pensei em chamar a polícia ou algo do tipo. Só fiquei embaixo da árvore e — literalmente — conversei com ele até que descesse. Convenci-o de que eu o amava e queria que voltasse para casa. Os irmãos dele também ajudaram, dizendo que o amavam. Foi assustador. © mieds / Reddit
  • Então, eu estava bem “naqueles” dias. Fui ao banheiro e, enquanto desembrulhava um absorvente, a criança gritou do outro lado da porta: ’Tô ouvindo você comendo doce aí dentro!’. Aquilo alegrou meu dia... e me deixou com vontade de realmente comer um doce. © HalleysComet5 / Reddit
  • Eu estava trabalhando para uma família e tinha acabado de colocar as crianças na cama. Estava assistindo TV quando ouvi o portão da garagem abrir, e soube que os pais tinham chegado. A porta que liga a garagem à casa se abriu, e entrou um homem de 1,90m. Eu congelei, achando que as crianças e eu estávamos em perigo.
    Acho que o filho mais velho ainda estava acordado, porque ele desceu as escadas e gritou: “Daniel!”, correndo para abraçá-lo. Pelo visto, o cara morava no porão da casa e os pais tinham esquecido de me avisar. Quando chegaram, se desculparam um milhão de vezes e ainda me deram dinheiro a mais. © Awdra / Reddit
  • Eu trabalhava como babá para um casal rico (ela era cirurgiã e ele, arquiteto). O marido tinha um escritório em casa, e a esposa sempre brincava dizendo que “nunca podia entrar lá”. Bom, eu sou bem curiosa e fiquei intrigada com essa proibição, ainda mais porque o cômodo parecia super normal: uma mesa grande, paredes cheias de estantes, livros de arquitetura por todo lado.
    Um dia, resolvi fuçar o local. Não encontrei nada de especial a princípio e já estava até decepcionada quando peguei um livro qualquer da estante. O livro tinha dinheiro enfiado entre as páginas. Era cerca de R$ 2.500, chutando por alto. Peguei outro livro: mesma coisa. Acho que revirei uns dez livros diferentes, e todos tinham dinheiro escondido. Até hoje não sei se o cara era só paranoico com bancos ou se escondia grana da própria mulher. © Autor desconhecido / Reddit
  • Eu estava na sala assistindo Irmãs ao Quadrado quando, do nada, ouvi um homem dizer: “Olá”. Chequei a porta da frente e olhei pela janela, mas os pais não tinham chegado. Subi para ver as crianças: ambas estavam na cama. Desci e ouvi de novo, vindo da sala de jantar às escuras: “Olá, eu sou Armando”. Era um maldito papagaio que eles tinham. © Autor desconhecido / Reddit
  • Fui babá por um ano. Devia ter percebido os sinais de alerta quando me tornei a quinta babá de uma menina de 2 anos e meio... Isso já diz muito. Honestamente, não era culpa da criança. Ela tinha dois pais que tiveram filhos como se fossem acessórios, ou porque todos os amigos também tinham filhos. Eu precisava manter um diário detalhado das atividades da “criança-diaba”: quanto ela tinha comido, quantos minutos de TV ou de brincadeira ao ar livre teve, quantos mililitros de leite bebeu, quando troquei a fralda, o que tinha na fralda... vocês entenderam. A mãe queria se sentir envolvida sem realmente se envolver. Era proibido usar a palavra “não” porque era “muito negativa”. Frases como “não jogue isso no chão” eram vetadas. Em vez disso, eu tinha que dizer “deixe isso na mesa”.
    Também não podia colocar a menina para o quarto, pois ali era para ser um “espaço feliz”. Em vez disso, precisava colocá-la de castigo. Mas até parece que uma criança de 2 anos e meio fica parada num cantinho. Então eu também acabava ficando de castigo. Era pura diversão, ainda mais porque havia também um bebê de 6 meses. Os pais se recusavam a sair ou fazer qualquer coisa se eu não estivesse disponível, mas eu era obrigada a fazer compras com as duas crianças a tiracolo. Eu ainda levava a menina para a aula de ginástica “mamãe e bebê” com o menino amarrado no sling. Pedi demissão no dia em que o pai, trabalhando em casa, desceu só de toalha e me perguntou se eu queria “me divertir” enquanto as crianças dormiam. Vazei na hora. © Annami316 / Reddit
  • Uma mulher tentou empurrar mais duas crianças para mim sem pagar quando viu que eu já cuidava dos filhos da vizinha. O raciocínio dela? “Você já está tomando conta de dois, mais dois não faz diferença!” Ou seja, eu devia cuidar dos filhos dela de graça e ainda deixar eles comerem a comida das crianças da vizinha. © CaptDeliciousPants / Reddit
  • Fui babá de uma criança que tirava cocô da privada para brincar com ele na pia do banheiro. E a mãe psicopata, com síndrome de pequeno poder, me obrigou a limpar a bagunça. Pedi demissão logo depois. Mas, sinceramente? Em nove das dez vezes em que tive problemas com uma família, os pais é que eram o problema... © Unknown author / Reddit
  • O pai das crianças que eu cuidava me deu like no Tinder. Quando contei para a esposa, ela não acreditou, e o cara ainda a convenceu de que “o Facebook dele tinha sido hackeado”. Preciso dizer que as crianças eram quase sempre maravilhosas. © marymoon77 / Reddit
  • Fiz uma entrevista por telefone com uma mãe e correu tudo super bem, então marcamos uma segunda entrevista presencial com o marido e os quatro filhos. Tudo ia tranquilo até ela soltar que a babá anterior foi demitida por ter um caso com o marido, acrescentando que a nova babá precisava ter “melhores princípios”, além de limitar o contato com o homem (que estava ali sentado o tempo todo, ouvindo tudo). Nunca me senti tão constrangida na vida quando ela disse que eu era bonita, mas “graças a Deus” não fazia o tipo dele. E o cara ali, só concordando com a cabeça. O mais irritante é que a culpa é sempre da babá, como se o marido não tivesse participado do affair. E ainda exigem “bons princípios” da babá, quando ele claramente não tem nenhum.
    É... melhor passar longe desse emprego! © thisisdevon- / Reddit
  • Sou babá e ouvi a criança dizer sua primeira palavra (foi “gato”). Mas a família nunca saberá disso. É melhor guardar certos segredos. © positivityfox / Reddit
  • “Fui trocar a fralda do bebê e o outro filho, de 5 anos e com autismo, ficou no quarto dele por apenas um minuto com a porta fechada (os quartos eram um ao lado do outro). Quando fui buscá-lo com o bebê, achei cocô por todas as paredes, pelo chão, pela cama... e o menino correndo e pulando. Rapidamente, coloquei o bebê de volta no berço e comecei a limpar tudo freneticamente, enquanto o bebê gritava no berço. O fato de a família ter medo de germes não ajudava em nada... Aquilo foi demais para mim. Aprendi minha lição de não deixar o garoto sozinho nem por um segundo.” Kbctreatz444 / Reddit

​O dia a dia com crianças costuma ser uma montanha-russa de emoções — entre risadas inesperadas e birras desafiadoras, os pais muitas vezes se veem buscando estratégias para tornar a convivência mais harmoniosa. Mas e se a chave para uma criação mais tranquila estivesse em pequenas mudanças na forma como nos comunicamos com os pequenos? Imagine transformar ordens em convites à cooperação, substituindo o autoritarismo por empatia e parceria.

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