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10 Atitudes que podem estressar o nosso cachorro (abraçá-lo demais não é uma boa ideia)
Estresse e ansiedade são temas presentes diariamente na vida de milhões de pessoas pelo mundo afora. Mas não pense que isso acontece apenas com os seres humanos. Por mais estranho que possa parecer, o mesmo acontece com alguns animais. Um cachorro estressado, por exemplo, costuma apresentar uma série de sintomas como hiperatividade, apatia, mudança brusca de conduta ou comportamento repetitivo. E muitas vezes a maneira como tratamos o nosso animal de estimação acaba contribuindo para que ele fique mais estressado.
O Incrível.club quer que você entenda um pouco melhor quais são as atitudes que normalmente podem estressar um cachorro e o que fazer para resolver esse problema. No final, trazemos para você um bônus bastante interessante.
1. Deixar o animal sozinho por muito tempo
A ansiedade e o estresse causados pela ausência são mais frequentes em filhotes, que ainda não estão acostumados a ficar sozinhos, ou em cachorros mais velhos. Quando isso acontece, eles costumam mostrar um comportamento destrutivo, latindo ou uivando de maneira constante quando saímos de casa e depois, quando voltamos.
Para que o animal se acostume, recomenda-se não o deixar sozinho por mais de seis ou oito horas. Antes de sair, é importante verificar se portas e janelas estão fechadas e se o animal tem água e comida suficientes, além de brinquedos para ele se divertir. Também é aconselhável ignorar o cachorro durante mais ou menos 20 minutos antes da saída. Ao voltar, a recomendação é a mesma: não o cumprimentar até que ele tenha se acalmado. Depois disso, pode brincar com ele à vontade.
2. Deixar a coleira apertada demais e não soltar o cachorro durante o passeio
Todo cachorro precisa de exercício ao ar livre para liberar energia, sobretudo os que vivem em pequenos apartamentos e não têm espaço para correr dentro de casa. Se na sua cidade não é permitido caminhar com cachorros sem coleira, certifique-se de usar uma que seja confortável e que não o machuque. Uma coleira apertada demais pode causar lesões sérias nas costas do animal, além de provocar nervosismo e estresse, condições que no médio prazo podem levar a problemas sérios de comportamento.
Procure levar o seu animal de estimação a uma praça, a um parque ou a qualquer lugar aberto onde você possa soltá-lo e onde ele possa correr pelo menos duas vezes por semana. Essa rotina ajuda a prevenir o estresse e mantém o cachorro em boa forma física. Se não puder tirar a coleira, deixe-a com uma certa folga. Assim os movimentos dele ficam mais livres. Isso é difícil com cachorros muito grandes, mas existem coleiras especiais para casos assim, basta procurar a mais indicada.
3. Educá-lo com muita rigidez
Segundo um estudo, os cachorros que são educados de maneira excessivamente rígida costumam ser mais estressados. Cães que são castigados frequentemente, cujos donos gritam, puxam a coleira com força ou exigem demais costumam ser mais ansiosos e sofrem de problemas de comportamento e de convivência.
Em vez desses métodos de adestramento, tente adotar a técnica do reforço positivo. Quando o seu cachorro obedecer, dê os parabéns, faça um carinho ou dê a ele um biscoito. Por outro lado, se ele desobedecer a sua ordem, não grite e nunca use a força física. Diga “não” com firmeza e depois ignore-o. É por meio da repetição que o animal vai entender o que se espera dele.
4. Fingir que você joga a bola para ele buscar
Nada é mais divertido para um cachorro do que brincar com o dono; é durante as brincadeiras que os laços emocionais são criados. No entanto, existem algumas brincadeiras que agradam apenas a nós, humanos. Por exemplo, quando fingimos que vamos jogar a bola para o cachorro buscar e não o fazemos. No começo, ele vai sair correndo cheio de alegria; mas, se a “brincadeira” continuar, ele vai ficar ansioso, confuso e bastante irritado. Pouco a pouco esse comportamento pode fazer com que o seu animal não confie mais em você.
Um estudo demonstrou que as brincadeiras entre dono e cachorro influenciam muito o nível de cortisol, o hormônio do estresse. Portanto, não faça brincadeiras sem graça com o seu animal de estimação. Brinque de verdade e jogue a bola para ele buscar. É em momentos como esses que você pode, por exemplo, ensinar alguns truques, como dar a pata.
5. Expor o animal a sons muito altos
A exposição a sons muito fortes, como música alta, fogos de artifício, barulho de trânsito ou qualquer outro tipo de ruído é muito estressante para nós e mais ainda para os cachorros. Diferentemente de nós, eles não entendem de onde vem o som e por isso ficam assustados e têm o ritmo cardíaco acelerado. Nessas horas, o nível de estresse dispara.
Para evitar situações como essas, é importante que o animal tenha um lugar seguro, uma espécie de abrigo onde possa ficar tranquilo. É muito provável que ele mesmo escolha o local, que pode ser embaixo de uma cama ou de uma mesa. Se ele fizer isso, não interfira, deixe-o lá até ele se sentir seguro para sair. Tente fazer o possível para eliminar ou diminuir os barulhos e, se isso não for possível, coloque uma música ambiente bem gostosa e tranquila.
6. Não deixar ele cheirar nada na rua
O cachorro obtém as informações de seu entorno e de outros cachorros por meio do olfato, e isso acontece com mais força quando ele sai para passear. Ao puxar a coleira o tempo todo para evitar que cheire os objetos, você está privando o seu amigo de conhecer coisas novas.
O focinho do cachorro é realmente especial e dá a ele uma “visão olfativa” do mundo. Quando sair com ele na rua, deixe-o escolher o caminho por meio do olfato. Se seu amigo parar, tenha um pouco de paciência e espere ele explorar o local.
7. Abraçá-lo demais ou tocar o seu rosto
As demonstrações de afeto por meio de abraços são tipicamente humanas e os cachorros nem sempre as entendem. Na realidade, muitos cães mostram sinais de mal-estar, ansiedade ou até mesmo estresse quando recebem carinho demais. Eles também não gostam de ser tocados no rosto, ainda mais quando isso é feito por um estranho. Muitas vezes, nossos amigos veem a aproximação das mãos como uma ameaça.
Se você perceber que ao tentar abraçar ou acariciar o rosto do seu cachorro ele começa a bocejar, coloca as orelhas para baixo, vira o rosto, rosna ou tenta se afastar, melhor não insistir. Ele não está feliz. Vale deixar claro que isso não acontece sempre e não se aplica a todos os cachorros; no entanto, é importante ficar atento a esses sinais. E lembre-se de deixar as mãos na altura do focinho do animal e de sempre permitir que ele se aproxime de você no tempo dele.
8. Usar diferentes palavras para exigir um mesmo comportamento
É muito normal as pessoas conversarem com seus bichos de estimação como se eles entendessem tudo, mas é importante utilizar sempre a mesma palavra para dar uma ordem: senta, quieto, vamos, etc. Deixe os sinônimos de lado e procure ser o mais objetivo possível; caso contrário, o seu cachorro vai se sentir confuso, sem saber exatamente o que deve fazer.
Controle a entonação de sua voz ao dar uma ordem e trabalhe a sua linguagem corporal. Os animais de estimação respondem muito melhor a estímulos visuais, como sinalizar ou estalar os dedos. E não se esqueça de que os cachorros adoram uma rotina. Ou seja, seja repetitivo e repasse com ele durante alguns minutos todo o aprendizado do dia.
9. Vestir ou fantasiar o seu cachorro
Em geral, cachorros aceitam as roupas com mais tranquilidade do que os gatos, mas isso nem sempre acontece. Algumas raças raramente têm problemas com isso, sobretudo as que sofrem mais com o frio, mas a maioria dos cachorros demonstra um certo incômodo.
É importante prestar atenção à reação do seu animal antes de colocar a roupa. Se ele der claros sinais de agressividade ou tentar fugir, não insista. Além de causar muito estresse, a roupa pode machucar a pele do animal, dependendo do material de que é feita.
10. Não seguir uma rotina
O cachorro é um animal que gosta de hábitos. Ao manter uma rotina diária, ele se sente mais feliz e mais seguro e consegue enfrentar de maneira mais natural as mudanças. Os animais que não seguem uma rotina costumam ficar mais estressados e deprimidos e mostram maiores níveis de ansiedade.
O ideal é começar quando o cachorro ainda é filhote. Estabeleça horários para comer, dormir, sair para passear, brincar, etc. Isso é muito importante para a sua relação com ele. Ao fazer isso, você pode incluir novas atividades na rotina sem medo de que ele reaja de uma maneira agressiva.
Bônus: se você se estressa, seu cachorro também se estressa
Segundo um estudo, os cachorros normalmente apresentam comportamentos que são reflexos do estado de ânimo de seus donos. Ou seja, se você estiver estressado, é muito provável que o seu cachorro também esteja. Para chegar a essa conclusão, os cientistas mediram os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, tanto de donos como de cachorros e perceberam que estavam sincronizados. Pessoas com altos níveis de cortisol tinham cachorros com níveis altos de cortisol, e vice-versa.
Essas descobertas evidenciam o forte vínculo entre humanos e animais de estimação. Além disso, mostram que antes de cuidar de um cachorro é importante que as pessoas cuidem de si mesmas. Portanto, se perceber comportamentos estranhos no seu cachorro, tente perceber como você está se sentindo e procure maneiras de relaxar. Esse é o primeiro passo para conseguir ajudar o seu melhor amigo.
Você conhece outras coisas que nós, humanos, fazemos que podem estressar nossos cachorros? Em sua opinião, como podemos ajudá-los? E claro, se tiver alguma dúvida sobre a saúde do seu cachorro, não deixe de conversar com um veterinário.
Comentários
Cachorro é como criança, todo cuidado é importantíssimo.
TEM QUE SABER CUIDAR SENAO É MELHOR NEM TER
Realmente, estressa mesmo
Estressa mesmo