9 Megaprojetos tecnológicos que dominarão o próximo século

há 1 ano

No decorrer do último meio século, a população da Terra mais do que duplicou, o que significa que as necessidades da humanidade também aumentaram: temos uma falta catastrófica de água potável e o problema de transferência de energia torna-se cada vez mais importante. Portanto, nosso planeta precisa de gênios capazes de inventar tecnologias que resolvam problemas globais e beneficiem todas as pessoas.

O Incrível.club lista a seguir as mais graves questões sobre as quais as mentes brilhantes da humanidade estarão se debruçando para tentar resolver nos próximos anos.

Dessalinização da água marinha

Segundo a ONU, em 2050 cerca de um quarto da população mundial sofrerá com escassez permanente ou temporária de água potável. Enquanto isso, 70% da superfície do globo é ocupada por água do mar que, infelizmente, não é adequada para beber por causa da alta salinidade. É claro que usinas de dessalinização foram inventadas há muito tempo e estão sendo constantemente construídas, mas o custo da dessalinização é muito alto, então qualquer pessoa que apresentar uma maneira rápida e econômica de transformar a água do mar em potável vai se tornar um milionário.

Transmissão de energia sem fio

O croata-americano Nikola Tesla começou a fazer experiências de transmissão de energia sem fio no fim do século XIX. E em 1975, estudiosos americanos conseguiram transmitir, sem cabos, várias dezenas de kilowatts, apesar de terem verificado uma perda de 60%.

Os carregadores de indução que possibilitam carregar um telefone sem fio já existem. No entanto, eles têm duas grandes desvantagens: preço alto e alcance limitado. Portanto, até o momento, não se pode falar em tecnologias avançadas de transmissão sem fio, especialmente quando se está lidando com grandes volumes de energia.

Impressão de órgãos humanos em impressora 3D

Orelha humana “impressa” em bioimpressora 3D

Em 2003, o bioengenheiro Thomas Boland patenteou uma tecnologia para impressão de células vivas e, em 2009, surgia uma bioimpressora que permite a criar tecidos do corpo humano. Já para 2030, especialistas planejam imprimir um rim que realmente funcione. No entanto, isso será tão caro quanto uma nave espacial.

Além do barateamento da tecnologia de “produção”, o problema da capacidade de funcionamento correto dos órgãos impressos precisará ser resolvido. Além disso, muito provavelmente precisaremos criar um robô que imprima os órgãos e os instale diretamente no corpo humano.

Teletransporte

Tecnicamente falando, o teletransporte (ou pelo menos algo semelhante) já existe. Em 2014, estudiosos alemães criaram um dispositivo baseado numa impressora 3D chamada “Scotty”: ele escaneia o objeto, transfere dados sobre ele para outro dispositivo que, por sua vez, o recria. No entanto, há um problema: no processo de varredura, o objeto é destruído e, assim, as condições não são adequadas para o teletransporte de um ser humano.

Além disso, por enquanto, “Scotty” só pode trabalhar com objetos de plástico na cor preta, pois é necessário que a câmera do leitor os identifique da melhor forma possível. Em resumo, os criadores do teletranspotador têm uma tarefa muito difícil nas mãos.

Motores super leves

Segundo a teoria da relatividade restrita, objetos materiais não podem alcançar nem superar a velocidade da luz. Devido à baixa velocidade de nossas naves, não somos capazes de alcançar nem mesmo a estrela mais próxima, Proxima Centauri (ou Alfa Centauri), que fica a 4,22 anos-luz de distância de nós. Uma viagem no foguete mais veloz, o “Saturno V”, que atingiu uma velocidade de 64.500 km/h, levaria aproximadamente 70 mil anos.

No entanto, a mesma teoria da relatividade nos deixa duas opções para contornar a restrição da velocidade superlumínica: os buracos de minhoca e a curvatura do espaço-tempo. É na tecnologia de curvatura espaço-tempo que pode se basear o chamado motor warp, que criaria uma espécie de “bolha” ao redor da espaçonave, permitindo que ela cruze o espaço a velocidades várias vezes maiores que a da luz. Aliás, o trabalho para criar o motor já começou. Junte-se a ele!

Viagem no tempo

A solução para o problema da criação da máquina do tempo cai mais ou menos na mesma esfera da invenção da máquina superlumínica. Pelo menos uma das teorias sobre a qual pode ser construído o sonho de toda a humanidade baseia-se na curvatura do espaço-tempo. Outra teoria envolve os buracos de minhoca já citados: “túneis” que conectam dois pontos distantes um do outro.

Mas o grande Stephen Hawking, em seu livro O Futuro do Espaço-Tempo, mostrou que a criação de uma máquina do tempo requer matéria exótica. O cilindro de Tipler, um “objeto” teórico com uma superfície curva que gira no espaço, representa outra possibilidade de retornar ao passado. De acordo com essa teoria, o viajante do tempo terá que contorná-lo várias vezes e depois voltar à Terra, sempre no passado. Resumindo, existem muitas teorias: escolha uma e faça sua parte.

Uma pílula para tudo

Mesmo com o desenvolvimento das tecnologias médicas, a humanidade não só não erradicou muitas doenças, como também “adquiriu” novas. Uma pílula que fosse capaz de diagnosticar a doença de forma independente e curá-la permitiria que seus criadores ganhassem, ao menos, um Prêmio Nobel.

Falando nisso, estudos recentes feitos por especialistas demonstraram que uma planta conhecida como Scutellaria baicalensis contém flavonóides que podem matar células cancerosas sem afetar as saudáveis, ajudando também em casos de doenças do fígado. Ou seja, os primeiros passos já foram dados.

Aparelho para ler pensamentos

Prótese biônica, controlada pelo cérebro.

As próteses biônicas atuais podem ser consideradas um dos primeiros passos para a capacidade de ler pensamentos, já que seu funcionamento é baseado em sinais que vão do cérebro para o músculo correspondente. Então, se uma pessoa quiser, por exemplo, mover um dedo, o cérebro envia um sinal para o músculo apropriado, ele se contrai e faz com que o dedo mexa.

Teoricamente, a mesma coisa poderia ser usada para ler pensamentos. No entanto, muitos problemas surgem logo de cara: a incapacidade de se conectar à complexidade de processos que ocorrem na rede neural mais elaborada do mundo, o cérebro humano. Além disso, o princípio da formação do pensamento ainda não está claro. Talvez devêssemos começar estudando o cérebro. Simples, não é mesmo?

Criptografia de dados

O maior problema atual em relação ao armazenamento de dados é a impossibilidade de uma proteção 100% segura. Qualquer senha pode ser pirateada, é apenas uma questão de tempo e vontade. Portanto, ninguém pode ter certeza de que suas informações não serão divulgadas em público. As opções de acessar através de impressões digitais, por foto ou pela íris do olho também têm suas falhas.

Existem códigos que dificilmente podem ser pirateados, por exemplo, a cifra de Vernam. O único problema é que ele só não pode ser pirateada quando é transferido para o espaço digital. Portanto, a principal tarefa de quem conseguir resolver o problema do roubo de dados será descobrir como transferir para o ciberespaço o que já está disponível “no papel”.

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